Dicas para comprar um carro

Dicas para comprar um carro

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 3:28

A compra de um carro pode ser emocionante. No entanto, é preciso manter a calma e a objetividade para não acabar dando o passo maior que a perna. Nesta seção, você encontrará dicas e informações sobre como realizar o sonho do carro novo sem comprometer a sua vida financeira.

Itens a analisar na hora da compra do carro

1. Tenha consciência do que você procura

Mais importante do que procurar o que você quer, é entender do que realmente precisa.

Que tal um exemplo? Você idealiza a compra de um carro esportivo, luxuoso mas pequeno, e nem se dá conta de que sua mulher está grávida e que, daqui a um tempo, seu porta-malas terá que acomodar carrinho de passeio, bebê conforto, sacola de roupa, pacotes de fraldas e muitos brinquedos.

Por isso, na hora da compra, questione quais são suas necessidades neste momento e tenha isso em mente antes de adquirir o tão sonhado carro.

2. Respeite o seu bolso

Nada de assumir compromissos muito maiores do que seu bolso lhe permite. Dê um passo de cada vez. O sonhado carro está fora do seu orçamento? Você tem dois caminhos: adiar seus planos para acumular o suficiente ou então dar um passo intermediário, comprando um veículo de menor valor hoje, para futuramente atingir uma meta mais ousada.

Evite ser tomado pela emoção. Não se esqueça de que esta é uma transação financeira e que, como tal, deve ser conduzida de forma profissional. Afinal, estamos falando do seu bolso.

3. Não dê vez à ansiedade

A ansiedade nos leva a cometer erros dos quais nos arrependemos depois, e que, para nosso maior desespero, custam caro!

A compra de um carro deve ser uma decisão planejada, pois não só envolve muito dinheiro, como boa parte do seu dia. Afinal, nos grandes centros, não são raros os casos de pessoas que passam mais tempo no carro do que em suas próprias casas.

Portanto, nada de pressa! Você não precisa tomar a sua decisão com a mesma velocidade que o carro dos seus sonhos consegue acelerar de zero a 100 km/hora!

4. Pesquise sempre

Antes de ir à concessionária, pesquise muito sobre o carro que pretende adquirir. Com a internet, esta tarefa ficou bem mais fácil e rápida.

Existem vários sites especializados, isso sem falar nos portais das próprias montadoras, que oferecem muita informação sobre o preço de carros, tanto os novos quanto usados. Isso sem falar, é claro, nas revistas e classificados, uma análise da tabela de preços de carros usados pode lhe dar uma boa idéia do quanto seu carro irá perder de valor com o tempo.

Este tipo de informação é extremamente importante, pois daqui a alguns anos você estará novamente trocando de carro, e daí não quer saber que o modelo dos seus sonhos saiu de linha, ou tem a pior revenda do mercado.

Comparar preços e condições de pagamento é fundamental. Antes de visitar as concessionárias, ligue e tente se informar sobre os valores e condições que estão sendo oferecidos no modelo de seu interesse. Pré-selecione as que estão oferecendo as melhores condições e use esta informação a seu favor.

5. Veja quanto você vai pagar

Não concentre sua negociação na forma de pagamento ou no valor da prestação, mas sim no preço do carro. Depois de decidir qual concessionária oferece o melhor valor, pesquisando muito bem as opções, é que você deve comparar condições de pagamento.

Quem não se deixaria seduzir pela possibilidade de comprar um carro mais novo, por uma prestação que fosse apenas um pouco mais cara? Infelizmente o que poucas pessoas entendem é que isso só foi possível devido ao alongamento do prazo de financiamento, o que não só pode aumentar os juros cobrados, como certamente irá aumentar o custo total de compra do carro.

Basta ver que financiar um carro de R$ 20 mil a uma taxa de 2% ao mês por um prazo de 24 meses e outro de R$ 30 mil à mesma taxa de juro, mas prazo de 48 meses, irá lhe custar 84% a mais, apesar da prestação ser quase 8% menor. Isso porque, no primeiro caso, terá que arcar com 24 prestações de R$ 1.057. Já no segundo, o valor da prestação cai para R$ 978, mas o número de prestações é duas vezes maior. Fique de olho!

Consórcio ou financiamento: qual a melhor forma de adquirir seu carro

Por isso, a solução ainda é adquirir o automóvel pagando um pouco por mês, durante algum tempo. E, neste caso, o mais difícil é decidir pelo plano que se adapte melhor à sua realidade: financiamento ou consórcio?

