O apóstolo Paulo, em sua carta aos efésios (Ef 5.18-33), coloca os relacionamentos familiares dentro do contexto da plenitude do Espírito Santo. Nada mais oportuno. A esposa não consegue ser submissa a seu marido nem o marido amar sua mulher sem a plenitude do Espírito Santo. Um marido cheio do Espírito ama a sua mulher como Cristo amou a igreja. Esse amor pode ser atestado como segue:
Em primeiro lugar, o marido deve amar sua mulher com amor incondicional. A palavra de Deus diz que Cristo amou os seus e amou-os até o fim (Jo 13.1). Jesus amou seus discípulos não por causa de seus méritos, mas apesar de seus deméritos. Amou-os não por causa de suas virtudes, mas apesar de suas fraquezas. O marido deve amar sua mulher com todas as suas limitações ou mesmo quando seu amor não é plenamente correspondido.
Em segundo lugar, o marido deve amar sua mulher com amor perseverante. Cristo amou os seus até o fim. Assim o marido deve amar sua mulher com amor perseverante. Não é amar até a primeira crise. Não é amar até a primeira fraqueza. O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba. As muitas águas não podem apagar o amor nem os rios afogá-lo.
Em terceiro lugar, o marido deve amar sua mulher com amor santificador. Cristo amou a igreja e a santificou. O amor do marido deve dar segurança à sua espoa e protegê-la. Uma mulher amada pelo marido, não se vulnerabiliza. Uma mulher amada pelo marido é protegida das seduções perigosas que, sutilmente, circundam a sua vida.
Em quarto lugar, o marido deve amar sua mulher com amor sacrificial. Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela. O amor não é egoísta nem visa seus próprios interesses. Quem ama se entrega. Quem ama se doa. Quem ama está pronto a viver e a morrer pela pessoa amada. O amor do marido pela sua esposa não pode ser apenas de palavras, mas deve ser demonstrado pela sua disposição de servi-la e pela sua prontidão de dar sua vida por ela.
Em quinto lugar, o marido deve amar sua mulher com amor altruísta. Quem ama a sua mulher a si mesmo se ama, pois sua esposa é carne de sua carne e ninguém jamais odiou sua própria carne, antes a alimenta e dela cuida. O marido não pode tratar sua mulher com indiferença nem com truculência. A mulher é o vaso mais frágil. Precisa ser tratada com dignidade e ternura. O marido precisa viver a vida comum do lar e relacionar-se com sua mulher de forma fiel e amável, suprindo suas necessidades físicas, emocionais e espirituais.
Em sexto lugar, o marido deve amar sua mulher com amor romântico. A palavra “cuidar” em Efésios 5.29, tem o significado de “acariciar”. O marido não pode ser rude no trato. Deve tratar sua mulher com romantismo. Deve cobri-la de afeto e encorajá-la com eloquentes elogios. Cabe ao marido suprir as necessidades emocionais de sua mulher, a fim de que ela seja valorizada como sua amada e sentir-se confortada com o seu amor.
Em sétimo lugar, o marido deve amar sua mulher com amor prático. Todas as vezes que essa ordenança é dada ao marido nas Escritura, utiliza-se a palavra grega ágape, para caracterizar o amor. Esse amor é distinto do amor físico e vai além do amor amizade. Trata-se do amor que se entrega sem reservas e que se sacrifica sem temores. Esse amor não é um conceito teórico, mas uma atitude prática. Esse amor serve mais do que deseja ser servido, se doa mais do que deseja receber, investe mais do que reivindica. Esse amor se sacrifica em vez de exigir sacrifícios. Permanece, portanto, a ordem apostólica: “Maridos, amai vossa mulher” (Ef 5.25)!
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