Arquitetas que Deus usa - Parte 3

Arquitetas que Deus usa - Parte 3

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:27

"O casamento deve ser honrado por todos; o leito conjugal, conservado puro; pois Deus julgará os imorais e os adúlteros ". 

(Hb 13: 4- NVI)     

Podemos contribuir para a edificação do Reino de Deus de várias formas. Usar nossos lábios com palavras que concordem com a Palavra de Deus e, assim, trazer para o mundo natural o que já existe no espiritual (Pv 13: 2), promovendo a edificação daqueles que estão ao nosso redor; influenciar de forma positiva aos membros de nossa família com o nosso exemplo de ''cumpridores da Palavra, e não somente ouvintes'' (Tg 1: 22) e, também, edificar vidas através de um casamento saudável.    

As Escrituras dizem que Deus projetou e criou o casamento para ser algo bom. Ele é um presente lindo e inestimável. Deus usa o casamento para nos ajudar a acabar com a solidão, multiplicar nossa eficiência, construir famílias, criar filhos, curtir a vida e nos abençoar com um relacionamento íntimo.     

Vivemos em uma sociedade ''descartável'' que perdeu em grande parte qualquer sentido real de permanência. É um mundo de expiração de datas de validade, vida limitada na prateleira e onde as coisas rapidamente se tornam ultrapassadas. Nada é absoluto.    

Um dos principais sintomas de uma sociedade doente é quando apresentamos em nossos relacionamentos humanos a mesma atitude de descompromisso e impessoalidade que mostramos em relação aos itens inanimados e descartáveis que utilizamos no cotidiano. 

Contudo, o casamento é o mais profundo e íntimo de todos os relacionamentos humanos, ainda que esteja sob ataque. O casamento ainda é uma boa idéia, porque a idéia é de Deus. Ele o criou. Ele o projetou, estabeleceu-o e definiu seus parâmetros. Ao contrário de muitos pensamentos e ensinamentos contemporâneos, o casamento não é  um conceito humano. O casamento é de origem divina.   

Desde o princípio, Deus estabeleceu o casamento como um relacionamento permanente, a união de duas pessoas separadas - um homem e uma mulher -  em ''uma só carne''. Quando Adão viu Eva, exclamou, ''Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada '' (Gn 2: 23). O projeto de Deus para o casamento é encontrado no versículo seguinte: 

''Por esta razão, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne ''.

(Gn 2: 24).

Quando Deus ordenou que o homem e a mulher devessem se tornar ''uma só carne'', tinha em mente um relacionamento permanente e perpétuo (aquilo que tem um início mas não tem um fim). Jesus, o grande mestre, tornou isso bastante claro durante sua discussão sobre o divórcio com alguns fariseus. Eles perguntaram a Jesus se era permitido ao homem se divorciar de sua mulher, ressaltando que Moisés havia tornado o divórcio lícito.   

''Respondeu Jesus: Moisés escreveu essa lei por causa da dureza de coração de vocês. Mas no princípio  da criação Deus 'os fez homem e mulher'. 'Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá  à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne'. Portanto, o que Deus uniu, ninguém o separe ''.  

(Mc 10: 5- 9)

Se o casamento fosse de origem humana, então, os seres humanos deveriam ter direito de revogá-lo sempre que quisessem. Mas, por ter sido Deus quem o instituiu o casamento, somente ele tem a autoridade  para determinar seus padrões e estabelecer suas regras. Somente Ele possui autoridade legítima para acabar com essa instituição. E Ele jamais o fará.     

O casamento é fundamental porque foi a partir desse relacionamento que Deus começou a construir a sociedade.    

A sociedade Humana em todas as suas formas depende do casamento para a sobrevivência. É por isso que a atual falta de consideração ao casamento existente nas mentes das pessoas é tão perigosa. Com todos os valores e fundamentos tradicionais sendo atacados a cada mudança, não é de se admirar que o casamento esteja sendo atacado!   

O ataque global do adversário contra o casamento é na realidade um ataque contra a própria sociedade, e, em última análise, um ataque contra Deus, o criador da sociedade e do casamento. O adversário sabe que se puder destruir o casamento, poderá destruir as famílias; se puder destruir as famílias, poderá destruir a sociedade; e se puder destruir a sociedade, poderá destruir a humanidade, ou seja, a criação de Deus.  

O casamento é também o fundamento sobre o qual a Igreja e os cristãos, o povo escolhido de Deus, estão apoiados. O Novo Testamento descreve a relação de Cristo e Sua Igreja como algo semelhante ao noivo e a noiva. Esta analogia possui implicações significantes para a compreensão de como os maridos e as esposas devem se relacionar uns com os outros.  

''Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo. Mulheres, sujeitem-se cada uma a seu marido, como ao Senhor, pois o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da Igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador (...) Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a Igreja e entregou-se por ela (...) Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá a sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne. Esse é um mistério profundo; refiro-me, porém, a Cristo e a Igreja ''. 

(Ef 5: 21- 23, 25, 31- 32) 

O relacionamento entre Cristo e a Igreja é um modelo para a existência entre o homem e a mulher; um relacionamento de respeito, submissão mútua e amor sacrificial.        

