Por que devemos apoiar o ensino domiciliar? Entenda em 6 tópicos simples

O objetivo da proposta é apenas oferecer uma alternativa aos pais que desejam ensinar os seus filhos em casa, de forma criteriosa, regulamentada e com acompanhamento.

Fonte: Guiame, Marisa LoboAtualizado: sexta-feira, 20 de maio de 2022 às 18:15
(Foto: Pixabay)
(Foto: Pixabay)

A Câmara aprovou o requerimento de urgência do Projeto de Lei 3179/12, que regulamenta o ensino domiciliar no Brasil, uma pauta que já vem sendo discutida há anos no país e é de grande interesse para nós, cristãos e conservadores em geral.

Apesar disso, infelizmente alguns ainda não entenderam a importância dessa medida, por isso, quero listar rapidamente 6 tópicos para que você, pai e mãe, entenda melhor o assunto sob à perspectiva de uma psicóloga cristã.

Tópicos sobre o homeschooling

1° - O ensino domiciliar não foi criado para substituir o modelo escolar. O objetivo da proposta é apenas oferecer uma alternativa aos pais que desejam ensinar os seus filhos em casa, de forma criteriosa, regulamentada e com acompanhamento.

É importante, por exemplo, atentar para o que diz o § 3º do PL, onde o texto estabelece o acompanhamento especializado como parte do processo. Observe, com meus destaques:

“É facultado aos sistemas de ensino admitir a educação básica domiciliar, sob a responsabilidade dos pais ou tutores responsáveis pelos estudantes, observadas a articulação, supervisão e avaliação periódica da aprendizagem pelos órgãos próprios desses sistemas, nos termos das diretrizes gerais estabelecidas pela União e das respectivas normas locais.”;

2° - O ensino domiciliar permite aos pais que temem pela formação moral dos seus filhos, especialmente os cristãos, que possam garantir maior proteção a eles dentro de casa, uma vez que a sociedade já está cansada ver casos onde os alunos são vítimas de doutrinação ideológica nas salas de aula, e por diversos motivos;

3° - O ensino domiciliar possibilita uma educação personalizada, compatível com o ritmo de aprendizagem de cada aluno, facilitando o desenvolvimento de interesses e habilidades distintas devido ao maior foco de atenção recebido durante a transmissão das aulas.

É notório para pais e educadores que algumas crianças/jovens se diferem quanto ao ritmo de aprendizagem, bem como em relação ao método. O homeschooling, nesses casos, termina sendo uma alternativa que visa adequar o ensino ao melhor potencial de cada indivíduo;

4° - O ensino domiciliar não impede a socialização, como alguns alegam, pois o relacionamento da criança com outras pode ocorrer em muitos contextos fora da escola, como nas brincadeiras de rua, parques e praças, igreja, dentro da própria família ou em aulas diversas como de música e esportes.

Além disso, também é possível implementar o ensino domiciliar em grupos domiciliares, juntamente com outros pais, formando pequenas células residenciais de apoio mútuo;

5° - O ensino domiciliar, definitivamente, não desvaloriza os professores! Pelo contrário, a proposta significa a abertura de uma nova frente de trabalho, tal como a do tradicional reforço escolar, onde os profissionais podem ser contratados como tutores das famílias, podendo significar uma atividade até mais flexível e lucrativa;

6° - Finalmente, o ensino domiciliar não é nenhuma novidade. Se trata de um modelo educacional de sucesso existente há muitos anos, presente em pelo menos 60 países como Estados Unidos, Canadá, Portugal, França, Itália, Reino Unido, Suíça, Bélgica, Holanda, Áustria, Finlândia, Noruega, Japão, entre outros.

Estes, portanto, são apenas 6 entre os vários motivos pelos quais eu, Marisa Lobo, apoio o ensino domiciliar e digo sim à proposta, uma vez que o modelo só tem a somar e não dividir. Já defendia a modalidade para o Paraná, agora continuarei lutando por ela em prol do Brasil.

Marisa Lobo é psicóloga, especialista em Direitos Humanos, presidente do movimento Pró-Mulher e autora dos livros "Por que as pessoas Mentem?", "A Ideologia de Gênero na Educação" e "Famílias em Perigo".

* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

Leia o artigo anterior: "Deixará pai e mãe": entenda a importância dessa lição bíblica sobre casamento

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