Talvez não existam palavras capazes de traduzir o sentimento ao constatar a onda de linchamentos em vários Estados brasileiros. Medo e revolta parecem pouco.
O assassinato cruel de Fabiane Maria de Jesus, mãe de duas meninas, talvez seja o símbolo maior da injustiça.
Ela foi atacada quando saía da igreja e a tortura foi filmada e divulgada pela internet. Os assassinos se disseram movidos por um boato numa rede social.
Não é possível fazer justiça com fúria.
No máximo se faz vingança, às vezes do tipo mais torpe, contra inocentes, numa tentativa de manifestar revolta e expurgar o próprio medo por meio do sofrimento da primeira pessoa que servir de alvo.
Talvez a revolta demonstre a descrença nas instituições, mas a barbárie nunca trouxe nem trará nada de bom à nossa sociedade.
Cabe às autoridades apurar e punir com rigor os culpados por cada um dos casos mas cada um de nós, como cidadãos, também tem um papel importantíssimo: combater de todas as formas as tentativas de justificar o injustificável.
Por Carlos Alberto Bezerra Jr.
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