A derrota de um candidato a presidente que defende valores da civilização judaico-cristã, ou seja, do povo e não da elite marxista-judiciária, é realmente lamentável. Este sentimento aumenta pela consciência de que a disputa eleitoral foi com um revolucionário condenado criminalmente pela justiça. Teremos duas doses amargas para serem degustadas de uma só vez. A primeira dose, a do revolucionário que não mede esforços pela causa. Outra, a do condenado que rouba o povo exatamente em favor daquela causa. Nos dois casos, o revolucionário não peca nem comete erro algum. Se na sua cabeça doentia e no seu coração “santo” ele está fazendo o bem para o mundo, então este revolucionário é uma peça-chave para a revolução toda e o presidente é um mero detalhe a ser contornado no momento. Esta consciência tem que existir nos cristãos.
Quem entender o que é revolução vai entender o que quero dizer. E verá que o Espírito Santo será preciso para momentos em que a injustiça estiver na nossa cara e não podermos fazer nada nem contra ela nem contra os injustos.
Revolução é mudança de mentalidade para aceitar como normais as injustiças que vêm acontecendo na nossa cara, e para tanto os revolucionários caras de pau intentam desvirtuar a noção de pecado e de morte que temos. Ora, isso é fácil de entender. Nossa base mental e moral é o cristianismo, então ele tem que ser apagado dela. Nossa mente tem que ser esvaziada, virar tábula rasa, como se diz em filosofia. Karl Marx foi quem trouxe isso. Depois os seus seguidores a herdaram.
Uma vez a mente vazia, ela vira oficina do mal. Se não deu certo com arma na cabeça e com sangue nas revoluções socialistas anteriores, então vai dar de um jeito manso e, digamos, pacífico, na base do voto nas urnas e com a canetada do judiciário, principalmente daquele pior deles, o tirano-mor, o Supremo Tribunal Federal.
A religião e a cultura têm que ser destruídas dos corações, esse o objetivo maior dos revolucionários. O pior de tudo é que a revolução conta com a aparato judiciário na propagação destes novos “valores” (na verdade, valores invertidos, ou desvalores). Quando um crime ambiental é mais grave do que a morte de um ser humano; quando se invade uma igreja e um ministro do STF decide que isso é aceitável e não é crime; então teremos a revolução em curso. Cumprindo aquilo que Antonio Gramsci falava a respeito de hegemonia cultural.
Contra esta mudança de paradigmas em curso, contra esta hipnose, um presidente é importante, mas os centros de combate não estão nas urnas só. Educação em casa, nas escolas, nas universidades, é aí que literalmente o perigo tem que ser enfrentado. E o alvo dos novos guerrilheiros culturais é principalmente os infantes, que devem ser guardados pelos pais como animais protegem os seus filhotes.
Achismos não levam a nada. Quando um satanista ou uma feminista raivosa faz vídeo na internet falando que quer tocar na família ou no filho isso não é piada para todos rirem, nem mera piada “de mau gosto”. Enquanto a direita e o conservadorismo acharem que o voto é a coisa mais importante do mundo, nessa guerra espiritual as coisas nunca vão acontecer para romper o movimento revolucionário. O investimento tem que ser na cultura principalmente.
Sergio Renato de Mello é defensor público de Santa Catarina, colunista do Jornal da Cidade Online e Instituto Burke Conservador, autor de obras jurídicas, cristão membro da Igreja Universal do Reino de Deus.
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