As pessoas ensinam o que sabem e reproduzem o que são

Precisamos ser pessoas que se tornem não um exemplo de palavras somente, mas um exemplo de vida!

Fonte: Guiame, Maurício GuedesAtualizado: quarta-feira, 22 de dezembro de 2021 às 20:14
(Foto: Unsplash/Severin Höin)
(Foto: Unsplash/Severin Höin)

“Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um espinheiro ou figos de ervas daninhas? Semelhantemente, toda árvore boa dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins. A árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore ruim pode dar frutos bons. Toda árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo. Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão!”

(Mateus‬ 7:15-20 | NVI)‬

Nós somos chamados mais para produzir do que para ensinar. A preocupação de Jesus é mais com o que somos do que com o que fazemos.

Nos dias de Jesus esse problema foi tratado com firmeza por ele. Ele falava de pessoas que ensinavam, mas não viviam. 

O que temos reproduzido nos diversos setores da vida?

Sociedade: A corrupção que vemos hoje é produto das famílias da nossa sociedade. 

- Criticamos o rumo que nossa sociedade leva, mas o problema está no que produzimos. Se mudarmos as nossas vidas, veremos uma sociedade melhor. 

- Pode-se ensinar os melhores conceitos nas escolas, mas sem exemplos não haverá melhoria. 

- A sociedade que temos é produto das famílias que temos!

- Hoje procura-se homens para liderar nas nossas nações e, infelizmente, estão raros. 

Família: Como as famílias estão sendo formadas hoje? A sociedade moderna está melhorando o conceito familiar ou piorando? Quais têm sido os nossos comportamentos como pais, filhos, cônjuges?

Igreja: A igreja precisa ser um lugar de transformação para gerar pessoas melhores. Precisamos ser pessoas que se tornem não um exemplo de palavras somente, mas um exemplo de vida!   

Jesus, falando sobre o que é falso, usa o exemplo da árvore e seu fruto. A árvore produz o que ela é. Isto está relacionado com a essência.

Qual a diferença entre ensinar e reproduzir? 

Mais do que falar de Deus para alguém, precisamos gerar alguém para Deus. 

Quando ensinamos, estamos partilhando algo que recebemos. Quando reproduzimos, estamos partilhando o que somos, estamos gerando filhos para Deus.

“Meus filhos, novamente estou sofrendo dores de parto por sua causa, até que Cristo seja formado em vocês.” (Gálatas 4:19 | NVI)

Por quase todas as cartas apostólicas encontramos a expressão filho(s). São expressões que revelam cuidado e paternidade espiritual (na fé). 

“Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, por ordem de Deus, nosso Salvador, e de Cristo Jesus, a nossa esperança, a Timóteo, meu verdadeiro filho na fé: Graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, o nosso Senhor.” (1 Timóteo 1:1-2 | NVI)

Precisamos gerar filhos para Deus. A formação de um um filho na fé é comparado pelo apóstolo Paulo a um parto. 

Existe um preço que pagamos para gerarmos filhos para Deus. Uns são mais fáceis, outros não. Uns são de parto normal e outros são tirados a fórceps. 

O preço que pagamos é de jejum e oração; batalha espiritual, investimento, estratégia. Gememos pelo nascimento de um filho na fé, mas depois sentimos um gozo incrível! 

De quantos filhos somos pais? 

A maior parte dos casais, quando se casam, um dos objetivos, um dos desejos, é de gerar filhos. A esposa do Cordeiro, a igreja, precisa gerar filhos para Deus. É por isso que Jesus ensina-nos a ser para depois fazer.

A grande comissão é um chamado a nos sacrificarmos a fim de trazer vida a outros. O grão de trigo tem que morrer para reproduzir-se

Por Maurício Guedes, presidente da Igreja Presbiteriana Renovada de Portugal, Pastor na cidade de Almada – Portugal. Autor dos livros: “Geração Autêntica”, “Que Ele Cresça e Que eu Diminua” e “O Evangelho Que Pregamos”.

* O conteúdo do texto acima é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

Leia o artigo anterior: O senhorio de Cristo

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