Durante o arrebatamento subiremos não apenas para um lugar, mas para uma condição espiritual de onde a nossa visão geopolítica, existência, profética, filosófica e temática será ampliada. Paulo se refere, poeticamente, a este lugar como se fosse localizado entre nuvens. Quando subirmos, enxergaremos mais longe, tanto ao olhar para cima como quando olharmos para baixo. Será apenas o início dos nossos voos. A Igreja que eleva sua compreensão espiritual, consegue ver o trono de Deus e a majestade de Jesus, submetendo-se inteiramente ao seu domínio.
João vê em seu arrebatamento, um trono ocupado (V.2). “E eis armado no céu um trono, e no trono alguém sentado”. Este trono é o centro do universo. Ao redor deste trono giram acontecimentos mundiais do passado, do presente e do futuro.
Ao redor do trono havia um arco íris (v.3). Isso nos lembra de que Deus é fiel as suas alianças. “Sim, estabeleço o meu pacto convosco; não será mais destruída toda a carne pelas águas do dilúvio; e não haverá mais dilúvio, para destruir a terra. E disse Deus: Este é o sinal do pacto que firmo entre mim e vós e todo ser vivente que está convosco, por gerações perpétuas: O meu arco tenho posto nas nuvens, e ele será por sinal de haver um pacto entre mim e a terra” (Gn.9.11-13).
Havia 24 anciãos ao redor do trono (v.4). Estes vinte e quatro anciãos podem ser Israel (12 patriarcas) e a Igreja (12 apóstolos) ou representantes da humanidade redimida (judeus e gentios).
Do trono saem relâmpagos, vozes e trovões (v.5). Os trovões anunciaram os últimos juízos sobre o Egito (Ex.9.23,28). Os trovões do Antigo Testamento anunciaram a lei dada a Israel (Ex.19.16) e foi uma trovoada de Deus que derrotou os filisteus (1Sm.7.10).
Os quatro seres viventes (v.6). Há várias teorias sobre estes seres: Estes podem representar os quatro ministérios de Cristo como Leão, Touro, homem e águia.
O Leão mostra sua potência e majestade encontradas no Evangelho de Mateus. O Touro aponta seu ministério de servo, sempre pronto a carregar as cargas dos seres humanos decaídos, conforme é mostrado no Evangelho de Marcos. O rosto de homem faz-nos lembrar de sua beleza e simpatia, e foi este o objetivo de Lucas, ao escrever seu Evangelho. A Águia mostra sua visão notável, seu discernimento e a sua divindade desfrutada nas alturas dos horizontes celestiais (João).
Podem representar também as diversas formas de vida de nosso planeta. O leão é o cabeça dos animais ferozes, o touro é o cabeça dos animais domésticos, o homem é o cabeça da humanidade e a águia é a representante das aves.
Diante do trono, nós estaremos. “Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal” (2Co.5.10). Será um ato de premiação e não de condenação. A base para esta premiação, são as nossas obras (1Co.3.1-10). É neste momento que receberemos nossas coroas e seremos classificados conforme o nosso grau de fidelidade ao Senhor.
O importante nisso tudo, é que todos os seres viventes deverão se apresentar perante o Senhor. O Tribunal de Cristo é para "nós", e o Trono Branco, que ocorrerá no final de tudo, é para os incrédulos. O acontecimento do trono é inevitável. Creio que ao redor deste trono estarão anjos, homens e demônios para prestar contas a ele. A grande notícia é que nós já estaremos ali para sempre com o Senhor.
Venha logo, Jesus!
Por Ubirajara Crespo, pastor, conferencista, editor, autor das notas de rodapé da Bíblia do Guerreiro e dos livros “Qual o limite para o sofrimento” e “Rota de colisão”.
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