Crianças encaram com naturalidade as mães que trabalham fora de casa

Crianças encaram com naturalidade as mães que trabalham fora de casa

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:48

A psicóloga Cecília Russo Troiano pesquisou 500 crianças e jovens de 5 a 22 anos de idade durante um ano. A pesquisa revela o impacto na vida dos filhos quando a mãe não abre mão de trabalhar fora de casa. O tema é abordado pela ótica dos filhos. - As crianças hoje encaram com naturalidade o fato de ambos os pais trabalharem: A afirmação "acho natural minha mãe trabalhar fora" é dita por 91% das entrevistadas.

Vários sentimentos estão envolvidos na relação com ambos os pais: a saudade e a falta de tempo são alguns deles. Mas todos concordam que não dá para viver sem os frutos do trabalho e têm ampla consciência de que, quanto mais bem-sucedidos os pais, maiores os benefícios para si (boas escolas, brinquedos, viagens, lazer), segundo 68% dos filhos.

- Questionados sobre porque o pai e a mãe trabalham, o repertório de explicações apontam, em primeiro lugar, para ganhar dinheiro, em segundo lugar, para dar uma vida melhor à família, depois para comprar coisas para os filhos e, em quarto lugar, porque eles gostam.

- Amiga e carinhosa são atributos clássicos associados às mães e os que encabeçam a lista na hora dos jovens definirem suas mães, mas trabalhadora é o primeiro adjetivo citado, com 55% de menções, mas também as consideram menos protetora e mais inteligente do que os filhos das que não trabalham fora de casa.

Todos, sem exceção, elegeram uma imagem da mulher na cozinha como representativa da mãe - ou seja, trabalhe ou não fora, ela ainda é responsável por alimentar a família.

- O modelo tradicional de paternidade, o do provedor, ainda é a imagem mais forte na mente dos filhos: 64% apontam essa característica para definir o pai, mas depois de trabalhador, a segunda palavra associada aos pais é brincalhão (40%), o que mostra que os homens têm mais tempo e disposição mental para viver momentos de lazer com sua prole.

Na hora de escolher imagens que representem o pai, as crianças escolheram várias associadas ao mundo profissional, mas uma das campeãs foi a do pai relaxando, sem fazer nada!

- Muitos filhos não sabem qual é exatamente o trabalho dos pais. Curiosamente, as meninas sabem mais do que os meninos. Em geral, os filhos sabem mais sobre o trabalho da mãe do que dos pais. Provavelmente, as mães justificam mais a sua ausência e dão mais detalhes sobre os motivos de estar fora de casa. Pode ainda existir o estilo de pai mais fechado, que divide pouco os assuntos profissionais com a família. - As crianças se adaptam ao que vivenciam. Prova disso é que, quase na mesma intensidade, os filhos estão satisfeitos com a opção da mãe de não trabalhar ou de trabalhar fora. Em ambos os casos, 75% aprova a decisão da mãe, seja ela qual for. - Em um termômetro medindo a felicidade dos filhos (de 13 a 22 anos), a nota média dada por eles mesmos foi de 8,5, sejam filhos de mães que trabalham fora ou mães em período integral.

Do G1 Edição de 06/04/2011 - atualizada as 12h20

Por: Veruska Donato - São Paulo/SP

MINHAS REFLEXÕES:

Esta semana estou postando vários artigos sobre a maternidade, mulher, filhos, com muita propriedade, afinal, estou revivendo a maternidade, agora bem mais madura; e, este, acresce a com a pesquisa que mostra o possibilidade de mães trabalharem, sem peso na consciência!

Sei que não é fácil; a primeira vez que deixei minha primeira filha em uma escolinha foi muuito difícil, fiquei planejando tanto, fui em inúmeras escolas para escolher a melhor... o primeiro dia foi tão tenso... quando cheguei na escola, com todo o cuidado disse à Larissa: "filha, você vai ficar, aqui, brincando, enquanto a mamãe vai trabalhar tá?" dei uma olhadinha para os lados para sentir quem estava por perto vendo eu falar aquilo (rs) e continuei "vai ser muito bom, você vai gostar"... quando voltei os olhos ela já estava entrando com uma amiguinha, brincando, toda feliz!!! rs... Confesso que fiquei um pouco "enciumada", afinal, parece que ela nem ligava para mim! (rs).. momentos inesquecíveis e de muito aprendizado!!!

Precisamos aprender a deixar nossos filhos seguirem o fluxo normal da vida e não ficarmos lhe colocando "in vitro", os guardando para o futuro!!

Mamães lindas, fortes, guerreiras... deixemos nossos filhos viverem e vamos viver também??

Teresinha Neves   é membro da Comissão de Liberdade Religiosa da OAB/SP. Possui especialização em Direito Constitucional e Administrativo, Políticas Públicas e Gestão Governamental. Mestranda em Ciências Políticas.  

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