O menino da manjedoura que se tornou rei

Celebramos aquele que venceu a morte, que desceu de seu trono para resolver de uma vez por todas a dívida que tínhamos pelos nossos pecados.

Fonte: Guiame, Matheus GrismaldiAtualizado: quinta-feira, 23 de dezembro de 2021 às 14:59
(Foto: Unsplash/Dan Kiefer)
(Foto: Unsplash/Dan Kiefer)

Um menino nascer em uma manjedoura, como assim? Ele nasceu. Esse menino é Jesus e o seu nascimento em um contexto simples, na cidade de Belém, crescido em Nazaré, desfavorável e desprovido de qualquer mérito, foi a maior lição de humildade prática que a humanidade poderia  receber. 

É por causa desse menino que se tornou Rei, preferiu despir-se de toda a sua glória e majestade para entregar-se até a morte de Cruz, tornando-se servo, é que hoje tivemos o direito da reconciliação, tornando nos filhos, com acesso irrestrito à presença.  

É por isso que a palavra de Paulo aos coríntios diz que a sabedoria de Deus enlouquece a sabedoria humana e não é capaz de discernir pela lógica, pois parece improvável Deus permitir que Cristo venha ao mundo neste cenário, principalmente o Salvador do mundo. O nascimento de Jesus não foi um evento impressionante, mas um convite a lembrar da simplicidade do Evangelho que anuncia as boas novas todos os dias. 

Destrinçar a história do nascimento do Salvador em Lucas 2, é vislumbrar um Deus que concede favor e graça mesmo em um contexto de simplicidade e carência. Os dias parecem que estão passando mais rápido que o ponteiro do relógio, dias desafiadores parecem como uma neblina aos nossos olhos e nos tira a alegria de simplesmente celebrarmos aquele que nasceu dentro de nós e nos deu o direito de fazer parte da herança completa. 

Ele se fez pobre para que nos tornássemos ricos. Ele se fez de servo para que tornássemos filhos. Ele se fez de humilde para que pudéssemos reinar. Ele tomou a culpa para si para que fossemos livres. 

Celebramos aquele que venceu a morte, que desceu de seu trono para resolver de uma vez por todas a dívida que tínhamos pelos nossos pecados. Esse Rei nos tirou da cadeira de réu, pois pela obra consumada da cruz nos tornou justos e nos fez assentar em regiões celestiais para reinar junto com Ele. Esse mesmo Rei provou exatamente o contrário da religião – maior é o que serve e assim o fez para nos servir.

Manjedoura fala de esvaziarmos de nós mesmos, de abrir mão do merecimento, do entendimento próprio e permitir sermos transformados por uma cultura diferente daquela que nos moldou e não apenas ter a posição legal, mas também trazer à realidade a experiência da herança. Todos nós nascemos com uma sede de significado e propósito, mas nem  sempre o propósito é muito claro ou encontramos as respostas certas.  

Queremos ser reconhecidos por grandes feitos, mas somos convocados a cuidar de jardins desconhecidos. 

Que Jesus brilhe através de você, pois quando Deus olha para você, Ele enxerga o próprio filho, Cristo e nunca menos que isso. Celebre. Hoje, amanhã e até que Ele venha, pois as circunstâncias deste tempo presente não podem definir a alegria, portanto, se nos faltam motivos para se  alegrar, que Ele seja o único motivo.

Matheus Grismaldi é escritor, missionário e assessor de comunicação e imprensa em Angola, África. Também integra equipe de plantações de Igrejas, dedica-se ao discipulado, apaixonado pelo Evangelho e faz parte da liderança na Igreja Videira, Vinha Angola. É o filho caçula de três irmãos, nascido em lar cristão, natural de São Paulo, carrega o sonho de ver uma geração vivendo a grande comissão e missões transculturais.

* O conteúdo do texto acima é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

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