Você responde educadamente a uma pessoa e ela solta mil palavras de grosseria. Você para e pensa: Nossa, que culpa eu tenho se ela está de mal com a vida? Mas esta provavelmente não é a real razão da reação tão indelicada para um simples diálogo.
Para a psicóloga Kátia Camargo Teixeira, há motivos específicos que fazem as pessoas descontarem no outro alguma grosseria recebida. A pessoa tem medo de ser atacada caso venha reagir a uma agressão, então, ela guarda este sentimento, que aos poucos se acumula. Em determinado momento, ocorre a explosão, e o indivíduo descarrega em quem não pode reagir.E o que fazer para evitar essa explosão? Para não descontar no outro, o essencial é se conhecer e tomar atitudes mais adequadas, que resolvam a questão de forma educada com quem o incomoda, explica Kátia.
Em contrapartida, segundo a psicóloga, para conseguir ser imune à grosseria de alguém, é preciso parar e analisar racionalmente. Assim podemos verificar o porquê de nos sentirmos ofendidos e as necessidades do outro, para saber lidar com a agressão de maneira mais adequada.
Um exemplo de reação agressiva Existe uma história que é assim: Eu estava no carro e em determinado momento uma pessoa me fechou, fiquei muito bravo e fui atrás do sujeito que havia me dado a fechada. Quando prestei atenção, identifiquei que no outro carro estava a minha mãe, dirigindo apressada e com aparência bastante preocupada. Soube depois que estava indo socorrer meu pai. A agressividade sempre ocorre quando acreditamos que um direito nosso foi usurpado (no caso, meu direito ao uso da via pública), e sem levar em consideração a necessidade do outro. Quando este outro é considerado, a agressividade desaparece, exemplifica Kátia.
Mesmo tendo racionalidade para analisar a atitude, é escolha de cada um deixar a grosseria alheia influenciar. Se assistimos programas de televisão que mostram mais a violência, será natural não querermos sair de casa (chegando até mesmo a desenvolver agorafobia distúrbio relacionado à crises de pânico). Mas, se por outro lado, frequentarmos uma igreja e nos envolvemos em trabalhos comunitários, não nos isolaremos jamais, finaliza a psicóloga.
Via Arca Universal
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