A celebração da Páscoa

Foi durante a Páscoa que o próprio Jesus instituiu a Santa Ceia como lembrança de sua morte.

Fonte: Guiame, Joel EngelAtualizado: sábado, 4 de abril de 2015 às 19:05
Santa Ceia
Santa Ceia

 

O termo Páscoa remonta há aproximadamente 1445 anos antes de Cristo e é uma das datas mais importantes no nosso calendário romano. Hoje a cultura capitalista tornou esta data memorial para “ovos de chocolate” e “coelho de Páscoa”, poucos lembram ou conhecem o verdadeiro significado desta comemoração milenar.

Mas, a final, o que as escrituras dizem sobre essa festa? Primeiramente é preciso lembrar que neste período os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó viviam sob regime de escravidão há mais de quatrocentos anos no Egito e neste período Deus levanta Moisés, o autor do Pentateuco, para libertar seu povo da escravidão egípcia (Êxodo 3-4).

 Moisés cumpriu o chamado e se dirigiu ao líder daquele povo, o Faraó, a fim de transmitir-lhe a ordem divina que dizia que ele deveria deixar o povo sair do Egito. Com a recusa do líder de autorizar a saída do povo de Deus, Moisés, mediante o poder divino, invocou pragas que castigaram o Egito.

Uma das pragas ordenadas contra o Egito, a décima e derradeira praga, dizia que todos os primogênitos do Egito seriam eliminados por um anjo destruidor (Êx. 12.12). Porém, como os israelitas também habitavam no Egito, a ordem era que o povo tomaria, por família, um cordeiro macho, de um ano de idade, sem defeito e o sacrificaria, famílias menores poderiam se unir e repartir um cordeiro entre si (ÊX. 12.4).
Após o sacrifício o sangue do cordeiro deveria seria ser aspergido nas ombreiras e na verga da porta de cada casa, pois assim o anjo destruidor passaria por estas casas sem que os primogênitos fossem atingidos pela praga. Daí o termo Páscoa, do hebreu pesah, que significa “pular além da marca”, “passar por cima”, ou “poupar”.

A tradição do Coelho de Páscoa, por outro lado, foi trazida para a América pelos imigrantes alemães e é chamado de Osterhoos no dialeto das regiões sul do Brasil. Esta tradição é egípcia, e o coelho simboliza o nascimento e a nova vida devido a sua capacidade de reprodução. Alguns povos da Antigüidade consideravam o coelho como o símbolo da Lua, portanto, é possível que ele tenha se tornado símbolo pascal devido ao fato de a Lua determinar a data da Páscoa.

 O símbolo do cordeiro e do sangue aspergido era um ensinamento de Deus através da redenção pelo sangue, um prenúncio da vinda de Cristo e o sacrifício como “Cordeiro de Deus”, que tiraria o pecado do mundo livrando o homem da morte (Jo. 1.29).

Depois da morte e ressurreição de Jesus ficou o sentido espiritual, indicando a necessidade de libertação da escravidão do pecado, a salvação da morte eterna, assim como a caminhada na certeza de que o céu onde Cristo habita é nosso destino final.

Foi durante a Páscoa que o próprio Jesus instituiu a Santaa como lembrança de sua morte. Celebrada com pão e vinho, que simbolizam o Seu corpo ferido e o Seu sangue derramado na cruz para salvar os pecadores, serviria de lembrança permanente de seu sacrifício vicário (1 Tm 1.15).

Quando o povo judeu foi liberto após a passagem do anjo, caminhando longos quarenta anos até Canaã, a terra prometida, a Páscoa foi institucionalizada como celebração que deveria ser lembrada toda primavera, obedecendo as instruções divinas de que aquela celebração seria um “estatuto perpétuo” (Êx. 12.14).

Desta forma, a celebração da Páscoa deve ser não somente uma data comercial, celebrada somente como mais um feriado, mas uma comemoração verdadeira sobre o significado da salvação, que deve ser lembrado todos os dias, mas celebrado de maneira especial nesta data.

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