Pequenas ideias podem se transformar em grandes realizações. Exemplo disso é o Banco Pérola , que nasceu de um projeto com o mesmo nome, para jovens de baixa renda. A ONG "Projeto Pérola" surgiu em 2000, com o objetivo de levar inclusão social para bairros carentes da cidade de Sorocaba, em São Paulo.
O primeiro local a ser beneficiado foi o bairro Aparecidinha, onde vivia Alessandra França, que era apenas uma adolescente na época. A moça esteve envolvida com a iniciativa durante sete anos. Sempre dedicada, conseguiu uma bolsa de estudos num colégio particular e foi convidada para ser educadora na ONG. Mais tarde, assumiu a coordenadoria da organização.
Já como coordenadora, Alessandra começou a pensar em novos projetos, como uma escola de talentos para jovens. "A ideia era complementar o processo de desenvolvimento oferecido pelo Pérola, baseada em dois desafios permanentes desse público: estabilidade financeira e formação do jovem como agente de mudança da comunidade", lembra.
Para que o sonho saísse do papel, a jovem, então com 23 anos, decidiu buscar formação. Em 2008, ela ingressou na Artemisia - organização que tem como objetivo formar pessoas para atuarem em negócios sociais do Brasil.
Enquanto repensava sua ideia, Alessandra conheceu a história do Banco Grameen - microfinanciadora bengalesa fundada por Muhammad Yunus, na década de 1970. O negócio foi tão bem-sucedido que as taxas de inadimplência não chegam a 4% - extremamente inferiores às de bancos comuns. As taxas de juros também eram mais acessíveis - de 0 a 4% ao mês.
Inspirada pelo case, a moça decidiu quebrar o paradigma de que jovens não têm comprometimento para adquirir e honrar empréstimos . "O Projeto Pérola havia me mostrado que apostar em jovens como eu valia à pena", conta. Então, estava decidido: Alessandra criaria uma microfinanciadora direcionada ao público jovem e de baixa renda.
Aos 23 anos, a mercadóloga deixou a coordenação do Projeto Pérola a fim de se dedicar ao novo banco, que ganhou o mesmo nome. Apoiada pela Artemisia, Alessandra conversou com profissionais da área de microcrédito no Brasil e conseguiu formalizar o Banco Pérola em apenas oito meses. E a iniciativa deu certo. A nova instituição financeira está se expandindo e ganhando novos clientes. Em 2010, conquistou parcerias importantes. Uma delas com o SEBRAE regional, em Sorocaba, e outra com o correspondente de microcrédito Caixa Econômica Federal. Em 2011, a instituição visa alcançar 300 clientes, um aumento de quase 1000 na carteira
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