Crianças com epilepsia apresentam mais sintomas psiquiátricos

Crianças com epilepsia apresentam mais sintomas psiquiátricos

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:47

Pesquisa realizada com crianças norueguesas mostra que aquelas com epilepsia são mais propensas a apresentar sintomas psiquiátricos do que aquelas que não sofrem do problema. Os resultados apontam que entre as meninas problemas emocionais eram mais comuns, enquanto entre os meninos a hiperatividade, déficit de atenção e conflitos no relacionamento com colegas apareciam com mais freqüência.

Estudos anteriores já mostraram que crianças com epilepsia têm maior risco de desenvolver problemas comportamentais e distúrbios psiquiátricos, como ansiedade, depressão e transtorno de déficit de atenção (TDAH).

A partir de dados do Norwegian Health Services Research Centre, os pesquisadores analisaram crianças com idade entre 8 e 13 anos. Baseando nas respostas do Questionário de Capacidade e Dificuldade (QCD) respondido pelos pais e classificados como normal, limítrofe ou anormal, os cientistas identificaram 111 crianças com epilepsia. Esse grupo apresentou 38% de problemas mentais, contra 17% das crianças não acometidas pela epilepsia. Os meninos apresentaram um maior risco de sintomas psiquiátricos do que as meninas, tanto no grupo com a doença quanto no grupo saudável.

Os resultados mostraram que as 33% crianças com epilepsia com idade entre 8 e 9 anos apresentavam pontuação anormal no QCD, contra 17% no grupo das crianças saudáveis da mesma idade, pontuação que sobe para 41% contra 16% no grupo de 10 a 13 anos. A análise também mostrou um aumento do risco de problemas psiquiátricos para meninas com epilepsia na faixa etária de 10 a 13 anos.

Segundo Dr. Kristin Alfstad do Centro Nacional de Epilepsia do Hospital da Universidade de Oslo, na Noruega, e autor do estudo, diversos fatores contribuem para o desenvolvimento de distúrbios psiquiátricos. “A identificação de grupos de alto risco pode ajudar os médicos que podem implementar intervenções que impeçam mais graves problemas psiquiátricos", diz.

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