Concomitância da obra de Deus: Que coisa estranha é essa?

Concomitância da obra de Deus: Que coisa estranha é essa?

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:24

''Mas Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras, fomos sarados''. (Is 53: 5)

Como sou mãe e também educadora, muitas das vezes essas duas funções se mesclam no meu dia-a-dia. Talvez seja por isso que minha filha não desperdice nenhuma oportunidade de me consultar, como se eu fosse um dicionário ambulante, quando precisa de ajuda nos seus estudos.

Sua última investida foi querer saber o significado da palavra ''concomitante''. Respondi de maneira simples, a fim de que ela pudesse entender, mas pedi que ela consultasse um dicionário, que traria uma abrangência maior no conceito.

Descobrimos juntas que ''concomitante'' é um adjetivo, cujos significados são: Que acompanha; que se produz ao mesmo tempo, simultaneamente; variações simultâneas e proporcionais de certos fenômenos;  paralelo.

Também vimos que o contrário de ''concomitante'' é: aleatório, difuso, separado, distinto.

Após essa grande oportunidade de acrescentar informação à minha mente, o Espírito Santo transformou-a em conhecimento, me conduzindo imediatamente ao texto de Isaías 53: 5: ''Mas Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras, fomos sarados''.

Percebi que a obra de justiça que Jesus Cristo, o Messias prometido de Deus, realizou foi simultânea, integral, ou seja, concomitante. Muitos de nós só a enxerga de forma parcial, distinta, de forma separada, contrariando o primeiro conceito.

As feridas produzidas no corpo de Jesus, quando este foi açoitado pelo carrasco romano, recebeu toda a penalidade por nossas transgressões e pecados, cometidos antes e após o seu sacrifício. A cédula de acusação que havia contra nós, e que nos era impagável, foi rasgada. Aleluia! Foi realizada uma obra de restauração completa no espírito do homem.

Quando Jesus Cristo recebeu o castigo que cabia a nós, Ele o fez para que nós, os que viríamos a crer Nele, tivéssemos o direito de gozar de paz na alma. Esta paz, que nada tem haver com ausência de conflitos, e que segundo o próprio Espírito Santo ''excede todo o entendimento, e que guarda nossos corações e sentimentos em Cristo Jesus'' (Fl 4: 7). Não precisamos carregar temores e traumas; o Senhor Jesus já o fez por nós. Os sentimentos do homem dizem respeito a sua alma. Jesus Cristo também realizou a obra de restauração da alma humana, capacitando-nos a discernir as situações que se apresentam, e nos dar condições de buscar ajuda e libertação em Sua Palavra, O Manual de Vida, pois assim disse Jesus: ''e conhecereis a verdade [a Palavra], e a verdade vos libertará'' (Jo 8: 32).

Toda a enfermidade do corpo, advinda como uma das conseqüências do pecado de Adão, foram colocadas sobre as pisaduras (ou feridas) de Jesus. Por meio delas fomos sarados. Não seremos um dia, se Deus assim o desejar, como crêem alguns. Fomos; obra realizada: restauração do nosso corpo.

O apóstolo Pedro cita esta obra maravilhosa realizada pelo Senhor Jesus por nós:

''Levando Ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas pisaduras fostes sarados''. (1 Pd 2: 24)

Quando Jesus Cristo bradou na cruz ''está consumado'', Ele confirmou para todo o mundo espiritual e físico que a Sua obra concomitante estava completa. Não era preciso acrescentar nada. Homem algum seria capaz de fazer o que Jesus fez  por nós, pois era preciso alguém puro e sem pecado, para que o sacrifício fosse aceito. Somente Ele preencheria tais pré-requisitos.

O apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo  também escreveu sobre a vontade de Deus, demonstrada na obra integral realizada por Jesus Cristo:

''E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso corpo, alma e espírito sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo''. (1 Ts 5: 23)

Percebemos que Deus deseja que todo o nosso ser seja conservado plenamente, isto é, de forma total, para a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo. Deus não deseja buscar para si uma igreja doente, tanto no corpo, quanto na alma. A santificação (separação), não visa apenas o espírito do homem, mas também as outras esferas da sua vida.

Precisamos romper com certos paradigmas cristãos que não possuem respaldo na Palavra de Deus, apenas servem para inchar a alma de alguns que querem ser os donos da verdade; que não entram no Reino, e nem permitem que outros entrem.

Jesus Cristo, nosso modelo e Mestre, disse: ''Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus'' (Mt 22: 29). Ouçamos o que o Mestre nos diz!

Mônica Valentim   é pedagoga, com expecialização em Orientação Educacional e Profissional; pós- graduada em Psicomotricidade. Possui especialização em Modificabilidade Cognitiva PEI- Nível I, Jerusalém, Israel. Bacharelanda em Teologia.  

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