O consórcio é um sistema de compra formado por grupos de pessoas e quotas, que funciona como um financiamento convencional.

Consórcio ou Financiamento?

Antes de entrar em uma análise mais detalhada dos custos de se financiar um carro ou de comprá-lo de forma programada por meio de um consórcio, é preciso entender que existe uma diferença ainda mais importante entre as duas opções: o prazo de recebimento do veículo.

Embora exista a chance de você ser sorteado logo no início, existe o risco de você só ser sorteado ao final do prazo de duração do consórcio. Assumindo que os consórcios de veículos duram, em média, entre 36 e 60 meses, este pode ser o tempo que você terá que esperar para sair guiando o carro dos seus sonhos.

Neste contexto, o consórcio é recomendado para quem não tem pressa, ou seja, já tem um carro e está planejando a sua troca. No consórcio o consumidor pode se programar, começar a pagar as prestações e, quando for contemplado, trocar o veículo.

Atenção ao comparar

O grande apelo dos consórcios é de que não são cobrados juros. No entanto, atenção: é preciso considerar as taxas de administração cobradas.

Nos financiamentos, a análise é relativamente fácil. Segundo a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), a taxa média mensal cobrada nos financiamentos de veículos está em torno de 3%. Entretanto, ela pode ser menor, já que o levantamento da entidade leva em conta também o financiamento de usados, cujas taxas de juros são mais elevadas.

A disparidade nas taxas em geral reflete a parcela que é dada de entrada; quanto maior ela for, menor tende ser a taxa de juro, e vice-versa. Assim, quem financia apenas 50% do veículo pode conseguir taxas mais baixas, mas para quem dá uma entrada de apenas 20%, a taxa tende a ser mais alta.

Mas, e no consórcio, como funciona? A primeira coisa que se deve esclarecer é que, ao contrário do que muitos imaginam, existem outros custos além da taxa de administração (em média, de 12,37% para veículos novos nacionais). É preciso, por exemplo, reservar uma quantia todos os meses para a compra do bem, que é destinada ao chamado fundo comum. Além disso, algumas administradoras exigem uma contribuição extra a um fundo de emergência, equivalente a algo como 5-10% do valor do fundo comum.

Contudo, não se pode esquecer que, enquanto no financiamento a prestação é função da evolução do saldo devedor, no consórcio ela é função do valor do bem, que tende a crescer a uma taxa bem menos acentuada.

Qual o seu objetivo?

A escolha entre consórcio e financiamento é mais difícil do que parece em um primeiro momento, pois envolve, além de uma análise detalhada dos custos, o seu planejamento individual.

Para quem não tem paciência de esperar pelo sorteio, o consórcio, mesmo envolvendo custos menores, pode não ser interessante. Por outro lado, quem tem quantia suficiente para arcar com metade do valor do carro, pode encontrar opções mais interessantes no financiamento.

Quais os custos de manter um carro?

Antes de ficar animado demais e começar a olhar para os carros esportivos mais velozes ou mais luxuosos, lembre-se que suas despesas irão incluir não apenas o pagamento do seu carro.

Contabilize também seguro, gasolina e outros custos relacionados com a manutenção de um veículo. Normalmente, quanto mais caro é o carro, maior é o valor do seu seguro e o custo para mantê-lo. Ao considerar as opções de compra, leve em conta os custos futuros de propriedade e manutenção.

Os custos de propriedade são fixos, ou seja, essas despesas existirão enquanto o veículo for seu. Por outro lado, os custos operacionais são variáveis, de acordo com o uso e com os cuidados dados ao veículo. Abaixo uma descrição dos gastos que devem ser levados em conta antes da compra de um carro.

Ao considerar as opções de compra, leve em conta os custos futuros de propriedade e manutenção. Os custos de propriedade são fixos, ou seja, estas despesas existirão enquanto o veículo for seu. Por outro lado, os custos operacionais são variáveis, de acordo com o uso e com os cuidados dados ao veículo. Abaixo uma descrição dos gastos que devem ser levados em conta antes da compra de um carro.

