“Tenho amigos que se divorciaram em menos de dois anos de casados. O que devo fazer para não fracassar também, quando eu casar?”
Uma boa providência é o casal fazer um curso para noivos. Muitas igrejas já mantêm estes trabalhos e até pastores e líderes de casais, dispõem-se a realizá-los. Normalmente, são quatro a cinco encontros semanais de 2 a 3 horas, cada um. São estudados assuntos básicos, para que o casal não se surpreenda com os problemas que irão encontrar, nos dois primeiros anos do casamento. São temas como: Relacionamento interpessoal; Aprendendo a discutir suas divergências; Finanças do lar; Herança familiar; Significado do sexo para o homem e a mulher; Direitos e deveres de pais, filhos, maridos e mulheres; entre outros assuntos.
Caso não encontre ninguém disponível para realizar estes estudos na região onde mora, o casal pode minimizar o problema, lendo livros sobre “Preparação para o casamento”. Procure em qualquer livraria cristã de sua cidade. Existem bons livros de várias editoras.
Tendo estudado previamente estas áreas, onde os problemas costumam acontecer, as possibilidades de êxito ao enfrentá-las, serão muito maiores. Pense da seguinte forma: “Se existe uma grande maioria de pessoas, que já passaram por estes problemas e conseguiram resolvê-los, eu também conseguirei!”
Acabe com esta ideia que muita gente tem, ultimamente: “Se eu tiver problemas, vou partir para o divórcio!”. Infelizmente, existem pessoas que entram no casamento, pensando em “quando vão acabá-lo!”. Assim não dá! Possivelmente, estas pessoas ainda não tiveram um verdadeiro encontro com Deus! Não conhecem os Seus valores, pois Ele inventou o casamento, para dar certo!
Temos verificado em nosso ministério com famílias, que a qualidade da perseverança, tão apreciada e aplaudida no esporte, no trabalho e nos estudos, infelizmente não tem a mesma importância e escala de valor, quando o assunto é “casamento”. Dados do IBGE mostram que o índice que temos de divórcios no Brasil é o maior em 20 anos!
Não somente pastores, mas líderes de diversas religiões, além de conselheiros familiares, advogados e juízes da vara de família, concordam em afirmar: grande parte dos divórcios, acontecem por motivos banais e que, com um pouco de perseverança e sensatez, muitos casamentos poderiam ser preservados.
Até pessoas que dizem conhecer a Bíblia e ter um compromisso sério com Deus, têm uma dificuldade imensa em: conversar equilibradamente, reavaliar atitudes, ceder naquilo que é possível, parar de pensar apenas nos seus próprios interesses, refazer conceitos em benefício do cônjuge e da família. Precisam aprender a perseverar, perseverar, perseverar, utilizando o amor “ágape”, um amor disposto a sacrifícios como foi o de Cristo, que nos amou quando não merecíamos, pois éramos ainda pecadores (Romanos 5:8).
Muitos casais não foram ensinados (ou se foram, esqueceram-se do que aprenderam) em relação ao que Deus pensa sobre o divórcio: “Eu odeio o divórcio, diz o Senhor, o Deus de Israel, e também odeio homem que se cobre de violência (…) Por isso tenham bom senso; não sejam infiéis” (Malaquias 2:16). O divórcio, um instrumento para ser usado em raríssimas exceções, estava sendo banalizado na época do profeta Malaquias, como acontece hoje em dia.
Romanos 5:3-5 diz: “… mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu”.
Esta passagem mostra, que nossos problemas e tribulações são momentos de aprendizado (permitidos por Deus), pois devem produzir perseverança. E esta perseverança produzirá em nós um “caráter aprovado”, que por sua vez renovará em nós a “esperança que não decepciona”. Muitos casais querem usufruir da “esperança”, sem passar pelo doloroso processo dos problemas e tribulações.
Deus poderia nos poupar de passar pelos problemas? Sim, poderia, pois como Deus Ele pode todas as coisas. Mas por que Ele não tira as dificuldades de nós? Problemas e tribulações visam amadurecer-nos como seres humanos, não só para realizarmos neles o que é humanamente possível, mas para consolarmos outras pessoas, após termos passado por estas situações (2Coríntios 1:3-4).
Não podemos fugir do processo: sem “perseverança” (enquanto estamos debaixo do “fogo” dos problemas), não aprenderemos a ter maturidade e nos distanciaremos de desfrutar a “esperança” que tanto desejamos. Lute, insista e amadureça, lembrando que o sucesso no casamento e na vida está intimamente ligada à nossa atitude de perseverar!
Texto extraído do livro: “Histórias de Amor com Um Toque Divino” de Sergio e Magali Leoto (Editora Thomas Nelson Brasil)
Por Sergio Leoto (pastor) e Magali Leoto (psicóloga) escritores, palestrantes e trabalham junto às famílias, através do ministério “Fortalecendo a Família”, desde 1990.
* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.
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