Quando o amor ultrapassa os limites? Psicóloga explica

Quando o amor ultrapassa os limites? Psicóloga explica

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:29

Querer ficar grudado ao namorado(a) nem sempre é sinônimo de gostar. A partir do momento em que a pessoa passa a depender do companheiro(a) para viver isso pode ser um sinal de que seu psicológico não vai bem.

Segundo a psicóloga e escritora Marisa Lobo, especialista em transtornos psicológicos, os primeiros sintomas da patologia podem ser observados logo no início do relacionamento. "Os dois não namoram, casam. Em pouco tempo já estão íntimos.

Não conseguem fazer nada sem o outro. Em casos extremos, se um morre, por exemplo, o outro pode cometer o suicídio também, pois perde a razão de viver".

Geralmente, as pessoas que desenvolvem esse tipo de transtorno de dependência têm baixa estima e se apegam exageradamente, diferente de um casal que acabou de se conhecer e, naturalmente, quer estar junto, porém com um certo limite. "A diferença é que nas relações consideradas 'normais' existe a questão sexual também, de desejo, libido. Já no caso patológico é algo que sufoca. Mesmo quando o tesão passa o dependente afetivo perde a motivação sem o outro, ao contrário do apaixonado que se enche de energia externa", explica a especialista.

Ainda de acordo com ela, o apaixonado 'normal' sente ciúme, mas consegue se controlar. Já aqueles que sofrem desse transtorno acabam estabelecendo relações problemáticas em que a base é o apego exagerado e a imaturidade emocional em lidar com pessoas.

Marisa compara esse tipo de comportamento com a dependência química. "Da mesma maneira que um dependente químico precisa da droga, o dependente de afeto, quando separado de sua 'droga', entra em crise podendo cometer desatinos".

Para evitar que o relacionamento chegue neste nível é preciso que o companheiro(a) de uma pessoa dependente seja firme e não alimente as atitudes doentias que sufocam a relação. "Ao perceber o primeiro desrespeito deve denunciar e não permitir de forma alguma esse tipo de atitude. Geralmente, depois de uma agressão, ele pede desculpa e convence o parceiro(a) a ficar com pena", alerta. " Com isso, o dependente afetivo se alimenta desse sentimento e acredita que o companheiro(a) nunca vai abandoná-lo(a)", complementa a psicóloga.

A pessoa que sente um amor saudável, ao contrário de tudo isso, reconhece os limites, as atitudes e reflete sobre os fatos quando chamada a atenção. "O verdadeiro amor joga fora todo medo, toda insegurança, todo ciúme exagerado. A pessoa tem autoestima e reconhece o outro separado de si mesmo. Não magoa, não ofende, não escraviza", esclarece.

Via: eBand

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