A origem do Dia das Mães

A origem do Dia das Mães

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:45

Todo ano é a mesma história. Idas ao shopping atrás de presentes, visitas ao supermercado para comprar as iguarias para o almoço de celebração. Muitas, muitas dúvidas na escolha do roteiro que fará do domingo um dia pra lá de especial. Afinal, é Dia das Mães, elas merecem! Celebrar a data já virou tradição no Brasil e em mais de 40 países. Você sabe como tudo isso começou?

Existem referências na mitologia grega de que há milhares de anos já era comum a prática de homenagear mães com festas, presentes e verdadeiros banquetes. Ao longo dos anos foram surgindo versões mais modernas, comerciais e até mesmo políticas da data. No entanto, muitos costumes, como os de ofertar lembrancinhas e preparar refeições especiais, permaneceram.

Um pouco de história

Durante o mês de março - época em que chega a primavera no Hemisfério Norte - os gregos preparavam uma festa em homenagem a Rhea, considerada mãe dos deuses. Genitora de Zeus e casada com Kronos, Rhea teve um verdadeiro ato de amor ao salvar seu filho do marido. Reza a lenda que ao saber por um oráculo que seria destronado por um de seus filhos, Kronos passou a devorá-los. No instinto de proteção, quando Zeus nasceu, Rhea escondeu-o no Monte Ida, em Creta, e deu ao marido uma pedra enrolada em panos no lugar do filho. Kronos, sem desconfiar, a engoliu. De fato, a profecia se fez realidade e Zeus tornou-se o Deus do Olimpo. Mas diante de tamanho ato de coragem, os gregos criaram uma grande festa em nome de Rhea. Faziam oferendas de bolos de mel, boas bebidas e flores.

Em Roma, um primitivo Dia das Mães também era celebrado no mesmo mês de março. Dessa vez, em homenagem a Cybele, a mãe dos deuses romanos. Chamada de Hilaria, a festa durava três dias e incluía paradas, jogos e baile de máscaras. Com o fortalecimento do Cristianismo, a Igreja acabou se apropriando da festa em reverência a Virgem Maria, mãe de Jesus.

Por volta de 1600, a Inglaterra criou sua versão moderna do Dia das Mães e passou a dedicar um domingo inteiro a elas. Era o Mothering Day, celebrado no quarto domingo da Quaresma (período que compreende os quarenta dias antes da Páscoa). Nesta época, era comum que os ingleses de classes menos favorecidas da sociedade trabalhassem como servos e vivessem na casa de seus patrões. No Mothering Day, eles tinham um dia de folga e eram encorajados a regressar à casa para passar o dia com suas mães. Ao chegarem em casa, eles ofereciam um bolo de presente, que ficou conhecido como Mothering Cake, ou bolo das mães.

Simbologia

Mais tarde, em 1872, a escritora americana Julia Ward Howe dava o primeiro passo na tentativa de criar oficialmente um dia dedicado às mães. No entanto, a tentativa de Howe - autora do Mother´s Day Proclamation - uma espécie de hino das mães em favor da paz e do desarmamento na Guerra Civil Americana - fracassou.

Em 1907, uma jovem professora americana e filha de pastores, Anna Jarvis, deu continuidade à luta de Julia. No entanto, por um motivo mais particular. A professora queria homenagear sua mãe, Anna Marie Reeves Jarvis, falecida em 09 de maio de 1905. Sendo assim, a primeira celebração em sua homenagem ocorreu em 26 de abril de 1910, na Igreja de Grafton, na Virgínia, estado onde morava. A festa reuniu familiares e amigos. Para a ocasião, Anna enviou para a igreja 500 cravos brancos. Ela criava assim o símbolo que remeteria à maternidade. O cravo vermelho ficou associado às mães ainda vivas e os brancos, às que já haviam falecido.  

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