Jesus tira o anseio de tirar

Antes eu não estava nem aí para o pobre e me desviava de que quem me pedia emprestado. Hoje sou generoso. Ajudo os pobres. Invisto no banco que jamais irá falir, aquela agência no céu a salvo dos assaltantes e falsários, na qual todos podem confiar

Fonte: Guiame, Genilson Soares da SilvaAtualizado: sexta-feira, 7 de outubro de 2022 às 19:34

Não era apenas rico. Era muito rico. Mas não pense que fiquei rico de uma hora para outra. Não ganhei na mega-sena. Nem foi do suor do meu rosto que adquiri tudo. Abusei do poder e da função que tinha para ficar rico. Eu tirei muito de muitos. Tirei até mesmo de quem não tinha de onde tirar.

Tirei sem parar. Tirar vicia, sabia? Quanto mais se tira, mais se quer tirar. Não existe nada que tire o anseio de tirar. O medo de ser pego não tira. O medo de ser preso não tira. O medo de ser morto não tira. Mas, pasme, eu achei alguém que tirou de mim o anseio de tirar do outros. O nome dele? Jesus.

Soube muita coisa acerca dele, mas nunca o tinha visto cara a cara. Quando passou perto de casa, não deixei nada me impedir de olhá-lo. Mas antes de olhá-lo, ele me olhou com um olhar único. Muitos olham para mim, mas olham com ódio mortal nos olhos.

Nos olhos de Jesus, porém, havia um olhar de amor. E o olhar de Jesus me tirou o anseio de tirar, porque me fez olhar para as coisas apenas como coisas. O olhar de Jesus me livrou da prisão das coisas. Deixei de viver pela e para as coisas. Livre da coisas, usei as coisas para livrar outros de outra prisão, a prisão da fome.

Dei metade do patrimônio para os pobres e, de tudo que havia roubado paguei quatro vezes mais pelo prejuízo. Admito que quando era mais jovem tinha alguns ideais de tornar o mundo mais justo. O meu nome, "Zaqueu", quer dizer "Justo", mas de justo não tinha nada. O que era dos outros era meu, mas o que era meu não era dos outros.

Mas Deus, através de Jesus, o Justo, me tornou para sempre justo. E, enquanto os novos céus e a nova terra, nos quais habitam a justiça, não chegam, sigo a minha vida, sendo justo para com todos. Antes eu tirava do que era dos outros, agora tiro do que é meu para os outros. Trabalho, fazendo com as mãos o que é justo, para o que eu tenha o que repartir com o necessitado.

Antes eu não estava nem aí para o pobre e me desviava de que quem me pedia emprestado. Hoje sou generoso. Ajudo os pobres. Invisto no banco que jamais irá falir, aquela agência no céu a salvo dos assaltantes e falsários, na qual todos podem confiar. Hoje guardo-me de todo tipo de ganância, pois aprendi com Jesus que a vida não é definida pelas coisas que se tenha.

Sei que no seu país muitos fazem o que fiz por muito tempo, muitos tiram muito de muitos. Talvez você olhe para os seus nomes e o seus rostos e pense assim: "Quem tem o nome na lista da lava jato nunca terá o nome no livro da vida?" Se Jesus passar pela vida deles, ele vai tirar da vida deles o anseio de tirar da vida dos outros, assim como tirou da minha vida. Jesus é o mesmo ontem, hoje e sempre.


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