Despesas fixas:

-Licenciamento, IPVA e seguro obrigatório anuais, lacração ou transferência de documentos

-Seguro do carro

-Estacionamento (aluguel do espaço da garagem, se for o caso)

-Depreciação (com base no preço de compra)

-Revisões periódicas (de acordo com manual do proprietário)

Despesas variáveis:

-Combustível

-Óleo e outros fluidos

-Troca de pneus

-Manutenção, reparos e reposição de peças

-Multas

Compra de um carro novo

As revendedoras vão tentar convencê-lo a tomar a decisão no mesmo dia. Os vendedores são treinados para não deixar você sair da loja sem fechar a compra, para evitar que você pense melhor e acabe desistindo. Não caia nessa. Você não compra um carro todo dia e são grandes as chances de você agir com a emoção e não com a razão. Os vendedores sabem como usar isso em vantagem própria. Seja firme.

Compare as revendedoras

Escolher uma revendedora é tão importante quanto outras grandes escolhas que você já tenha feito na sua vida. A escolha certa pode ajudá-lo a economizar muito dinheiro e assegurar que terá um bom serviço no futuro, enquanto o carro ainda estiver dentro da garantia.

Como Fazer um Bom Negócio

Você está pronto para jogar um pouquinho? Se você encarar o processo de negociação como um jogo, você vai descobrir que ele pode até ser divertido. E lembre-se: a vantagem é sua. Existe uma grande fila de vendedores que gostariam de ?jogar? com você. Se um deles não estiver jogando no seu time e não estiver trabalhando com você para reduzir o preço, sinta-se à vontade para procurar outro.

Etapas finais

Então, você conseguiu negociar o preço. Ufa, você está quase lá! Antes de assinar qualquer coisa, certifique-se de que o valor que você concordou em pagar corresponde ao que você decidiu que poderia desembolsar, levando em consideração qualquer empréstimo ou financiamento. Além disso, calcule a quantidade de quilômetros que vai dirigir em um mês, divida esse valor pelo número estimado de quilômetros que o modelo roda com um litro de combustível. Em seguida, multiplique esse valor pelo preço de um litro de gasolina, álcool ou diesel, dependendo do caso. Acrescente esse valor ao pagamento mensal.

A revendedora vai querer que você assuma o compromisso de comprar o carro no mesmo dia. Não faça isso. Dê a si mesmo um dia a mais para pensar. Vá para casa, ligue imediatamente para sua seguradora e consiga uma cotação para o carro que você está pensando em comprar. Em seguida, acrescente o valor do seguro à prestação e ao gasto mensal de combustível, para ter certeza que tudo se encaixa em seu orçamento. Se o valor estiver próximo, você pode mexer em seu orçamento e reduzir as despesas, para fazê-lo se encaixar. Mas seja realista.

E se ele não se encaixar, não compre o carro. Não faça exceções. Você causará um enorme estrago ao seu futuro financeiro se comprar um carro que não tem como pagar. Você pode até ter investido muito tempo no processo de negociação, mas não se sinta mal por isso. Pense nisso como um treino para o próximo embate.

Compra de um carro usado

Grande parte da depreciação de um carro acontece no momento em que você o retira da revendedora.  Portanto, a principal vantagem de comprar um carro usado é que você o está comprando depois dessa enorme queda de preço. Por isso a compra de um carro usado pode ser um investimento de prazo menor que a compra de um carro novo, e nesse caso a pesquisa de preços se aproxima mais de uma arte do que uma ciência. As revendedoras têm uma pequena vantagem, já que você não vai sair dali e comprar exatamente o mesmo carro em outra loja.

Para comparação de preços entre carros usados, visite:

Web Motors - www.webmotors.com.br

Automovel - www.automovel.com.br

Autoshow - www.autoshow.com.br

Quando você tiver decidido pela compra de um carro usado, poderá comprá-lo de uma revenda de carros usados ou de um particular:

Revenda de Carros Usados

Freqüentemente, as revendas oferecem garantia de 90 dias para motor e caixa de câmbio para o carro usado, o que dá uma segurança maior em comparação a um proprietário anterior, que pode ter usado o carro para transportes de galinhas por uma estrada esburacada todos os dias pelos últimos três anos. Mas é provável que você não consiga um preço tão bom quanto conseguiria se comprasse de um particular, já que este último não precisa repassar os custos de operação da revenda para você.

Atenção na hora de negociar

Uma pequena negociação pode reduzir o preço para algo que seja justo para ambas as partes. Mas você não vai ter garantia. E para ver cinco carros, provavelmente terá de visitar cinco pessoas diferentes. O objetivo da compra de um carro usado é economizar, mas se você não pesquisar bem, ele pode acabar custando mais do que um carro novo!

