Tolerância com o pecado alheio

Tolerância com o pecado alheio

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:04
pecadoAntes de tudo, exercei profundo amor fraternal uns para com os outros, porquanto o amor cobre uma multidão de pecados (1Pd 4;8).
O amor atua em duas frentes no relacionamento entre experientes e neófitos.
 
1.Eleva o nosso nível de paciência com o erro do outro.
 
2.Aumenta a capacidade de absorção do discipulado proposto da parte do novo convertido.
 
Atitudes condenatórias, em excesso, desanimam a quem está tentando dar os primeiros passos na fé. Lembre-se de que Jesus não adotou atitudes de polícia repressiva com você, quando começou, bem ao contrário, foi extremamente paciente. Se queremos que ele perdoe as nossas dívidas assim como perdoamos aos nossos devedores, precisamos desenvolver a mesma paciência, mas sem descer o nível de exigências.
 
Mãos estendidas me oferecendo ajuda foram mais estimulantes do que os dedos apontados. "Ninguém tem paciência comigo", é o que eu pensava a cada tropeço que dava diante de alguém se mostrava intolerante. A Igreja é um hospital e não um pelotão de fuzilamento.
 
Talvez seja este o significado desta expressão usada aqui com o objetivo de nos estimular a cobrir uma multidão de pecados. A pressa em descobrir publicamente a fraqueza do irmão e a expor vexatóriamente pode ser fatal para o pavio de fé que tenta se manter aceso, apesar de tanta rejeição.
 
Se Jesus padeceu na sua carne por causa dos nossos pecados, devemos agir como ele ao esbarramos no pecado dos outros. "... tendo Cristo padecido na carne, armai-vos vós igualmente desse mesmo pensamento; pois aquele que sofreu em seu corpo rompeu com o pecado". Isto não significa que devamos tolerar o pecado e diminuir as nossas expectativas para com o dissipulando. "... para que, no tempo que lhe resta, não viva mais para satisfazer os maus desejos humanos, mas sim para realizar a vontade de Deus (1Pd 4:2).
 
Quando cheguei ao Seminário Palavra da Vida, estranhei ao ver o diretor, o Sr. Daí Cox, colher os papéis que nós, alunos, jogávamos distraidamente no chão. Não precisou mais do que duas semanas para todo mundo fazer o mesmo. Nunca o vi se dirigir ao infrator para repreendê-lo na frente de todos e exigir que pagasse pelo seu erro ali mesmo na frente de todos. — 50 flexões, 80 polichinelos, meia hora de pique no lugar. Foi o exemplo dele que nos constrangeu.
 
Ainda hoje, 45 anos depois, procuro imitar este homem, admito que na maioria das vezes pego no tranco, mas pego. Graças a alguém que mostrava, sem discursos, a riqueza de alma que trazia e continua trazendo dentro do peito. Obrigado Jesus, eu não fiz nada para merecer ser exposto a pessoas assim.
 
 
- Ubirajara Crespo
 

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