A vida depois dos 40

A vida depois dos 40

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:41

A partir dos 40 anos, inicia-se na vida de toda mulher uma nova fase, com muitas transformações, mais conhecida como climatério. Neste novo período, que antecede a menopausa, os ovários, pouco a pouco, deixam de produzir os hormônios femininos – estrogênio e progesterona – responsáveis pela fertilidade.

Segundo o ginecologista Dr. Henrique Oti Shinomata, na menopausa os efeitos para as mulheres são tanto físicos, como mentais. "A intensidade dos sintomas varia muito em cada pessoa. Em primeiro lugar, elas deixam de sentir graça na vida, principalmente por causa da diminuição da libido", afirma o médico.

A falta do estrogênio, responsável por manter o tônus dos tecidos, ocasiona um ressecamento da pele, deixando-a mais fina e sem elasticidade, o que facilita o aparecimento de rugas. Nessa fase, as mamas caem e as ondas de calor podem ser insuportáveis, fazendo com que a mulher não consiga dormir bem. "Além disso, a mucosa vaginal e a do trato urinário inferior ressecam e ela sente desconforto na relação sexual, dor quando urina, e tem infecções urinárias de repetição", reforça Dr. Henrique.

Tais sintomas geram desconforto e fazem com que grande parte das pacientes enxergue a reposição hormonal como uma saída para estes problemas. Chamada de TRH (Terapia de Reposição Hormonal), a reposição gera controvérsias, mas ainda é o método mais utilizado pelos médicos. Para o ginecologista, este é o 'hormônio da juventude', pois auxilia a mulher em vários sentidos, como a retomar a vida sexual - deixando a sua pele mais viçosa -, a protege contra a osteoporose e contra doenças cardíacas, além de favorecer no combate à depressão na terceira idade.

Dr. Henrique alerta que antes de iniciar a reposição, o médico irá decidir, de acordo com um exame clínico e análise da mamografia, qual o tratamento mais adequado para cada paciente. Hoje, este pode ser feito de várias formas, podendo ser via oral, via adesivos transdérmicos, por implantes subcutâneos, por injeções intramusculares ou por cremes vaginais e gel.

Porém, também há os prós e os contras no caso da reposição. Por isso, mulheres com pressão arterial alta e com tendência para formar coágulos sangüíneos e doenças do fígado, somente podem repor hormônio sob cuidadosa supervisão médica. Tomar apenas o estrógeno, sem seu hormônio de equilíbrio, a progesterona, pode aumentar o risco de câncer de útero. Dr. Henrique lembra ainda que todas as mulheres sob terapia de reposição hormonal devem ser submetidas, regularmente, a exame ginecológico completo e mamografia. Além disso, reforça a importância em manter uma qualidade de vida, começando por não fumar e praticando atividades físicas regularmente.

*Formado em Medicina pela Universidade Santa Casa de São Paulo, Dr. Henrique tem um currículo completo, podendo abordar diversos assuntos da Medicina. É fonte especializada para falar sobre medidas preventivas que melhoram a saúde e a qualidade de vida, além de ser ginecologista. Possui MBA Executivo Internacional em Ohio (EUA) e é mestre em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Sua tese baseou-se no tema: "Retorno sobre o investimento de um programa de atenção domiciliar em uma seguradora especializada em saúde".

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