Vale a pena esperar

Vale a pena esperar

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:32

Uma família sofreu durante anos os efeitos danosos do desemprego. Foi um tempo realmente terrível, mas ao invés de se verem como sofredores assumidos procuraram tirar o melhor proveito da situação. Em sua vida profissional, Marcondes não soube aproveitar as oportunidades e transformou-as em exposição contínua a situações de ridículo.

Como um jogador de futebol, perdia gols incríveis, mesmo estando debaixo da trave. Ele não estava preparado para a vitória, mas Deus o capacitou durante este período de deserto. Havia momentos de completa desesperança, mas um domingo, durante o culto, alguém me tocou no braço e disse: Pastor, estou trabalhando faz duas semanas. Olhei para trás, vi um sorriso que ia de orelha a orelha e chorei de alegria sabendo que mais uma missão fora cumprida.

É por estas e outras que eu digo que vale a pena esperar. Deus não dá um grande sapato para quem tem o pé pequeno. É preciso nascer para vida e crescer, mas devido a nossa dureza, só no fórceps. Instantes de intensa pressão podem gerar ensinamentos aos quais não nasceria de outra forma. A vitória chegou para muitos, e vai chegar para você também, nem que pra isto seja necessário realizar uma verdadeira cesariana.

Estes momentos de aperto financeiro e instabilidade que tanto têm ferido a harmonia familiar, jogando marido contra esposa e pais contra filhos, não podem persistir indefinidamente. O devorador será envergonhado em sua vida familiar, e isto será breve. Se você ainda está atordoado com os golpes que levou, conte até dez, levante-se e reassuma o combate.

Sabemos que determinados pecados podem nos trazer conseqüências físicas, emocionais e até mesmo a morte, pois há pecado para a morte (1João 5.16,17). Paulo reconheceu que em Corinto havia alguns que estavam doentes e muitos que já haviam morrido em conseqüência de pecados ligados a atitudes para com o corpo de Cristo (1Co 11.30). Ananias e Safira mentiram ao Espírito Santo e quebraram a unidade do corpo, por isto morreram (Atos 5.1-5). A dor pode até ser provocada por nossos pecados, mas o homem que os confessa e deixa, alcançará misericórdia (Pv 28.13).

Muitas enfermidades chamadas psicossomáticas têm na realidade sua origem em problemas espirituais. Conheci ulcerosos que ficaram curados, inclusive eu, a partir do momento em que liberaram perdão e trocaram suas línguas azedas por lábios que destilam bálsamo e mel. Gente amargando dores intestinais, tensões pré-menstruais, dores nas costas, nas pernas, e coisas do gênero, foram libertas de seus sofrimentos, assim que raízes de amargura antigas foram arrancadas e relacionamentos foram reconstruídos. Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados E nos purificar de toda a injustiça (1João 1.9).

O tratamento médico, sempre necessário, assim como a admissão do pecado não são instrumentos de tortura, mas de restauração e de alivio. Sei de maridos que sofrendo em seu leito de enfermidade, ainda tiveram que ouvir da esposa: Tá vendo, eu não disse? Atitude bem diferente do Senhor que "não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui segundo as nossas iniquidade"(Sl 103.10).

Conserve a esperança no seu peito, não importa quanto tempo esteja convivendo com suas dificuldades. Cremos em um Deus que a qualquer momento pode intervir na história de sua família. Esperança que se vê, não é esperança. Quem espera por algo que já tem? (Rm 8.24).

Lidei com gente que não agüentou esperar um dia a mais e por causa disto, perdeu a oportunidade de receber a solução aguardada tão ansiosamente. Espera em Deus, a bênção pode ser encontrada ao virar a próxima esquina.

Jesus sabe o que é padecer, isto é, já passou pela experiência do sofrimento. "Era desprezado, o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer" (Is 53.3). Por isto mesmo, é capaz de consolar aqueles que por ele se achegam a Deus. Todas as dores, de todos os homens, de todas as épocas e de todos os lugares, estavam sobre Ele na cruz. Que conhecimento maravilhoso este, não é mesmo? Não há nada pelo qual como cristãos tenhamos que pagar, na Cruz já foi pago definitivamente, tome posse do perdão.

Ubirajara Crespo é pastor, escritor, conferencista, editor e diretor da Editora Naós.

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