Como ajudar os filhos na busca por melhores resultados na escola

Como ajudar os filhos na busca por melhores resultados na escola

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:46

Os pais têm participação fundamental no   desempenho escolar   dos filhos. Afinal, educar é mais do que ensinar e transmitir conhecimento. Para a pedagoga Francisca Romana Giacometti, de São Paulo, educar é mais abrangente que ensinar e transmitir informações, por isso os pais não podem estar longe da instituição. "Hoje, o casal que trabalha usa o excesso de tarefas para justificar a ausência na vida escolar dos filhos. Escola e família têm papéis diferentes, mas um objetivo comum", garante a pedagoga.

Na prática, significa que quando os pais acompanham o desenvolvimento educacional da criança, ela se sente mais importante na vida familiar. E isso contribui para seu aprendizado. Existem várias maneiras relevantes de os pais   participarem do processo   - é o caso do auxílio nas tarefas escolares, do incentivo à leitura e do envolvimento nos eventos pedagógicos.

O psicólogo Caio Feijó, mestre em psicologia da infância e da adolescência, adverte que quando um filho apresenta desinteresse, baixo rendimento ou mau comportamento escolar, os pais pouco participativos exageram nas cobranças ou ajudam mais do que deveriam. "Já a família interessada vai à escola, alinha condutas com os professores, incentiva a criança e demonstra segurança. Os vínculos são mais sólidos e levam à   educação de sucesso ", diz. Para facilitar a tarefa dos pais em ajudar os filhos na escola, os especialistas orientam a seguir sobre como proceder em cada fase pela qual a criança passa. Confira:

De zero a 5 anos:   estimule o convívio social e afetivo

·  A decisão de colocar o pequeno em um berçário ou pré-escola deve ser bem avaliada. Prepare seu filho, converse com ele, mas evite longas explicações, pois isso pode despertar insegurança. A separação é um processo doloroso para a criança e para a mãe, mas é superado em pouco tempo.

·  Programe-se para ficar na escola no período de adaptação. Para a criança, todos são estranhos e você é o porto seguro. Mantenha-se fora da sala e só apareça de vez em quando. Vá espaçando o tempo até perceber que seu filho realmente não sentirá mais sua ausência.

·  Na primeira infância a criança é como uma esponja: absorve tudo o que vê e sente. Durante o período pré-escolar, os pais controlam muitas das experiências de frustração e gratificação, determinando se o filho será premiado ou castigado pelos comportamentos apresentados e servindo como modelo para imitação. Portanto, mesmo sabendo que seu filhinho ainda não consegue dominar suas emoções, evite que ele chute ou agrida quem quer que seja. Afinal, ele pode ter suas emoções ainda não dominadas, mas é capaz de entender todos os limites que lhe são colocados.

· Acompanhe a rotina de seu filho através da agenda escolar, na qual a educadora anota recados para os pais ou comunica como foi o dia. O desenvolvimento da criança pede acompanhamento constante dos pais, pois a escola é apenas um facilitador desse processo.

· Conte histórias. Encoraje seu filho a fazer perguntas e a falar sobre a narrativa que acabou de ouvir. Conforme você for contando, pergunte-lhe se ele é capaz de adivinhar o que vai acontecer com os personagens. Aponte coisas no livro que ele possa associar ao seu dia a dia.

Dos 6 aos 10 anos:   incentive a leitura

· Converse com a criança sobre o dia dela na escola. Sinta como ela está vivenciando suas descobertas e dificuldades. Diante de alguma insatisfação, não dê opiniões. Solucione o problema com os professores ou com a direção.

· Incentivar a leitura é essencial. A garotada deve ter opções de conteúdo e liberdade de escolha. Proporcione alternativas de escrita e leitura no dia a dia, como deixar que eles ajudem a escrever uma lista de compras, e então mostre o resultado, para explicar onde estão os erros e os acertos.

· Prepare seu filho para se frustrar. Pais que não permitem decepções impedem o desenvolvimento de repertórios pessoais para lidar com esse fenômeno mais tarde. Portanto, estimule-o a pensar por si próprio. Permita que ele resolva suas questões, busque alternativas, ache soluções.

·  Ajude na lição de casa. Defina um tempo para que a criança finalize a tarefa. Quando ela pedir auxílio, ajude-a a raciocinar e compreender o que estuda, nunca a decorar.

Dos 11 aos 14 anos:   reforce os limites

· A fase da puberdade é o sinônimo social da separação progressiva entre pais e filhos. Fase crítica, porque a maior parte das famílias não está preparada para tanta contradição e se frustra. É o início dos conflitos, momento de reforçar os limites e o monitoramento com relação a horários, tarefas, organização e responsabilidades. Para tanto, é importante que pai e mãe estejam muito bem informados sobre os assuntos de interesse dos filhos. Quanto mais conectados com o universo deles, melhor será a comunicação.

· É hora de estar em alta sintonia com a escola, os professores e com outros pais e alunos.

· Incentive seu filho a participar de competições esportivas, uma maneira saudável de atravessar essa fase crítica.

· Conheça os amigos da criança e procure saber como é o relacionamento dela em grupo, mesmo porque ser aceito na turma é uma das preocupações do adolescente. Ao sinal de problemas, nada de atitudes radicais - dialogar é a solução. Crie uma supervisão sadia e sem constrangimentos. Sua tarefa é acompanhá-lo de perto.

· Cobre responsabilidades nas tarefas, no uniforme, no material... e demonstre interesse sobre os temas do universo educacional do seu filho, mantendo-se atualizada, principalmente a respeito das fontes de consulta e pesquisas da internet. Essas atitudes farão com que o adolescente tenha mais interesse nos estudos e maior participação na sala de aula.

Dos 15 aos 17 anos:   respeite o espaço e estabeleça uma relação de confiança

· Os filhos estarão no ensino médio. Tudo o que foi plantado a respeito de estímulo para o aprendizado será colhido nessa fase. É o momento de estabelecer o foco dos estudos para o vestibular. Evite pressões, mas faça com que o jovem entenda que é possível namorar e se divertir, sempre com responsabilidade, sem detrimento do dever acadêmico.

· Saiba dizer não, mas trate-o com respeito, para fortalecer a relação de confiança. Informe-se sobre com quem seu filho vai para a balada, onde e como. E determine um horário para a volta. Nessa fase, o segredo é traçar limites sem bater de frente, fazendo acordos com o adolescente.  

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