A nossa melhor couraça

A nossa melhor couraça

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:26

''Era ele da idade de trinta e dois anos quando começou a reinar e reinou oito anos em Jerusalém. E se foi sem deixar de si saudades; sepultaram-no na Cidade de Davi, porém não nos sepulcros dos reis ''.

2Cr 21.20

Foi uma vida pública curta para os padrões da época, mas suficientemente intensa para provocar desgostos, frustrações e até mesmo ira. Os descaminhos de um governante contaminam o humor, a esperança e a prosperidade de toda uma nação. ''O rei justo sustém a terra, mas o amigo de impostos a transtorna'' (Pv 29.4).

Decisões tomadas hoje, podem não ter consequências imediatas, mas a médio e longo prazo sofreremos os efeitos colaterais do remédio que nos aliviou agora. Na bula do ''medicamento'' fornecido pelo diabo não consta os efeitos colaterais.

O mal feito, com o objetivo de me beneficiar, surtirá efeitos indesejáveis sobre o grupo que lidero, sem dirimir ninguém da responsabilidade individual.

Exemplo desta cascata de efeitos é o viciado em jogos e drogas. Para cada viciado pelo menos cinco pessoas são afetadas (Pais, esposa e filhos). Dependendo do tamanho do grupo que você influencia, poderá prejudicar a família, a Igreja, a cidade, a nação o continente e o mundo.

A reação da vítima pode diminuir ou intensificar o problema. A aceitação passiva pode ser considerada conivência, cumplicidade. A indiferença, a reação violenta, o ressentimento e o ódio são combustíveis capazes de alimentar esta fogueira, tornando-a insuportável. Cônjuge adúltero, violento ou indiferente abre frestas na armadura do seu lar e atrai nefastas influências.

É melhor descobrir erros de comportamento do que empreender longas listas compostas de possíveis violações litúrgicas ocorridas no passado.

No caso específico de Jeorão, foi o próprio Deus quem aplicou o purgante. O inimigo compareceu com seu poder destruidor, despertado por Deus mesmo e não pelo diabo.

Da nossa parte, quando assolados, às vezes nos arrependemos, às vezes tentamos nos justificar e às vezes amarramos o inimigo que Deus usa como instrumento de disciplina. Tudo o que dói consideramos inimigo.

Amarrar o demônio, ao invés de admitir o pecado, pode revelar a existência de uma armadura diabólica capaz de resistir a Deus e não ao diabo. Mera fantasia colorida de um ''guerreiro''.

''Despertou, pois, o SENHOR contra Jeorão o ânimo dos filisteus e dos arábios que estão do lado dos etíopes ''

(2Cr 21.16).

A nossa melhor couraça é a verdade não do tipo que é anestesiada por bibelôs, frases, adesivos e replepé gospel. Tem de ser do tipo que dói, mas liberta. Pecado que não dói e nem incomoda não é confessado.

A verdade é a única arma capaz de resistir aos assédios do inimigo. Veja que bela e eficiente receita prescreveu Salomão:

''Amor e fidelidade preservam o rei, e com benignidade sustém ele o seu trono ''

(2Cr 20.28).

Uma alma fascinada por poder, conquistas terrenas e subjetivas, corre desesperadamente atrás do vento e da fumaça. Nosso amor a Deus e a nossa insistente fidelidade à Sua Palavra poderão preservar a nós e aos nossos amados das consequências danosas do pecado.

Ubirajara Crespo

Ubirajara Crespo é pastor, escritor, conferencista, editor e diretor da Editora Naós.

Visite o Blog sob Nova Direção - http://sob-nova-direcao.blogspot.com/

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições