Maio Amarelo, uma campanha a longo prazo

O Maio Amarelo é uma campanha de conscientização sobre SEGURANÇA NO TRÂNSITO, cuja primeira edição ocorreu em 2014.

Fonte: Guiame, Patrícia AlonsoAtualizado: terça-feira, 12 de maio de 2020 às 18:41
Divulgação da campanha Maio Amarelo. (Foto: Reprodução/Maioamarelo)
Divulgação da campanha Maio Amarelo. (Foto: Reprodução/Maioamarelo)

O amarelo foi escolhido por simbolizar “atenção no trânsito”, uma referência mundialmente conhecida nos faróis de trânsito e o laço é o objeto já é quase referência em campanhas similares como o Outubro Rosa, em prol do combate ao câncer de mama, e o Novembro Azul, contra o câncer de próstata. Segundo os organizadores do Maio Amarelo, os acidentes no trânsito já viraram uma epidemia, razão pelo qual o uso do laço.

Em meio à PANDEMIA esse ano, com Prefeitos e Governadores fechando ruas e estradas, talvez a CAMPANHA nem chegue a ter a importância que necessita, entretanto é muito importante se ater à responsabilidade e à atenção no trânsito.

No mundo 2,4 milhões de pessoas morrem no trânsito, e diante desta estatística pergunta-se: O que fazer?

A resposta vem em mão dupla.

Se de um lado temos o trabalho de conscientização da população para que dirijam com segurança, do outro, temos a obrigação do Estado de prover condições seguras para atender às demandas da população.

Hoje o trânsito está sendo compartilhado com pedestres, motoqueiros, ciclistas e até patinetes, no meio desse desafio, cabe ao Estado suprimir as necessidades de todos com inteligência.

O maior desafio do Estado, principalmente das grandes metrópoles, é despender atenção para que haja deslocamento dos moradores de um ponto ao outro. Creio que esse desafio precisa urgentemente ser suplantando, haja vista que em tempos de pandemia, a dificuldade de manter as pessoas em suas localidades para não alastrar o COVID 19 ficou clara e evidente.

Afinal, como manter o vírus se a população se desloca de norte a sul, de leste a oeste; razão pela qual entendemos que chegou a hora de preocupar em investir nas periferias das cidades transformando em pequenos polos comerciais, incluindo educação, e lazer.

Evidências de estudos na Cidade do México mostram que, para cada metro adicional de largura em um cruzamento, a frequência de acidentes com pedestres aumenta em até 6%, portanto, cabe ao Departamento de Transito e Rodagem, no âmbito das estradas, como também o Departamento de Transito, no âmbito urbano, redesenhar todas as ruas das metrópoles com maior visibilidade e segurança, evitando entroncamentos lugar onde verificou-se o maior índice de acidentes.

Por outro lado, verifica-se a cada ano que o transporte público está sendo mais procurado, graças a campanha anteriores em deixar os carros em casa. No entanto, precisamos aumentar os números de carros públicos (trens, ônibus etc.) com acomodações confortáveis e seguras.

Além de leis e regulamentos, incluindo velocidade compatível para que promova o deslocamento de forma segura, o gestor de trânsito precisa ser preparado para manter a mobilização da população de forma segura e eficiente.

E se nos últimos meses estamos nos preocupando em salvar vidas, lá vai mais uma informação importante. Cada passo da abordagem de sistema seguro pode parecer simples, mas surpreendentemente poucos lugares conseguem contar com todos eles. Segundo recente relatório da Organização Mundial de Saúde, sem uma ação urgente, as mortes no trânsito continuarão aumentando, resultando em 2,4 milhões de mortes a cada ano até 2030. O Banco Mundial estimou que países que não investem em segurança viária podem perder algo entre 7% e 22% de potencial crescimento do PIB per capita em dois anos devido a mortes e invalidez causada por colisões de trânsito.

Vamos refletir sobre isso?

Quanto vale uma vida?

O maior investimento para salvar vidas é a PREVENÇÃO.

Por Patrícia Regina Alonso, mãe, advogada há 20 anos, teóloga, musicista formada pelo Conservatório Musical Ernesto Nazareth. Foi capelã do Hospital das Clínicas de São Paulo. É membro da ADVEC. Escritora do Livro “Alienação Parental o Lado obscuro da Justiça Brasileira” e colaborou no livro “A invisibilidade de crianças e mulheres vítimas da perversidade da Lei da Alienação Parental”.

* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

Leia o artigo anterior: Eu Escolhi Esperar

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições