Confira o manual de sobrevivência das liquidações

Confira o manual de sobrevivência das liquidações

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:27

Especialistas dão dicas de como conseguir as melhores compras em promoções e fugir de furadas

Resistir a uma liquidação é tarefa árdua. Aproveitar as ofertas da melhor forma, que faça bem ao visual e ao bolso, também não é das coisas mais fáceis. Quem nunca "investiu" em uma roupa que parecia incrível na loja e nunca a tirou do armário? Se não houver bom senso, o barato pode, sim, sair caro.

Pior que errar no estilo é comprar algo que não é do tamanho certo. Não adianta comprar aquele vestido lindo dois números maior nem a calça que vai bombar no inverno tamanho 36 se você veste 38. Das duas uma: ou a peça vai ficar no fundo do guarda-roupa ou o custo para consertá-la poderá ser maior que o da pechincha (e, ainda assim, ter resultado desastroso). "O povo se acaba em outlet e depois chega com sacolas para fazer conserto. Não adianta comprar só porque está barato", afirma a personal stylist Aninha Pasternak, que é categórica: "Não leve se não puder experimentar."

Corra também das peças com "pequenos defeitos". Às vezes, o que parece imperceptível nas araras se revela um pesadelo - em alguns casos, há defeitos de corte ou remendos, por exemplo, que só são percebidos quando a roupa é colocada no corpo ou vista do avesso. Pequenos ajustes, no entanto, como os de cintura, tamanho de alças e de barras, são válidos.  

Levar uma amiga - principalmente se ela tem o mesmo estilo e se não for consumista – pode ser bacana para ter uma segunda opinião e para evitar cair no conto da vendedora, que pode estar mais preocupada com a comissão do que com a sua aparência. Mas é preciso também ter noção do que fica bem no seu corpo, para evitar erros. "Você deve se sentir bem, se achar bonita. Na dúvida, é melhor deixar", indica a consultora de moda Rosana Sperandéo. Vale lembrar também que as peças têm de combinar com seu estilo.

Essas dicas valem também para os bazares de grandes grifes, por mais que seja impossível não cair em tentação. "Cuidado com os sonhos de consumo de grandes marcas. Muita gente compra o que serve, independentemente se ficou bom ou não. É preciso ver o que combina, cai bem e é adequado ao estilo de vida", alerta Aninha.

Básico ou fashion?

Para evitar erros, Aninha é a favor das compras básicas. Assim, vale comprar um bom jeans, uma boa camisa, um vestido de festa clássico ou uma calça social. "Se estiver com bom preço e for de um bom tecido, vale super a pena. Se não ficar bom, não é para levar de jeito nenhum." Para a personal stylist, acessórios, modeladores e roupas de ginástica também são imperdíveis em liquidações, pois podem ser usados por bastante tempo.

Se você quer gastar pouco e, ao mesmo tempo, parecer antenada na próxima estação, pode apostar em algumas peças que já estão nas vitrines e vão continuar em alta na temporada mais fria. Vale investir em camisaria, vestido branco, misturas de preto e branco, peças com detalhes nos ombros, jeans afunilado, calça boyfriend, peças azuis, regatinhas com detalhe de renda, saia reta, sapatilhas, acessórios com pedrarias e peças com tachas ou correntes.

E não é porque você pagou R$ 49,90 naquela calça incrível que ela tem de aparentar que custou só isso. Se for necessário, faça ajustes para deixar a peça impecável. "A roupa tem de parecer mais cara do que você pagou. Se parecer barata, você vai ficar com uma embalagem barata", afirma Rosana Sperandéo. Portanto, além de ver se o preço cabe no seu orçamento, atente para o tecido, o corte, enfim, a qualidade da roupa.

Mas antes de se empolgar com o precinho amigo, é preciso gostar da peça e ficar atento ao custo-benefício. Em meio a tantos descontos, fica difícil – quase impossível – não escolher pela etiqueta. Mas, para Rosana, essa é uma regra de ouro. "Caro é aquilo que você pagou qualquer que seja o preço e não usou."

Também não vale pensar que "está barato mesmo" e ficar com saldo negativo no banco. Para o consultor financeiro João Baptista Sundfeld, da Help Personal Assistant, deve haver planejamento financeiro antes de ir às compras. "Quem se acostuma a preparar o orçamento doméstico tem mais facilidade para tomar decisões, sem ficar com complexo de culpa por não ter aproveitado a liquidação."

Dicas para fazer uma boa compra na internet

- Veja se a política de troca do site é amigável, com bom tempo para fazer a troca. "Experimente mandar um e-mail com uma pergunta e ver quantos dias demoram para responder. Se demorar um mês, nem faça a compra."

- Verifique se o monitor está calibrado, de maneira que as peças não pareçam nem mais claras nem mais escuras que o real

- Quanto mais informações o site trouxer sobre o produto, melhor. Veja se há medidas, composição, fotos de diversos ângulos, zoom, etc. "Quanto mais ferramentas ele fornece, maior a chance de fazer uma compra que não vai dar errado."

- Veja se o site tem o selo de certificação de segurança digital, aquele "cadeadinho" que aparece na barra inferior do navegador. Isso impossibilita a clonagem do cartão e dos dados bancários

- Faça uma pesquisa para ver o que falam sobre o site na internet

- Compre primeiro uma peça barata como experiência

por: Rosana Sperandéo

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