Educando seus filhos

Educando seus filhos

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:29

A tarefa parece simples, mas não é o que dizem e reclamam os pais e educadores (professores, pastores e padres).

Sabemos, como cristãos, como devem ser ou parecer nossos filhos. Sabemos dos valores morais a serem seguidos. Mas parece que nossos filhos, ou a educação que estamos procurando dar a eles, estão longe de ser o ideal. Não é tarefa fácil educar um filho à imagem e semelhança de Deus.

Estamos em um impasse. Sabemos o que ensinar, mas nos faltam sabedoria e entendimento para saber como ensinar. Então chegamos à conclusão de que o problema na educação de nossos filhos está no modo como os pais têm educado o seu filho, e não no comportamento e/ou no “gênio” desta criança. Segundo Skinner, o comportamento é transformado pelos estímulos oferecidos. Como saber se o que estamos fazendo está certo? Como saber se meu filho não tem algum distúrbio e/ou transtorno? Como procurar ajuda profissional?

Vemos, por partes, que é difícil mesmo educar, porque quando repreendemos um filho muitas vezes, exageramos sem perceber, ou percebendo, o que é pior. E por outras, deixamos correr solta a malcriação, porque estamos cansados e/ou não queremos nos incomodar, ou ainda por não nos sentirmos capazes de fazê-lo.

Devemos ter em mente que a criança precisa de disciplina e de limite, assim como precisa de amor, atenção, cuidado, carinho.

Todas essas coisas – atitudes – devem caminhar juntas. Ela não conseguirá, como já explicamos no capítulo 3, passar da posição esquizoparanóide – onde seu ego é fragmentado, onde só enxerga a si mesma – para um estágio superior de desenvolvimento, podendo se tornar um ser psicótico, cheio de problemas graves de conduta, de caráter. Será um ser desobediente, por exemplo, incapaz de estabelecer vínculos sadios com outras pessoas, pois não enxergará o outro como um ser independente de si, e sim se fundirá nos outros. O respeito e a inveja estão intimamente ligados na fixação dessa posição. Enfim, a dinâmica entre satisfação x frustração é o que vai estabelecer o equilíbrio do que é bom e mau dentro dele.

Sabemos que há várias maneiras de educar e vamos ensinar algumas delas. Não tenho a pretensão de resolver seu problema como pai e sim, da criança como filho, ensinando e principalmente esclarecendo algumas das falhas mais comuns cometidas por pais e educadores.

Entendam que muitas dessas falhas são inconscientes e são carregadas de conteúdos emocionais e defesas neuróticas, bem como são aqueles chamados “erros para acertar”, ou por inexperiência. Mas creio que a questão deste pequeno exemplar é o conhecimento de alguns aspectos emocionais e afetivos de seu filho. Compreendendo isso, a ansiedade diminui – pois o conhecimento liberta – e assim podemos então, tentar.

O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei,para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos – Oséias 4.6.

Para educar filhos não temos receitas infalíveis, mas algumas até que funcionam. Busquei em minha experiência, além de livros técnicos de educação, e na própria Bíblia, que tem textos fantásticos de sabedoria. Veja o que o livro de Provérbios nos diz: “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele” (Pv 22.6). Alerta aos pais para a necessidade de educar hoje para não termos problemas futuros. A receita parece infalível.

DISCIPLINA – AMOR – SABEDORIA

Ou será

AMOR – SABEDORIA – DISCIPLINA

Ou ainda

SABEDORIA – DISCIPLINA – AMOR

O que vem primeiro?

Os três caminham juntos. Baseado em estudos científicos sobre comportamento humano e em minha experiência como mãe e com meus pacientes, são três os aspectos, ou as maneiras de obter êxito, ou encontrar a chave para, enfim, educar uma criança.

DISCIPLINA – AMOR – SABEDORIA

AUTORIDADE – AFETO – CONHECIMENTO

DEUS – JESUS – ESPÍRITO SANTO

O que vem antes nesse processo não sei, mas tenho uma teoria bem interessante. A da Trindade. Assim como a Trindade é um só Deus, porém com três Pessoas, uma faz parte da outra, sendo que uma não existe fora da outra.

Atrevo-me a dizer que disciplina, amor e sabedoria são inseparáveis. Uma não pode ser sem a outra no processo educacional. Elas coexistem, assim como a Santíssima Trindade – Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo – existe em um só, e em tempos, há ênfase em uma ou outra Pessoa, dependendo da situação. Por exemplo: Deus Pai aparece mais no Antigo Testamento; Deus Filho (Jesus) aparece mais no Novo Testamento, na dispensação da graça; o Espírito Santo é a forma como Deus está presente hoje em nossas vidas. Assim também é essa trindade educacional.

Há momentos que só o amor resolve, tendo que aparecer mais. Outras vezes, ou em outras situações, a sabedoria sobressai, e muitas vezes, a disciplina é a que tem que estar mais em evidência.

Porém, nos três aspectos, lá estão todos juntos educando nossos filhos.

A saúde emocional de nossas crianças depende exclusivamente da tríade disciplina-amor-sabedoria, assim como nós dependemos da Trindade do único Deus. Mesmo no auge de demonstração de amor aos nossos filhos, a disciplina e a sabedoria estão ou devem estar presentes.

Você pode estar preocupado em como fazer isso. “Tenho de ser perfeito então, para ter um filho perfeito?” É isso mesmo. Se quer ter um filho bem educado, terá de ser seu modelo. Mas não se preocupe com a perfeição. Só existe um Deus e você pode se aperfeiçoar nele.

Ele deixou conselhos, modelos, um livro de conduta, um manual para nos ensinar, ao menos, a perseguir essa perfeição.

Não é isso que exigimos e queremos de nossos filhos? De nossos alunos, de um membro de nossa igreja? Não é isso que a sociedade busca de seus integrantes? De forma mais livre ou autoritária, todos buscam a mesma coisa. Formar cidadãos de caráter que não apresentem problemas para a sociedade e custos para o governo ou suas famílias.

Criar filhos perfeitos e felizes. Nas escolas, alunos perfeitos, inteligentes e que deem orgulho. Então, mãos à obra. Comece por você.      

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