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Essa geração simplesmente não dá nada de graça!

Essa geração simplesmente não dá nada de graça!

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:09

 

Se você frequenta uma igreja evangélica, responda-me com sinceridade - há quanto tempo você não ouve uma mensagem sobre o tema: "Jesus está voltando"?

Falar da volta de Jesus está fora de moda. Não dá mais ibope. Pregador itinerante não pode se dar ao luxo de pregar o Céu. Já pensou? Ficar falando das maravilhas da Canaã Celestial? Que toda profecia será aniquilada e toda língua cessará (I Co. 13.8)? Só nesse primeiro parágrafo o camarada já perderia meia-dúzia de profetas. E as milhares de promessas que "deus" fez, como ficariam? Afinal, se quem tem promessa não morre, teoricamente também não pode ir dessa pra melhor de nenhum outro jeito e deixar essa pendência.

Imagina começar a dizer que Ele breve vem e os crentes começarem a nutrir um sentimento de esperança na glória celeste... E se esse sentimento gerar um desprendimento do material? O que será das grandes campanhas de prosperidade? Afinal, um evangelho em que a recompensa esteja no porvir não pode ser levado muito a sério, não é!? Imagina os crentes vendendo suas propriedades e repartindo entre os pobres... Vixe, as contribuições cairiam vertiginosamente. Olha o estrago!

Você já pensou nos tele-evangelistas vociferando: "Arrependam-se (...), raça de víboras! Quem lhes deu a ideia de fugir da ira que se aproxima? Dêem fruto que mostre o arrependimento (...)! Toda árvore que não der bom fruto será cortada e lançada ao fogo."(Mt. 3.2;7-10). Pronto, o caos está instaurado. Quem é que vai assistir a um programa desses que "não dá em nada"?

É típico do ser humano, principalmente do brasileiro, viver esse evangelho toma-lá-dá-cá. Pedro já havia dado um toque: "[Senhor] Nós deixamos tudo para seguir-te! Que será de nós?"(Mt. 19.27). E isso fica ainda mais claro no esforço que fazemos para ser aceitos por Deus. É monte, é jejum, é corrente, é promessa, é voto... Mas graças a Deus, Sua voz continua ecoando desde a Antiga Aliança: "Desejo misericórida, e não sacrifícios; conhecimento de Deus em vez de holocaustos." (Os. 6.6). E quem é "prudente" e não prega esse evangelho tão gracioso para não deixar o povo relaxado, se esquece que a Bíblia não dá ponto sem nó e diz: "Que diremos então? Continuaremos pecando para que a graça aumente? De maneira nenhuma!" (Rm. 6.1-2).

Creio que a ideia de Graça demora a ser digerida por essa geração simplesmente porque ela não dá nada de graça! É por isso que pregar a volta iminente de Jesus é dar tiro no pé, pois se Ele volta amanhã, esse "evangelho-fundo-de-investimento" perde o sentido de sua existência.

Enfim, contrariando a muitos, quero trazer a memória o que me traz esperança e temor (não medo): "Jesus está voltando!". Que a graça do Pai seja cada dia mais abundante sobre nós. Que o senso de responsabilidade para com o Reino domine nossas mentes. E que a misericórdia do Senhor seja sobre nós a cada dia. Maranata! Ora vem, Senhor Jesus!

 

No amor daquele que vem nos buscar,

 

 

L. Rogério é fundador do projeto Escola de Adoração. Com um trabalho consolidado e reconhecido por muitos líderes evangélicos, o palestrante tem se consagrado como um discipulador na área da adoração comunitária. Com mais de 20 anos de ministério, o "Roger da Escola", como é conhecido, desenvolve um trabalho focado na apologética e ministra seminários e palestras sobre adoração, família e liderança, além de ser ministro da Palavra de Deus, tendo ministrado em diversas igrejas no Brasil e Estados Unidos. Formado em Análise de Sistemas e pós-graduado em Marketing e Comunicação Integrada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, o palestrante desenvolveu uma didática muito peculiar para ensinar com humor e criatividade sem perder a seriedade e a essência dos temas propostos. Seu livro"Adoração para anônimos" (Editora Reflexão) é simplesmente desafiador. Nele, o autor propõe um redescobrimento das bases da genuína adoração em um convite a mergulhar-se nas profundezas da adoração através de uma espiritualidade sadia, coerente e totalmente cristocêntrica.

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