5 dúvidas sobre amamentação

5 dúvidas sobre amamentação

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:38

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o leite materno deve ser o único e exclusivo alimento dos bebês até os seis meses de idade e recomenda-se que a mãe continue a amamentar mesmo depois de inseridos os primeiros alimentos na dieta do bebê, até pelo menos os 2 anos de idade.

Uma das principais dúvidas da futura nutriz – a mulher que amamenta – diz respeito justamente à produção de leite. Afinal de contas, a mulher pode não produzir leite? “Isso não existe”, explica a pediatra Renata Mazzotti, do Hospital Santa Catarina. Na entrevista, Renata responde a esta e outras dúvidas sobre o assunto.

1. A mãe pode não produzir leite?

“Isso não existe, toda mulher produz leite”, explica a pediatra Renata Mazzotti. Assim que o bebê nasce, o hormônio prolactina, que já era produzido durante a gestação, é liberado e sinaliza ao corpo que é hora de produzir leite. Quanto mais o bebê suga, mais leite a mulher produz. “O que pode acontecer é de, por algum motivo, o beber sugar menos e a mulher diminuir esta produção”.

Segundo Renata, a dor é um dos principais motivos que dificultam a amamentação e é causada geralmente por cansaço físico, insegurança ou pega errada – que leva a fissuras e cortes no bico do peito. Alguns exercícios durante a gestação podem dar conta de preparar a mama. “O correto é a criança pegar toda a auréola do seio para mamar. Quando isso não acontece, o bico do peito corta, racha e pode até sangrar. Com a dor, a mulher acaba não amamentando corretamente ou dando à criança apenas um dos seios”.

Logo na maternidade, as enfermeiras orientam a mãe e ensinam a forma certa de amamentar. Mas havendo qualquer dúvida, a dica é procurar o pediatra ou obstetra para corrigir os erros da amamentação, logo na primeira semana.

2. O que fazer para evitar rachaduras no bico do seio?

Além de corrigir a pega, a pediatra sugere o uso de pomada de lanolina, para hidratar a região. “A lanolina é bem hidratante e não precisa lavar”.

3.   Existe leite fraco?

Quando o bebê chora após a mamada ou acorda muitas vezes durante a noite para mamar, a mãe pode pensar que seu leite não está sendo suficiente para saciar a criança ou que seu leite é fraco. “Não existe leite fraco. A característica do leite é muito semelhante de mulher para mulher e até de país para país”, explica a pediatra.

E apenas quando o ganho de peso do bebê não está dentro do normal a mãe deve conversar com o pediatra para investigar o motivo. “Só o pediatra poderá confirmar se é o caso do uso de fórmulas para complementar o aleitamento materno”. Segundo Renata, isso é mais comum em bebês prematuros que, apesar de a mãe colher o leite para a criança – já que ela geralmente não pode oferecer o peito – é inserida a fórmula para complementar a alimentação.

“Acordar várias vezes à noite tem mais a ver com sono desregulado do que com fome, principalmente após os seis meses”, explica a pediatra.

4. Prótese de silicone nos seios atrapalha o aleitamento?

Segundo Renata, as próteses não influenciam em nada, já que, em geral, elas são colocadas abaixo da glândula mamária ou atrás do músculo peitoral. “As mães com prótese de silicone podem amamentar normalmente.”

5. A criança pode fazer o peito de “chupeta”?

Segundo Renata, continuar sugando mesmo depois de saciado faz parte do desenvolvimento do bebê, principalmente no primeiro mês de vida, quando ele está criando vínculos e firmando os laços com a mãe. “A fase oral do bebê é muito importante. Às vezes ele está saciado, mas precisa de acolhimento, se acalmar”. Neste período, o importante é deixar a criança mamar sempre que quiser. “Naturalmente ela vai criar uma rotina, que geralmente é a de mamar de três em três horas, porque a capacidade do estômago ainda é pequena”.

por Marina Teles  

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições