"Como assim grávida?!"

"Como assim grávida?!"

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:58

Para muitas pessoas, 10 anos de relacionamento podem ser o suficiente para se tomar uma série de decisões e dar vários direcionamentos na vida. Mas, no caso de Ana Paula e Erik Fiorentini as coisas foram bem diferentes. Em dez anos de união, o casal terminou, voltou, terminou e voltou mais algumas vezes, até que a gravidez, num momento inesperado, veio para mostrar que eles seriam, finalmente, uma família. “Quando eu descobri a gravidez nós tínhamos terminado o namoro”, diz Ana Paula entre risos, enquanto controlava o pequeno Erik, de dois anos, que tentava alcançar o gravador durante a entrevista para o Guia-me. “Eu tinha parado de tomar o remédio que tomava há 4 anos porque nós estávamos indo na igreja e não íamos mais ter relação. No mesmo mês que eu parei de tomar o remédio eu tomei uma pílula do dia seguinte, mas mesmo assim engravidei”, continua ela, que está grávida de oito meses do segundo filho, dessa vez uma menina, a Elissa.

Atualmente, após idas e vindas também na igreja que frequentam, o casal oficializou a união há nove meses a fim de se batizarem, com direito a cerimônia religiosa e uma festa de arromba na igreja abarrotada de familiares, amigos e conhecidos que presenciaram todas as fases que marcaram a vida do casal.

Erik conta que ficou muito preocupado com a notícia da gravidez, pois não fazia a menor ideia de como seria a experiência. “Mas nós colocamos as coisas no lugar e consegui ver que poderia dar certo”, conta ele, que viu na gravidez inesperada o momento de arrumar o relacionamento e começar a morar juntos definitivamente. “Deus foi tão bom que as portas começaram a se abrir, nós ganhamos uma casa da minha tia, recebemos o dinheiro de algumas indenizações para fazer as reformas necessárias e as coisas foram acontecendo”.

O momento do parto foi o mais difícil para esses pais de primeira viagem. Erik conta que ficou a noite toda no hospital esperando o bebê sair e nada, até que o médico o chamou. “Ele disse ‘vem que ela ta dando à luz’. Na hora que eu entrei na sala ela já tava ganhando... uma médica segurando em cada braço, o médico tentando puxar o bebê, ele chorando dentro da barriga, outra médica sentando na barriga dela pra ver se o bebê saía, foi terrível”. Para completar a agonia, Ana Paula diz que chegou um momento que tinha certeza que não agüentaria mais, mas finalmente o bebê nasceu. “Eu lembro que o Erik foi atrás da enfermeira e a primeira coisa que eu ouvi foi: ‘mas isso é normal?’, imagina só! Tanto que eu só olhei pra ele depois que o médico me disse que ele era perfeito, antes disso eu não olhei porque eu tinha muito medo de ter machucado ele”, conta Ana Paula.

Após o parto dramático, Ana Paula passou por outra dificuldade, o medo de ser mãe estava ali, personificado na forma do pequeno Erik. “Eu achei que não ia conseguir, porque nunca tinha pensado em ser mãe... eu tenho sobrinhos, mas eu achava que não ia ser uma boa mãe.. a gente falava brincando de ter filhos, mas nunca de verdade... achava que um filho ia me prender e isso foi verdade, mas eu não sinto falta, ele preenche esse vazio. Eu realmente relaxei comigo mesma, lavava o cabelo duas vezes por dia, unha não ficava desse jeito (diz ela mostrando a unha quebrada). Eu sou ciente que relaxei muito... e agora que era a hora de me cuidar, veio o próximo bebê...”.

Ao serem questionados de que forma os filhos mudaram suas vidas, eles dão respostas inspiradoras: “Deus tem cuidado de nós, nada tem faltado... A gente só confia em Deus.. a minha fé aumentou muito... não confio no braço, aprendi a confiar em Deus. A nossa vida tem sido só de aprendizado.. como criar nossos filhos no caminho certo”, diz Erik. Ana Paula enfatiza sua mudança como mulher e a total entrega que ser mãe lhe permitiu viver: “Ser mãe me mudou em tudo... eu não vivo mais pra mim... não saio sozinha, não vou na casa da minha mãe, só uma vez por mês porque levo o bebê na consulta... eu vivo pra ele. Eu sei que deixei de ser mulher, de me arrumar, mas o que eu realmente quero é ser a melhor mãe que eu puder”.

Clique nos links abaixo para conhecer as histórias:

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“Eu sempre acreditei que poderia engravidar”

Um “acidente planejado”

Por Laelie Machado

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