A recente decisão da ministra do STF, Carmen Lúcia em suspender a decisão que autorizava psicólogos a atenderem homossexuais egodistônicos — insatisfeitos com sua atual orientação sexual — voltou a levantar questões contundentes sobre a liberdade dos profissionais da área psi dentro de seu campo de atuação e também do próprio paciente em busca de terapia com esta causa.
A rádio Bandeirantes levantou a questão para debate na noite da última quinta-feira (25), durante o programa 90 minutos e convidou para participar da conversa o pesquisador, palestrante e escritor, Claudemiro Ferreira.
Mestre em saúde pública, especialista em políticas públicas e autor do livro “Homossexualidade Masculina: Escolha ou Destino?”, Claudemiro apontou a decisão da ministra Carmen Lúcia como "temerária" com relação aos homossexuais egodistônicos, porque a suspensão da autorização aos psicólogos impossibilita que esses pacientes busquem terapia para o que ele apontou como uma dor que elas estão sentindo.
“80% dos homossexuais sofreram abuso sexual na infância e é esse tormento que precisa ser tratado. Agora, como é que eu vou dizer a um adulto que foi abusado na infância pelo pai, pela mãe… e hoje tem uma confusão sexual, que ele ‘tem que se aceitar’ e que o desejo que ele tem de se livrar desse tormento é uma imposição da sociedade? Sinceramente, isso beira o nazismo”, destacou. “Eu tenho que individualizar o caso. A ciência médica é individualizada, cada paciente é um paciente, é uma história, é um mundo”.
Claudemiro também destacou a leviandade característica das resoluções que proíbem psicólogos de atenderem homossexuais egodistônicos.
“Isso é feito de maneira leviana. A resolução 01/99 [Conselho de Psicologia] é leviana, as decisões que proíbem o tratamento são levianas, muitas vezes o posicionamento da mídia [é leviano]”, acrescentou.
Clique no vídeo abaixo para conferir a entrevista, a partir do minuto 37:18:
Durante a entrevista à rádio Bandeirantes, Claudemiro também explicou que a egodistonia é o grande “calo”, a “pedra no sapato” do Conselho de Psicologia e também da militância LGBT quando se fala na possibilidade da reversão homossexual.
Procurado pelo Guiame, Claudemiro falou com exclusividade sobre o assunto, comentando a decisão do STF e destacou os motivos pelos quais a egodistonia ainda é vista como “tabu” nesta discussão. Confira abaixo essa entrevista exclusiva:
Portal Guiame: Como fruto de suas pesquisas, você fala com autoridade sobre a homossexualidade egodistônica. Porém diz que este termo "finaliza" discussões sobre casos como a recente decisão da ministra do STF, Carmen Lúcia. Por que esse assunto é tratado como tabu?
Claudemiro Ferreira: A discussão deste assunto está sempre ancorada num equívoco: considerar a homossexualidade como uma categoria monolítica que definiria uma pluralidade de práticas e afetos homoeróticos. A partir dessa concepção equivocada, discute-se quanto à normalidade e/ou anormalidade da questão homossexual. Desse modo, deixa-se de se considerar o fato de que existem homossexualidades, assim, no plural. De igual modo, ignora-se a situação na qual um indivíduo que sente atração sexual por pessoas do mesmo sexo manifesta espontaneamente a vontade de livrar-se dessa atração. A discussão que está, agora, no STF, parece inclinada a se alinhar a esse equívoco de que estamos falando.
Os argumentos daqueles que são contrários ao tratamento da homossexualidade egodistônica NÃO abordam essa questão: a egodistonia! Isso acontece porque tornou-se "obrigatório" evitar qualquer discussão que possa, em tese, fomentar o preconceito contra pessoas que têm práticas homossexuais. Acredita-se que o debate científico acerca da homossexualidade egodistônica abriria espaço para a "repatoligização" de todas as homossexualidades. Isso é uma crença irracional. O que se pretende é poder discutir sobre o tratamento de apenas um tipo específico de homossexualidade: o egodistônico. Só isso!
Guiame: Durante entrevista para a rádio Bandeirantes você afirmou que o homossexual egodistônico está mais próximo de cometer suicídio do que desenvolver um relacionamento. Por quais motivos?
Claudemiro: O suicídio de egodistônicos é muito comum. Mais uma vez, a gente percebe o predomínio de equívocos e crenças irracionais no debate acerca dos motivos que levariam tantos homossexuais a acabarem com a própria vida. Acredita-se, equivocada e irracionalmente, que o preconceito e a discriminação contra os homossexuais seriam a causa dos suicídios entre os homossexuais. Esse discurso só ganha adeptos porque ele NÃO inclui a egodistonia entre as possíveis causas do desespero desses homossexuais que se matam.
O egodistônico odeia o desejo homosexual. Sua vontade é livrar-se desse desejo, "custe o que custar". Infelizmente, a maioria dos egodistônicos busca mas não encontra ajuda para se livrar da atração homoerótica. Isso provoca transtornos mentais graves, tais como o de ansiedade e a depressão. Muitas vezes, o desespero é insuportável e, aliado à falta de ajuda psicológica, acaba levando o indivíduo a atentar contra a própria vida.
Guiame: Também durante a entrevista você citou opiniões de nomes considerados "grandes fontes da psicologia", como Freud. Porém as atuais ordens do Conselho de Psicologia contrariam essas opiniões. Qual seria o motivo de tal disparidade?
Claudemiro: Freud disse que a homossexualidade não é doença. O Conselho Federal de Psicologia concorda. Freud disse que a homossexualidade é uma interrupção do desenvolvimento da sexualidade. O Conselho de Psicologia NÃO menciona esse fato, jamais! Por quê? Lacan dizia: "Não se tratam os homossexuais, embora eles sejam perfeitamente tratáveis."
Albert Ellis, o segundo maior estudioso da psique humana (Freud é o primeiro) escreveu um livro de mais de trezentas páginas cujo título é "Homossexualidade: Causas e Tratamentos". Jung dizia que o homossexual masculino está "preso" ao arquétipo feminino, à mãe. Por que o Conselho Federal de Psicologia ignora tudo isso? Tenho feito essa pergunta ao CRP-DF e ao CFP. Jamais obtive qualquer resposta! Minhas auditorias cidadãs permitiriam-me concluir que o apoiadores da ideologia LGBTQi recebem e, muitas vezes, desviam grandes somas de dinheiro público: mais de R$ 400.000.000,00 (quatrocentos milhões) de 2003 a 2014.
Ao que parece, a questão acerca da reorientação sexual atinge interesses excusos de pessoas que estão se beneficiando com recursos públicos. Então, o que está em discussão não é o combate ao preconceito ou à discriminação, mas a manutenção do fluxo de dinheiro público que fluía para as ONG's do movimento LGBT, ou seja, o que menos importa nessa discussão é a integridade física e a saúde da população LGBT, mas sim as finanças dos ativistas, que fazem dessa população um meio excuso de ganhar dinheiro.
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