A babá high-tech

A babá high-tech

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:19

Se você ainda não tem um smartphone, um iPod ou um iPad, acredite, vai ter em breve. As vendas de smartphones no Brasil, por exemplo, cresceram 161% neste ano em relação a 2009. Se você já possui um, sabe o quanto esses aparelhinhos podem facilitar a vida dos pais... e se tornar a grande paixão das crianças também. Dos dez aplicativos mais vendidos nos Estados Unidos para iPhones e iPads, quatro são para menores de 5 anos. Muitos celulares hoje já vêm com um programa que permite fazer desenhos como no papel e, certamente, ele não foi feito para você. Essas novas mídias conquistaram um dos públicos mais exigentes, as crianças. E passaram a ser chamadas de a “nova babá”, já que a garotada passa cada vez mais tempo entretida com os aparelhinhos nas mãos. Especialistas, aqui e fora do país, aprovaram a novidade.

A primeira razão é porque essas plataformas de mídia deram um passo importante em relação à televisão. Não, não é que a TV seja ruim. Vários programas e atrações infantis são feitos com cuidado e carinho para esse público. A questão é como se usa. As pesquisas mostram que muitas crianças ficam horas em frente à TV, sozinhas, sem ter com quem conversar ou refletir sobre o que acabou de assistir. Outro problema é a pouca interatividade, já que a única opção de atividade é ficar parada, assistindo ao que passa na tela.

As novas mídias propõem o contrário. Para começar, não há brincadeira nos aplicativos sem que ocorra interação. “A criança também tem de prestar mais atenção nas atividades que o aparelho oferece. Se for um jogo, ele vai passar de fase. Se for uma lousa, ela pode escrever o próprio nome e treinar a coordenação motora. Se não gostar, escolhe outro. Não há aceitação passiva, como na TV, e isso é muito positivo”, afirma Maria Ângela Barbato Carneiro, coordenadora do Núcleo de Cultura, Estudos e Pesquisas sobre o Brincar, da PUC-SP.

Além disso, a criança, hoje, lida com essas tecnologias com uma simplicidade surpreendente. Se às vezes sofremos para nos adaptarmos a uma nova mídia, para ela isso é perfeitamente normal e aceitável. É como trocar de roupa. Ela não teme experimentar nem se aventurar. Não existem neuras porque mesmo que ela erre vai continuar experimentando. É um avanço sem medo ou resistência.  

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