And the Oscar goes to:

And the Oscar goes to:

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:20

Dias atrás recebi um e.mail pedindo para que eu votasse em um cantor "tal" que estaria concorrendo ao prêmio "tal" de música evangélica. A princípio achei muito legal, pois que bom seria sermos reconhecidos pelo nosso trabalho, que bacana seria a divulgação das músicas evangélicas e como seria válido o reconhecimento do fruto de nosso "penoso trabalho", produzido em estúdio ou gravado ao vivo por aí.

Após me deliciar com pensamentos de reconhecimento e glória humana, comecei a refletir no assunto por algum tempo e de repente o Espírito Santo começou a ministrar em meu coração e uma voz passou pela minha mente dizendo: Como é que homens e suas boas intenções podem julgar e até dar nota de classificação ao trabalho do Espírito Santo?

Como poderia o Espírito Santo ser analisado pelo que produziu na vida de adoração dos homens aos quais Ele mesmo escolheu? Como é que cantores, evangélicos ou católicos, poderiam receber prêmios de reconhecimento por algo que foi produzido pelo Espírito Santo e não por eles próprios?

Fiquei pensando no Espírito Santo sentado em meio a uma grande platéia e recebendo uma nota "5". É como se disséssemos que a ação do Espírito Santo no segundo, terceiro, quarto e quinto colocados não foi muito forte e por isso não alcançaram o "podium". Como temos coragem suficiente para tomar posse e receber os "louros" da vitória por algo que não é nosso, mas é dom de Deus?

Será que não chegou a hora de começarmos a quebrar os troféus que nos dão? Será que não é chegado o momento de nossas vidas falarem mais alto que os arranjos de nossas músicas ou que as campanhas agressivas de marketing que usamos para sermos conhecidos como "ungidos"? Será que o poder e a autoridade do Espírito Santo não precisa ser maior em nossa vida do que o valor que é pago para que nossas músicas sejam tocadas nas "tais" rádios? Será que não chegou o momento de pregarmos contra o padrão do mundo que tomou conta do meio musical cristão atual?

Li uma entrevista do Gregório McNutt nesta semana e ele dizia o seguinte: "O que me entristece no Brasil é o casamento do comércio com Jesus. Nunca se deve falar de Jesus na mesma frase em que se fala de dinheiro. Dinheiro é lixo comparado com Jesus. Temos que voltar para Jesus".1 É a mais pura verdade, estamos vivendo no meio de uma confusão total nesta e em muitas outras áreas.

Será que podemos pensar em um conselho de homens reunido e analisando o conteúdo dos salmos de Davi e Asafe? Será que não está sendo banalizada a vida do Espírito Santo em nós? Será que não estamos mundanizando o que é Santo?

Podemos aceitar já uma convocação profética para colocar nossas vidas em ordem de acordo com o padrão e a vontade de Deus e também colocar o plano de Deus em ação. Podemos dizer sonoros "não" quando sugerirem que somos merecedores de algum tipo de crédito.

Isso não significa que iremos fazer nosso trabalho de qualquer jeito, mas fala de fazermos "tudo" para a glória de Deus. Aí sim, faremos sempre o melhor, porém nunca precisaremos ouvir que somos bons. Nossos planos precisam mudar e constantemente precisamos fazer perguntas que promovam a revelação da verdade. "Porque eu canto? Porque quero gravar CD? É para glória de Deus ou para glória própria? Para ser reconhecido e para ter lucro ou dar lucro?" Em nós mesmos nada podemos, somos um engano total. Nosso brilho, urgentemente, precisa ser reflexo da glória de Deus presente em nossa vida.

Fico pensando no Espírito Santo de Deus recebendo a medalha de segundo colocado e na tristeza do coração de Deus ao ver o que estamos fazendo. Chega! Precisamos quebrar os troféus que falam que somos bons e criativos. Precisamos arremessar contra a parede os "bezerros de ouro" que mostram quanto podemos fazer acontecer por nossas próprias forças. Precisamos voltar à simplicidade de nos parecer com Jesus e deixar o reconhecimento humano de lado. O Espírito Santo clama por sua igreja com gemidos inexprimíveis. E agora? Ainda vamos querer o troféu?

Pr. Valdir Ávila da Silva Junior

Valdir Ávila S. Junior é pastor, teólogo, músico e produtor musical. Participou com a Ruach Ministries International de viagem missionária à Finlândia com Asaph Borba e Donald Stoll, fundadores do Estúdio Life (RS). Gravou com Adhemar de Campos, Daniel Souza, Gerson Ortega, Gregório McNutt, Nívea Soares, Massao Suguihara, Sostenes Mendes e David Quinlan.

Foi pastor em Botucatu onde dirigiu grupos relacionados ao louvor congregacional, tais como: dança, libras, backing vocals, coral, músicos e técnicos de áudio. Implantou o Estúdio Voima que já produziu e gravou vários outros trabalhos pelo Brasil. Atualmente é Pastor da Igreja Bíblica Evangélica de Piracicaba, cidade onde reside e tem se dedicado ao ministério da palavra.

É integrante do Conselho Editorial da Revista Impacto - Americana.- www.revistaimpacto.com

Site pessoal: www.vidanaverdade.com.br - e.mail:[email protected]

Proprietário da Escola de Educação Infantil e Berçário Cercado de amor, uma escola com princípios cristãos, que cuida de crianças entre zero e cinco ano de idade. www.cercadodeamor.com.br

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