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Estudo

Devemos observar o que Deus orienta em Sua Palavra

O silêncio de Deus!

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:10

Diz certo ditado que “quem pergunta quer resposta”. Como é frustranteexperimentarmos o silêncio de quem estávamos tendo comunicação, e que,de repente, esse contato é cortado por alguma razão específica. Mesmo que,a princípio, não encontremos motivos para tal acontecimento, nesses casospodemos aplicar a 3ª lei de Newton, isto é, a lei de causa e efeito: "Todaação provoca uma reação de igual intensidade, mesma direção e em sentidocontrário". A Física aplicada às relações.

Quando Deus apareceu a Abrão pela primeira vez este tinha setentae cinco anos. Nesta ocasião o Senhor lhe fez a promessa de que faria deleuma grande nação, o abençoaria, engrandeceria seu nome e ele seria umabênção onde quer que fosse. Ainda acrescentou que abençoaria aos queo abençoasse e amaldiçoaria aos que o amaldiçoasse. E todas as famíliasseriam benditas nele (Gn 12.2-4).
Mesmo sendo já idoso, e sua mulher Sarai estéril (Gn 11.30), Abrãonão retrucou com Deus tentando justificar sua real condição, que aos olhoshumanos impossibilitaria o grande propósito do Senhor para sua vida. Partiudaquela terra em que habitava com toda a sua família, e foram todos para aterra de Canaã.

Enquanto aguardava o cumprimento da promessa de Deus Abrão iaprosperando. Tornou-se umhomem rico em gado, em prata e ouro (Gn 13.2),mas os filhos prometidos por Deus não vinham; mas ele não duvidava dAqueleque havia feito a promessa, como nos aponta o texto de Romanos 4.17-21).

“(como está escrito: Por pai de muitas nações te constitui), peranteAquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos e chamaas coisas que não são como se já fossem). O qual, em esperança queseria feito pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim seráa tua descendência. E não enfraqueceu na fé, nem atentou para o seupróprio corpo amortecido (pois já era de quase cem anos), nem tampoucopara o amortecimento do ventre de Sara. E não duvidou da promessa deDeus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus;e estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também erapoderoso para o fazer”.

Haviam-se passado onze anos; apesar de Abrão manter-se firmediante da promessa de Deus, Sarai sua mulher, não tinha a mesma opinião.
Tinha se passado muito tempo, e, tudo indicava que Deus havia se “esquecido”da promessa. Olhava para as circunstâncias, que aparentemente eramcontrárias, e deixou-se levar pela lógica humana: Se Deus havia prometidofilhos ao seu marido não seria ela a mãe, já que era estéril e idosa. E, a partirde um costume permitido entre os povos da época, ofereceu sua serva egípcia,para que esta desse ao seu marido o filho que julgava ser impossível vir do seuventre. Agar serviria de uma espécie de “barriga de aluguel” dos dias atuais.

Abrão deixou-se convencer pelos argumentos de sua mulher, aponto de esquecer-se momentaneamente das promessas de Deus. A servade Sarai concebeu e deu a luz a Ismael, que significa “Deus está ouvindo”quando Abrão tinha oitenta e cinco anos. O “arranjo” culturalmente aceito pelasociedade da época não teve a mesma opinião de Deus, pois ficava claro quehaviam duvidado do Deus do impossível. Abrão amargou o silêncio de Deuspor treze anos. Antes, o Senhor falava sempre com ele, agora ele se vê só esem a direção de que tanto necessitava.

Quando Abrão tinha noventa e nove anos o Senhor apareceu aele. Apresentou-se como o Deus Todo-poderoso; aquele que faz coisasextraordinárias aos olhos humanos, incluindo sarar um ventre amortecido; “quefaz com que a mulher estéril habite em família e seja alegre mãe de filhos” (Sl113.9), e ainda o advertiu a andar na presença dEle e ser perfeito (Gn 17.1).Abrão deveria buscar a perfeição olhando apenas para a promessa da Palavrado Senhor, e não dando ouvidos a opiniões humanas.

