O impacto inesperado da presença

O céu se abriu sobre nós, de forma impactante, abalando os alicerces do nosso interior...

Fonte: Guiame, Edino MeloAtualizado: quarta-feira, 13 de maio de 2015 às 13:33
Adoração_imagem ilustrativa
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A Presença divina, doce e poderosa, inundou o lugar, como quando uma densa neblina vem sobre o pico da montanha ao amanhecer. As lágrimas quentes corriam pela face de dezenas de pessoas que faziam parte daquele culto memorável. Senti, de forma inesperada, algo irromper naquela manhã de domingo, enquanto o Profeta Joel Engel pregava na Comunidade Cristã Interativa, em Campinas. O Senhor havia dado ao profeta a direção de proclamar o Ano do Jubileu para todos os presentes.

A palavra havia perfurado o subsolo dos corações, fazendo emergir uma profunda paixão por Jesus, raramente vista. Enquando Engel pregava, um homem foi tomado por um ímpeto inexplicável. Ele pôs-se em pé, e foi em direção ao pregador, lançando em suas mãos uma oferta, sem que qualquer apelo sequer fosse feito. A seguir, inúmeras outras pessoas correram para o altar e lançaram-se em pranto, trazendo presentes ao Senhor. Senti-me, literalmente, mergulhado nos tempos bíblicos, no livro de Atos, quando os irmãos traziam, movidos pelo Espírito Santo, suas ofertas e as depositavam aos pés dos apóstolos. A força da ambição, as estruturas do orgulho, e o poder do apego ao materialismo, que domina grandemente o nosso tempo, foram esmagadas por um profundo desapego, produzido sobrenaturalmente pelo querido Espírito Santo. A doçura da sua Presença nocauteou a indiferença que tem sido tão presente em nossos cultos, por causa do alienamento de Deus que o fascínio material tem exercido na vida de muitos.

Um impacto dessa natureza, de que se tem notícia na história, ocorreu há alguns séculos numa reunião na Nova Inglaterra, nos Estados Unidos. Tudo começou quando a nuvem de glória se chegou em um culto rotineiro em Northampton num dia comum. De repente, o inesperado aconteceu. Todos começaram a gritar diante da força estrondosa da palavra pregada. O impacto foi tão poderoso, que as pessoas se agarraram aos bancos pensando que precipitariam no inferno, sob os seus pés. Foi como se um furacão soprasse e destruísse uma floresta. Foi um choque aéreo; um encontro entre o céu e a terra. Em choro e profunda contrição, caídos ao chão, todos na congregação clamavam pelo perdão dos seus pecados. Jonathan Edwards, que havia jejuado e orado, sem dormir, os três dias antes, pregava o sermão Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado. Neste dia, não foi o inferno que se abriu, mas o céu. A nuvem de glória havia se movido sobre aquele lugar.

Naquela noite de oito de julho de 1741, Jonathan Edwards pregou baseando suas observações em Dt 32.35: “a seu tempo quando resvalar o seu pé...”. Edwards pediu silêncio, mas os céus não se calaram, e todos foram imergidos no poder de Deus.

Engel precisou parar de pregar. O som do clamor e do choro tomou conta da reunião. O céu se abriu sobre nós, de forma impactante, abalando os alicerces do nosso interior. O desprendimento, a liberalidade expontânea, e a intensa generosidade com a qual todos vieram com tamanho despojamento naquela manhã, reacendeu em meu coração o sonho de vermos uma igreja verdadeiramente apaixonada, incondicionalmente pelo Senhor. Fez brotar no meu coração o anseio de ver cultos em que os adoradores adorem ao Pai em Espírito e em verdade. Ver dias em que a fome e a sede pela Presença remova as nossas estruturas teológicas interiores, que sedimentou há anos uma crença morta, sem brilho e sem vida, fazendo jorrar rios de águas vivas no altar de Deus. Dias virão em que a religiosidade que tem congelado o coração de muitos será desfeita por sopros de glória. A densa camada de conformação crescente, que está cobrindo nossas almas, em nossos cultos, cimentando-as com liturgias modeladas pelo consumismo evangélico, autocêntrico, que tem banido a vida das nossas reuniões, será derretida pelo fogo de Deus. A unção de Elias restaurara o altar em ruínas. Cenografias mortas, e púlpitos, que mais parecem lápides, e que tem adornado o culto ao nosso Deus em nossos dias, serão arrancados pelo mover sobrenatural da manifestação viva do Espírito Santo de Deus.

Aquela reunião provou que estes dias já estão chegando. Me dei conta deste fato, quando me vi também em soluços ofertando mais do meu tempo para mergulhar diariamente em níveis mais profundos da Presença, e doando ao Senhor algo de grande valor que Ele me pediu. Fomos marcados por um flash de glória celeste que descongelou nossos corações e nos deu o privilégio de experimentarmos gotas maravilhosas de amor que fluíram do coração do Senhor para o nosso coração naquela manhã. À tarde a chuva caiu sobre a cidade de Campinas dando as boas vindas a um tempo de grande avivamento sobre o Estado. O jubileu chegou entre nós.

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