Em seguida, investigue o histórico do carro. Pergunte ao vendedor para que ele era usado. Se ele foi usado apenas para dirigir em passeios de lazer no interior algumas vezes por ano, tudo bem. Mas se ele foi usado como um veículo de carga em estradas sem asfalto, por exemplo, pense melhor.

Na hora de fazer o test drive, seja inflexível. Pergunte ao vendedor sobre qualquer ruído estranho que o carro faça - um barulhinho qualquer pode ser um sinal claro de um grande problema. Use tudo que existe no carro. Aperte todos os botões. Abra todas as janelas. Abra e feche todas as portas. Caso você tenha certeza de que não há nada de errado com o carro, consiga um mecânico profissional para atestar o mesmo. Subtraia o valor de qualquer pequena coisa errada que exista no carro do preço que você deseja pagar pelo veículo. No fim, você poderá acabar descontando aquele valor para consertá-lo.

Por fim, verifique se toda a documentação do carro está em ordem. Peça ao vendedor que lhe mostre o comprovante do último pagamento do imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA), seguro obrigatório (DPVAT), certificado de registro e licenciamento do veículo.

Quanto ele custa realmente?

Quando você tiver decidido qual carro melhor se encaixa em suas necessidades, avalie as opções de empréstimo, financiamento ou leasing. Não deixe de perguntar sobre a taxa de juros anual, a duração do empréstimo, o valor da prestação e as taxas e demais tributos envolvidos.

Onde conseguir o dinheiro?

O financiamento pode ser obtido através da própria revendedora ou de um banco. Normalmente, consegue-se uma taxa de juros menor em um banco do que em uma revendedora, especialmente se você já for correntista. Bancos menores oferecem melhores relações interpessoais, que são importantes, mas podem não ser capazes de competir com as taxas de bancos maiores.

O valor do empréstimo aprovado para seu carro é baseado em diversos fatores, tais como: histórico de emprego, saldos de empréstimos em aberto, referências de crédito pessoal (?nome limpo na praça?) e renda anual. Só porque você calculou que tem condições de pagar, não significa que os outorgantes irão concordar com o empréstimo. E é aí que entra seu histórico de crédito pessoal. Seu banco e os serviços de proteção ao crédito, como o SPC ou o Serasa, informam aos outorgantes se você tem o nome limpo.

Para saber mais sobre o assunto, clique aqui

Você precisa de um avalista?

Dependendo do seu histórico de crédito ou renda, pode ser necessário um avalista para ajudá-lo a obter um empréstimo. Os outorgantes irão considerar a qualidade dos créditos pessoais, as rendas, os ativos, as dívidas e outras informações sobre você e sobre o avalista. Antes de decidir sobre a inclusão ou não de um avalista, observe muito bem sua situação financeira combinada. Um avalista pode ser um membro da família ou um amigo com um bom histórico de crédito pessoal.

Por último, mas não menos importante

Você vai precisar de uma boa quantia para dar entrada no seu carro, então é melhor resolver o problema logo. E por que isso? O revendedor não vai lhe dar um carro apenas com uma assinatura como promessa que você irá pagar pelo mesmo mais tarde. O dinheiro em espécie é um grande símbolo de seu compromisso com a realização de todos os pagamentos. Esta é a premissa da entrada.

Seu veículo antigo como parte do pagamento

Seu veículo antigo pode ser usado como parte do pagamento de um novo, ou seja, o valor do veículo antigo é abatido do preço do novo mediante a sua entrega. Se ele tiver um valor razoável, você poderá usá-lo como entrada. Dar veículos usados como parte do pagamento é uma maneira conveniente de usar o carro que você já possui para ajudar a comprar um novo.

O que você ganha em conveniência, poderá perder em preço. As revendedoras costumam avaliar por baixo os veículos usados que entram como parte do pagamento, para que elas possam ter algum lucro na revenda. A venda de seu veículo para um particular pode ser tão fácil quanto dar o mesmo como parte do pagamento, se você conseguir encontrar um comprador imediatamente. Mas, se você não tiver um carro de venda fácil, ou se não tiver muita sorte, pode demorar muito tempo para vendê-lo para um particular e acabar perdendo um bom negócio.

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