Após amargar o triste silêncio de Deus, e ter sido advertido por Ele,Abrão reconhece o seu erro, ficando visível sua atitude quando caiu sobreseu rosto (Gn 17.3). O Senhor pode, então, reiterar o Seu concerto com ele,e ainda ampliá-lo, mudando também seu nome para Abraão, pois Deus fariadele, agora, pai de uma multidão de nações. E assim aconteceu, pois a partirda sua semente deu origem ao povo árabe, através de Ismael, e aos judeus,com o nascimento de Isaque.

O ditado popular que diz que “a voz do povo é a voz de Deus” nuncapoderá ser aplicado aos servos do Senhor, pois precisamos aprender a calaras vozes ao nosso redor, e esperarmos pelo cumprimento da palavra dAqueleque é a Verdade, “que vela sobre a Sua Palavra para a cumprir” (Jm 1.12). Serecebermos uma promessa de Deus deveremos esperar por seu cumprimento,e não tentarmos dar um “jeitinho brasileiro” para que aconteça.

Quantos tomam atitudes precipitadas quando se encontram emsituações difíceis, como crises financeiras, e, que, ao invés de orar a Deus,colocando suas necessidades, pedindo uma direção sábia e aguardando aresposta, optam por contrair empréstimos a juros abusivos; e aquilo que aprincípio parecia ser uma solução fácil, mostra-se como uma armadilha ou
transferência de dívidas. Deixa-se de dever um, e passa-se a dever três.

Quando estamos diante de problemas simples ou aparentemente dedifícil solução, devemos confiar na Palavra infalível de Deus, que diz: “O meuDeus, segundo suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória,por Cristo Jesus” (Fl 4.19). Todas as necessidades incluem finanças, saúde,emoções, entre outras. A Palavra diz “quem crer verá a gloria de Deus” (Jo11.40). Logicamente que “o crer” é a peça fundamental para mover a mão deDeus em nosso favor. Crer é mais do que apenas dizer que tem fé. A fé é ocombustível para dar força às nossas orações, baseadas nas promessas daPalavra de Deus, e o crer, como verbo, denota ação. Portanto devo agir emrelação à palavra de fé que saiu dos meus lábios na oração; como se aquilo deque preciso já estivesse comigo. Assim Jesus Cristo promete:
“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós,pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito” (Jo 15.7).

Quando damos “voz” a Palavra escrita de Deus, em Nome de Jesus, osanjos vêm e realizam a obra necessária que estamos pleiteando, assim comonos afirma Salmos 103.20: “Bendizei ao Senhor, anjos seus, magníficos empoder, que cumpris as suas ordens, obedecendo à voz da sua Palavra”. Seescolhermos trilhar nossos próprios caminhos não poderemos contar com osanjos de Deus em nosso favor. Estaremos entregues a nós mesmos e Deusnão mais falará conosco. Para quê falaria Ele a alguém que não acataria asSuas ordens?

Nunca devemos tentar dar “uma mãozinha” a Deus, como se Eleprecisasse disso para nos abençoar. Muitas atitudes que são tomadas sema permissão de Deus acarretam problemas terríveis para os que as fazem.Assim como a atitude de Abraão trouxe a inimizade entre as nações as quaisele deu origem; até hoje os filhos herdeiros, os judeus, enfrentam a hostilidadedos seus “meio” irmãos árabes. Ambos brigam pelo mesmo direito de herança:Jerusalém; ainda que Deus nunca tenha dito que os descendentes de Ismaelteriam este direito.

Devemos observar o que Deus orienta em Sua Palavra. Ele nos diz:“Porque necessitais de paciência para que, depois de haverdes feito a vontadede Deus, possais alcançar a promessa. Porque ainda um poucochinho detempo, e o que há de vir virá e não tardará. Mas o justo viverá da fé; e, seele recuar, a minha alma não tem prazer nele” (Hb 10.36-38). Se recuarmos,olharmos para outras direções opostas as de Deus, não poderemos contarcom Ele. Sua Palavra orienta que “o obedecer é melhor do que sacrificar” (1Sm 15.22). Não adianta fazer o que Ele não mandou e depois ficar fazendosacrifícios, campanhas e jejuns. Deus não é mercenário! É melhor ficarmoscom Sua Palavra e termos sucesso em tudo.

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