Orando a palavra de Deus

Orando a palavra de Deus

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:10

As coisas de Deus são simples e descomplicadas, mas muitos insistem em dificultar. Alguns vêm para o Evangelho trazendo uma bagagem da antiga religião da qual faziam parte, e insistem em agir com as mesmas práticas, ou seja, com sacrifícios, penitências e longos períodos de jejuns, implorando a Deus para serem ouvidas. O homem tentando alcançar a Deus.

O Evangelho não é religião, mas “o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16). É o relacionamento direto do homem com seu Criador, apenas intermediado por Jesus Cristo, como Ele mesmo nos afirma em João 14.6: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim”. É Deus alcançando o homem que estava perdido. E o próprio Senhor Jesus nos ensina qual a melhor maneira de nos relacionarmos com Deus e ter nossas orações atendidas: Estar nEle, ou seja, em Nome de Jesus, e apresentarmos a Sua Palavra em oração, que se constitui na Sua vontade para a vida dos Seus filhos.

Muitos creem erroneamente que precisam fazer longas orações e usar palavras rebuscadas para que possam ser ouvidos pelo Senhor, como podemos presenciar em algumas igrejas. Essas pessoas até podem estar sendo admiradas pelos homens por sua eloquência, mas “o Senhor olha para coração” (1 Sm 16.7c). Ele mesmo nos orienta em Hebreus 11.6 que os que desejam agradá-lo precisam apenas da fé, e crer que receberá dEle a recompensa por isto:

“Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam”.

Para termos nossas orações respondidas por Deus, além de oramos em Nome de Jesus precisamos também crer que Ele é real. Parece óbvio, mas não é. Há pessoas que no íntimo duvidam das coisas espirituais, e não se aproximam de Deus com o coração inteiro. Até duvidam que Ele as ouça; oram por desencargo de consciência ou copiam modelos pré-estabelecidos.

Jesus advertiu os discípulos em Seu ministério terreno sobre a necessidade de conhecermos a Palavra de Deus. Ele afirmou ser um grande erro desconhecermos as Escrituras e o Seu poder: “Jesus, porém, respondendo disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” (Mt 22.29).

Quando lemos e meditamos na Palavra de Deus, o Espírito Santo a transforma em conhecimento em nossas vidas. Ele é quem traduz a vontade do Pai a nós. Muitos estão sofrendo ou sendo destruídos porque não conhecem a Palavra de Deus (Os 4.6a). O Testamento (Antiga e Nova Aliança) se constitui na Sua vontade para os Seus herdeiros. Conforme Colossenses 1.12, devemos “dar graças a Deus que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz”. Ele enxerga aqueles que receberam a Jesus Cristo como Salvador, e foram lavados pelo Seu sangue como idôneos, capazes para participar de Sua herança.

Jesus Cristo nos advertiu que “no mundo teríamos aflições” (Jo 16.33); por isso torna-se primordial termos guardado em nossos corações e mentes a Palavra de Deus, pois Ele no-LA deu para enfrentarmos o diabo e seus males. Quem conhece seus direitos, sua herança no Senhor já estará em vantagem nas lutas que possam aparecer.

Quantos têm enfrentado problemas com filhos presos em vícios ou em más companhias, e acabam se desesperando sem saber como agir para reverter esse triste quadro, quando deveriam entrar na presença de Deus em oração e apresentar-Lhe Sua Palavra que diz: “Não trabalharão em vão, nem terão filhos para perturbação, porque são a semente dos benditos do Senhor, e os seus descendentes com eles” (Is 65.23).

No mesmo livro do profeta Isaías encontramos a maneira correta para apresentarmos diante do Senhor nossas demandas: “Procura lembra-me, entremos em juízo juntamente; apresenta as tuas razões, para que eu te possa justificar” (Is 43.26).

A oração é um julgamento. Ele nos promete entrar junto conosco em juízo para pleitear nossa causa. Deus não é esquecido para que possa ser lembrado, mas Ele deseja que nós, ao colocarmos diante dEle a promessa da Palavra, nos enchamos de fé, porque ao citarmos os versículos quando oramos, nós mesmos é que somos edificados e nos enchemos de fé: “A fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus “ (Rm 10.17).

Quando oramos a Palavra de Deus os anjos de Deus ouvem e são enviados para agir em nosso favor; assim nos ensina Salmos 103.20: “Bendizei ao Senhor, anjos seus; magníficos em poder que cumpris às suas ordens obedecendo à voz da Sua Palavra”.

Precisamos também vigiar as palavras que saem da nossa boca. Provérbio 18.21 diz: “A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto”. Quem guarda a sua boca de falar palavras negativas, contrárias a Palavra de Deus, evita saborear um fruto amargo. Quem fala o que não deve ou faz acordos para o qual não estava autorizado

por Deus (prevaricar), fica prisioneiro de suas palavras: “Enredaste-te com as palavras da tua boca, prendeste-te com as palavras da tua boca” (Pv 6.2).

Jesus Cristo nos ensinou a vigiarmos as nossas palavras, pois seremos julgados por elas no Dia do Juízo:

“Mas eu vos digo que de toda palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no Dia do Juízo. Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado” (Mt 12.36, 37).

De nada adiantará orar pedindo a Deus que abra as portas financeiras, se logo depois você anular sua oração dizendo que seu salário é uma miséria, sua vida é uma desgraça e terá de pedir empréstimos porque tem pressa para quitar as dívidas. A melhor atitude é conhecer na Palavra de Deus o que Ele diz a respeito do suprimento das dificuldades e apresenta-la com fé diante dEle, pois, segundo Jeremias 1.12 Ele assegura: “E disse-me o Senhor: viste bem, porque eu velo sobre a minha Palavra para a cumprir”.

No caso de dívidas ou qualquer outra dificuldade a promessa de Deus é: “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” (Fp 4.19). “Todas as necessidades” abrangem as diversas áreas da nossa vida.

Jesus nos ensinou “que aquele que tem os meus mandamentos e os guarda (pratica), este é o que me ama” (Jo 14.21). Amá-LO não é ficar repetindo “Senhor, eu te amo”, mas praticar os seus mandamentos, que não consiste apenas do decálogo, mas de toda a Sua Palavra.

O Senhor Deus está esperando uma atitude nossa para agir em nosso favor. Ele nos ama e deseja que vençamos o pecado e o mal, e que sejamos bem-sucedidos em todas as áreas. Ele já providenciou tudo o que precisaremos enquanto estivermos na terra. Precisamos conhecer Sua vontade em Sua Palavra para podermos usufruir desse direito, pois como preconiza a Lei do Direito Civil: “Direito não reclamado, é direito inexistente”! Fiquemos com Sua Palavra:

“Visto como o seu divino poder nos deu tudo o diz respeito à vida e a piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou por sua glória e virtude; pelas quais ele tem nos dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que, pela concupiscência, há no mundo” (2 Pd 1.3, 4).


por Mônica Valentim

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