Em toda Escritura vemos com freqüência a palavra casa, referindo-se à unidade menor e mais básica da sociedade - a família. A ''casa'' é o fundamento da sociedade e o casamento é o fundamento da ''casa''.  A saúde de um casamento determina a saúde de uma ''casa'', e a saúde das ''casas'' de uma nação determina a saúde da nação.

A saúde de uma igreja depende da saúde das ''casas'' dos seus membros, especialmente daqueles que fazem parte da liderança.

Uma “casa” saudável é a chave para uma igreja saudável e uma sociedade saudável. E uma “casa” saudável requer um casamento saudável. Por isso, o casamento é uma instituição fundamental.

Um casamento saudável não é obra do acaso. Requer investimento. É preciso que haja empenho de ambas as partes, humildade e o desejo de amar, que longe de ser apenas um sentimento, é uma decisão, um ato de escolha.   

Compreender e praticar os conceitos gerais como responsabilidade conjugal, submissão e comunicação constituem a chave para um casamento feliz e bem sucedido.   

Muitos casamentos se metem em dificuldades porque as esposas ignoram os pequenos detalhes, os cuidados do cotidiano que fortalecem seu relacionamento conjugal. As preocupações com filhos e tarefas domésticas acabam sendo os alvos principais de sua atenção e, aquilo que deveria ser primazia, acaba tomando um lugar secundário no seu dia-a-dia.     

Lemos em Cantares de Salomão 2: 15:     

''Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas, porque as nossas vinhas estão em flor ''.

As ''raposinhas'' da negligência, descontentamento e assuntos não resolvidos estragam a ''vinha'' da felicidade. Casais unidos pelo matrimônio precisam dar a devida atenção a isso, a fim de garantir o sucesso, a saúde  e vitalidade de seu casamento em longo prazo.

No período do namoro ou no início do casamento os casais não têm dificuldades para expressar o quanto se amam. Não é difícil falar ''eu te amo'' olhando um nos olhos do outro. Com o passar do tempo ocorre um processo de ''familiarização'' que os tornam acostumados demais um com o outro. O marido acha que a mulher já sabe o que ele está pensando e, por sua vez, o mesmo ocorre com ela em relação a ele. Deixam de falar ''eu te amo'', pois presumem que o outro já o saiba.  

Quanto mais ouvem que são amados, mais seguros os cônjuges se sentem. Cria-se uma atmosfera para que o Espírito Santo derrame da Sua unção, selando assim a união do casal.         

Uma excelente forma de manter um casamento animado, vivo e estimulante é tanto o marido, quanto à esposa serem espontâneos - fazerem algo inesperado - ocasionalmente. Pode ser algo grande, como um fim de semana fora somente os dois juntos, ou algo pequeno e simples, como um bouquê  de flores ou uma ida ao McDonald's para comerem um hambúrguer, ''só porque te amo''.

Aprender a valorizar as pessoas é uma das formas mais eficientes de criar um ambiente para uma comunhão aberta e construção de relacionamentos saudáveis. Expressar honesta gratidão faz por nós uma coisa importante que é nos manter conscientes de nossa mútua dependência.  

Expressar honesta gratidão regularmente é tão importante para a saúde conjugal que não podemos nos dar ao luxo de deixar isso a cargo das emoções. Elas nos traem, desviando nossa atenção daquilo que realmente tem importância. Devemos ser guiados pelo conhecimento; nunca pelas emoções.       

O amor é alimentado pelo amor, não pelo tempo. Precisamos nos acostumar a expressar amor e gratidão um pelo outro de tal forma que venhamos a nos sentir mal se o não fizermos. O sincero amor e gratidão representam a essência de um casamento feliz.     

O bom senso deverá ser nosso guia. Precisamos aprender a aplicar a ''Regra de Ouro'': ''Como vocês querem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles '' (Lc 6: 31).

O princípio do ''cordão de três dobras '' (Ec 4: 12) é uma grande bênção que Deus concedeu aos seus filhos. O compromisso de nos manter unido a Ele é real. Temos o direito de, em oração, reivindicarmos esta declaração de Deus.

Como mulheres que Deus usa na edificação de vidas, faz-se necessário conhecer profundamente Aquele que nos alistou. Há urgência em se conhecer a Palavra de Deus, pois ela é a nossa arma de ataque contra as hostes malignas que tentam destruir nossas famílias e casamentos. Ela é ''a espada do Espírito' (Ef 6: 17b).

Como já citei anteriormente, um casamento saudável não é obra do acaso. É preciso haver investimento, plantar boas sementes. A colheita, com toda certeza, será abundante e vigorosa; e seus frutos saudáveis irão atrair outros para o Reino. Esta é a vontade de Deus para os Seus filhos, e esta é a razão para a qual o Senhor Jesus veio a este mundo:         

''...Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância''

(Jo 10: 10b)

Mônica Valentim

Mônica Valentim é pedagoga, com expecialização em Orientação Educacional e Profissional; pós- graduada em Psicomotricidade. Possui especialização em Modificabilidade Cognitiva PEI- Nível I, Jerusalém, Israel. Bacharelanda em Teologia.     

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