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Estudo

Crente suicida ou crente assassino

Crente suicida ou crente assassino

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:13

Há muito tempo venho vivendo uma tremenda realidade: Não vivemos para nós mesmos, mas sim, em função das outras pessoas. Veja:

Sal, luz, água e trigo... São estes os elementos com que Jesus nos compara e desafia a sermos. Coisas simples e naturais que estão no nosso dia-a-dia e que são de total relevância para a nossa sobrevivência como ser humano e (por incrível que pareça) espiritual.

Quando Ele nos chama de sal - "Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Mateus 5: 13 , nos compara à capacidade que o mesmo tem de preservar os alimentos. Na época de Jesus ninguém tinha geladeira, freezer, caixas de isopor térmico; o sal, quando aplicado, era o único meio de preservar os alimentos e assim mantê-los em condições de consumo. Jesus nos chama assim, o sal do testemunho vivo permanente em nós, que preserva o sabor e vigor da Palavra de Deus; que mantém sempre vivo e fresco este alimento que é capaz de saciar a maior fome de todas, a fome da alma, a fome de Deus.

Somos luz - "Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. Mateus 5: 14,15 e 16 " -, luz que dissipa a escuridão e revela tudo de maneira clara e nítida. Jesus ordena a não nos escondermos, mas glorificamos a Deus diante dos homens através da nossa luz, que brilha no rosto através da alegria do Espírito Santo que em nós habita e, principalmente, através das nossas atitudes. Atitudes estas que mostram alegria e autoridade de testemunhar do Reino de Deus, isso com verdade e sem fingimento, confirmando e contagiando a todos através da nossa verdadeira transformação de quem saiu das trevas para esta maravilhosa luz.

E o que Jesus fala sobre água (Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. João 7:38)? No atual momento de preservação do planeta, a água está entre os itens principais de cuidados. Ninguém consegue viver sem ela, pois o nosso corpo é formado de aproximadamente 76% deste líquido precioso. Novamente Ele nos coloca como o meio para abençoar outras vidas, pois disse no texto acima que se crermos Nele teremos muita água, para nós e para compartilharmos aos outros. Ele fala isso à mulher Samaritana:

Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna. João 4:13 e 14.

Jesus contrasta a satisfação transitória com a satisfação eterna, mostrando que todos os prazeres terrenos, mesmo quando legítimos, se desvanecem. Assim quer que sejamos “saciadores” de sede para os que precisam de um significado maior para sua existência.

E finalmente, o Senhor Jesus nos desafia a sermos como o trigo, e diante dos seus expõe um dos maiores desafios para um ser humano:

Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto. Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preserva-la-á para a vida eterna. João 12:24 e 25.

Em nossa natureza humana, somos egoístas e estamos sempre voltados para os nossos próprios interesses. Além do egoísmo material, somos assim também em questões espirituais. Queremos sempre ser atendidos por Deus rapidamente, do jeito que imaginamos, e ganhar a maior e melhor resposta com bênçãos da parte do Senhor. Se mostramos amor a alguém, normalmente estamos esperando algo em troca, algum benefício, quer seja financeiro, emocional, de status ou até mesmo espiritual.

O crente “suicida” age conforme o mestre Jesus ensina: Que temos que morrer, e morrer em função dos outros, matando todo o dia o nosso eu, nossos “achismos”, nossos conceitos antibíblicos, e amar sem escolher o “mais bonitinho”, o mais “chegado” ou o menos pecador. Ele, como trigo, morreu, caiu sobre a terra como toda a semente que morre, e fez isso por bandidos, prostitutas, bastardos, ladrões e todo aquele que até hoje necessita de misericórdia e amor. Através destes elementos acima o Senhor nos conduz a uma vida de dar e amar incondicionalmente, sem nada em troca, simplesmente amar e se dar, só isso.

É preciso trocarmos os nossos sentimentos errados, e isso olhando para a cruz. Sermos sal, luz, trigo e água, assim como Jesus o foi. Deixarmos de lado os pré-conceitos e lançarmo-nos nesta trilha que o Mestre iniciou e nos chama a seguir. Lembrando sempre que o nosso irmão não é o nosso inimigo e por isso não devemos odiá-lo, e que ele, assim como nós, tem direito à mesma misericórdia e amor. Não nos esqueçamos nunca de que:

Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino. Ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si. 1 João 3:15

Vamos juntos.

Com carinho,

Pr. Marcos Góes

Marcos Góes   é pastor, cantor, compositor e capelão da United Chaplains State of New York. Já viajou por todos os estados do Brasil, além de Estados Unidos e Europa. Prega o evangelho, ministra o louvor e é conferencista em congressos de adoração.   

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