Fernando Haddad diz que cidadão pode dar sugestão sobre "kit gay"

Fernando Haddad diz que cidadão pode dar sugestão sobre "kit gay"

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:41

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (19), ao participar do programa “Bom Dia Ministro”, transmitido para rádios de todo o país, que o governo federal vai receber sugestões de cidadãos sobre o material composto por vídeos e cartilhas contra a homofobia que o Ministério da Educação pretende distribuir para escolas do ensino médio. Segundo o ministro, uma comissão do ministério vai decidir as estratégias de divulgação do material.

"Todo cidadão pode encaminhar a sugestão, isto não significa que a comissão acatará ou não a opinião, explicou o ministro, que nesta quarta-feira (18) reuniu-se com deputados das bancadas evangélica e católica na Câmara dos Deputados. Ficou decidido que um grupo de parlamentares vai acompanhar a distribuição do kit. "Nós continuaremos nossa política de combate ao preconceito para que as pessoas tenham um ambiente acolhedor na escola", afirmou Haddad.

De acordo com o ministro, o primeiro módulo da cartilha é voltado para a formação de professores, a fim de auxiliar os magistrados a entender as situações estabelecidas. “A violência contra esse grupo é grande. A violência tem aumentado e a educação é um direito de todos. Os estabelecimentos públicos têm de estar preparados para receber estas pessoas. Este material, depois de recebido, será encaminhado para uma comissão de publicação do Ministério da Educação, que faz um balanço e estabelece uma estratégia de divulgação", disse Haddad.

O ministro acrescentou que "a educação é direito de todos, independente de orientação sexual", e que "os estabelecimentos públicos têm que estar preparados para receber estas pessoas, orientá-las e prepará-las para se desenvolver afetivamente, cognitivamente e intelectualmente".

Sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que começa as inscrições na próxima segunda-feira (23), o ministro afirmou que os maiores problemas que o governo têm enfrentado são em relação às gráficas e não com segurança. Segundo ele, há um empenho das gráficas para que não aconteçam novos problemas.

"Os maiores problemas que temos enfrentado estão localizados nas gráficas. Nós contratamos as melhores gráficas, maiores, multinacionais, com grande experiência nestes serviços. Nós temos de continuar perseverando na melhoria da qualidade do serviço", afirmou.

Livro

O ministro da Educação voltou a defender a o livro "Por uma Vida Melhor", que contém erros de concordância e foi publicada pelo ministério. Segundo ele, o que é sugerido no livro é a linguagem usada, forçando o estudante a usar a forma culta nos exercícios. O ministro já garantiu que o livro não será retirado de circulação.

"Ele [livro] não ensina a falar errado. Ele parte da maneira como as pessoas falam e induz esses jovem e adultos a abraçarem a norma culta. A acusação que se faz que o livro ensina o erro, na minha opinião, é um erro", disse.

Haddad ainda criticou as acusações que têm sido feitas contra a publicação. "O que eu notei é que os críticos do livro não leram o livro. Não creio que as pessoas tenham sido muito justas com a professora [autora]. Foram muito sarcásticas".

Pronatec

Haddad reforçou a proposta do governo de reforçar os investimentos no ensino ténico, especialmente para os jovens que deixam a escola e sem profissionalização. "Muitos dos jovens que temos hoje no ensino médio não vão para a universidade. Nos queremos oferecer oportunidade para o jovem. A educação profissional acaba fortalecendo o currículo tradicional".

Segundo ele, o ministério está mapeando a oferta de cursos técnicos no país. "Estamos pegando a escolas e vendo a capacidade que elas têm de receber novos estudantes", afirmou.

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