Adultério, como vencer essa tentação?

É sempre mais fácil vencer a tentação quando o processo está no início.

Fonte: Guiame, Josué GonçalvesAtualizado: sexta-feira, 11 de outubro de 2019 às 14:58
(Foto: CBN News)
(Foto: CBN News)

O adultério é como uma traça que tem corroído muitos casamentos. Cuidado com o excesso de autoconfiança. Nunca diga: “Comigo o isso nunca vai acontecer”. A autoconfiança foi a causa do fracasso de Pedro diante da tentação de negar a Jesus (Mt 26.33,34).

Consciente de que ninguém está livre dessa possibilidade, devemos orar sempre: “Senhor, nunca deixe faltar temor em nosso coração e ensina-nos a viver com sabedoria e prudência”.

Nunca brinque na “Zona de Perigo”

A queda de Sansão é a história de um homem que brincou de flertar com o pecado (Jz 16.1-31). Jesus disse aos seus discípulos: “…a carne é fraca” (Mt 26.41). Todas as pessoas que cederam à tentação e praticaram o adultério cometeram o mesmo erro de Sansão, ou seja, brincaram onde e com quem não deviam brincar. Se a “carne” é fraca, todo cuidado é pouco.

Sempre preste conta ao cônjuge. A Bíblia diz: “Confessai as vossas culpas uns aos outros; e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tg 5.16). É necessário que o companheiro saiba o que está acontecendo na vida do outro. Uma vida não supervisionada não é vivida com responsabilidade.

Todos nós precisamos viver conscientes de que temos que responder a alguém sobre os nossos atos.

Peça ajuda quando perceber algum sinal de perigo rodeando. O casal precisa construir uma relação com base na verdade (Pv 10.9) para que quando vier a tentação um tenha confiança no outro para abrir o coração, buscando ajuda. Há situações na vida em é impossível vencer sozinho. Quando o cônjuge procura ser um agente de cura para o companheiro, o resultado final é a vitória sobre a tentação de pecar.

Cultive o seu casamento como se faz com um jardim. Não se pode negligenciar o casamento e esperar que ele por si só floresça e frutifique. Invista no seu relacionamento conjugal, dê a atenção necessária. Jamais descuide das barreiras de proteção que devem estar em torno do seu casamento.

Não confie no cônjuge ao ponto de achar que ele está imune ao pecado do adultério. A sua confiança no cônjuge deve ser inteligente, equilibrada e sensata. Confiar não significa ver o outro como um “anjo incapaz de pecar” só porque ele é uma pessoa seriamente comprometida com Deus. Por mais que o seu cônjuge seja sério e espiritual, ajude-o a não pecar.

Selecione suas amizades – Já aconselhei casais que caíram em pecado porque não foram criteriosos em relação a quem deveriam receber como “amigos” dentro de casa ou até mesmo porque não foram cuidadosos com quem eles se relacionavam. Quem ama não tem ciúme doentio, mas sabe cuidar, protegendo muito bem a pessoa amada.

A esposa deve ajudar o marido a enxergar o que muitas vezes ele não percebe e que, no futuro, pode se tornar um grande problema. E o marido deve fazer o mesmo.

Ao perceber qualquer comportamento estranho do cônjuge, não tenha medo de confrontá-lo. A verdade não tem medo da luz. Pessoas responsáveis respondem perguntas difíceis sobre os seus atos. A confrontação quase sempre provoca tensão, mas é o melhor caminho para livrar o outro de um tropeço moral, que via de regra torna-se fatal no relacionamento.

Quantos casamentos teriam sido salvos se o cônjuge tivesse confrontado o outro na busca de livrá-lo do pior!?

Infelizmente, na maioria das vezes em que ocorre um adultério, só depois que tudo vem à tona é que o cônjuge diz: “Bem que eu notei, vi, percebi, desconfiei… Mas não tive coragem de perguntar, de ir atrás, de buscar a verdade.” Lembre-se: É sempre mais fácil vencer a tentação quando o processo está no início.

Cuidado com a internet. De todos os avanços tecnológicos, a internet é uma das mais impressionantes invenções do homem. A internet foi um fator determinante para a globalização, pois tudo passa por essa rede virtual fantástica. Porém, quando esse meio de comunicação é usado para o mal, o prejuízo é tão grande ou maior quanto os benefícios que ela proporciona.

O número de crianças, adolescentes, jovens e casais que estão se perdendo a partir do Facebook, das salas de bate-papo, dos recados através de janelas virtuais é assustador.

Quando se trata de internet, é preciso tomar muito cuidado para não usar de forma errada esse instrumento tão poderoso.

O melhor lugar para se ter um computador em casa é na sala ou em um espaço onde o marido supervisiona a esposa e vice-versa. Conheci um homem casado que, não conseguindo vencer a tentação de visitar páginas impróprias na internet, decidiu falar sobre isso com a sua esposa.

Os dois acabaram tomando uma atitude radical: sempre que ele precisasse, ela iria acessar a internet junto com ele, pois assim a esposa, que não tinha esse problema, poderia ajudá-lo a vencer a tentação de conviver com aquilo que poderia destruir o casamento deles. A Bíblia diz que é melhor serem dois do que um, e o cordão de três dobras não se quebra com facilidade (Ec 4). Foi por isso que Jesus disse, vigiai e orai…

Por Josué Gonçalves, terapeuta familiar através de seminários, encontros e congressos realizados anualmente. Autor dos livros “12 Verdades que Todo Filho gostaria que os Pais Soubessem” e “Pastor: Sua Família e Seus Desafios”.

* O conteúdo do texto acima é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

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