"Eu creio que a Família deveria sentir-se ameaçada por esta proposta, sim!". O alerta foi dado pelo empresário, professor e reitor da Faculdade 7 de Setembro, Dr. Ednilton Soarez, em Fortaleza (CE), quando questionado a respeito da proposta de inclusão da chamada 'ideologia de gênero' em escolas de todo o Brasil.
Vindo de uma família de educadores, Ednilton integra a direção de uma das mais respeitadas redes de ensino do Brasil (7 de Setembro), e se orgulha da história da escola fundada por seu pai, Edilson Brasil Soarez, o qual sempre buscou preservar princípios cristãos em sua direção e assumiu o legado deixado pela família.
Em entrevista exclusiva ao Portal Guiame, o empreendedor e educador, que também é pai e avô comentou a ideologia de gênero e alertou sobre a invasão que esta proposta pode significar aos lares brasileiros.
Confira abaixo a entrevista:
Portal Guiame: A chamada 'ideologia de gênero', na qual a escola poderia 'orientar' crianças com relação à sua sexualidade e gênero (masculino / feminino) está em trâmite nas Câmaras Municipais de todo o Brasil - já tendo sido reprovada em muitas. Na sua posição de educador, como esta proposta pode ser avaliada?
Dr. Ednilton Soarez: Na posição de educador, eu não posso me esquecer que sou um educador cristão - desde que tenho a minha formação [de fé] na Igreja Presbiteriana de Fortaleza (CE). Sendo assim, o nosso balizamento tem que ser pela Bíblia. As Escrituras falam claramente em homem e mulher e até mesmo condena o homossexualismo. Como cristãos, nós devemos respeitar em todos os aspectos. Quem quiser ser homossexual, deve ter sua liberdade respeitada. Mas também devemos respeitar o pastor que quiser pregar contra o homossexualismo. O respeito tem que ser amplo.
Com relação à educação sexual, educação de gênero, isto cabe basicamente à família, ao pai e à mãe. A escola não pode entrar neste debate, porque seria muito difícil que nós trouxéssemos uma ideologia cristã, quando temos em nossa escola, pessoas que não são cristãs. Mas a nossa orientação é que cabe à família, educar.
Guiame: Em uma sociedade pós-moderna como a nossa, há muitos casos de pais ausentes, que afirmam não ter tempo ou até mesmo não sabem como introduzir assuntos como questões de gênero em casa. Até que ponto a escola poderia ajudar com isso?
Ednilton: Infelizmente, temos visto nos últimos tempos, pais que querem delegar algo indelegável, que é a educação dos filhos. Nós [escola] podemos ajudar, promover palestras e dar outras orientações. Mas basicamente, a educação de gênero é da família. Há pais que podem ser ausentes e não tomar providências com relação a isto, mas também há pais que são lenientes e se sentem inseguros e delegam para outras instituições fazerem isso. Por exemplo, nós, que somos cristãos / evangélicos, temos a Família, a Bíblia - que é ensinada nas igrejas - e em terceiro lugar é que vem as escola (secular, primária, ensino fundamental). Neste aspecto precisamos respeitar esta hierarquia na formação do ser humano: Família, Igreja e depois a Escola.
Guiame: Em sua opinião, até que ponto esta proposta seria de fato uma ameaça aos Direitos da Família?
Ednilton: Eu creio que a Família deveria sentir-se ameaçada por esta proposta, sim! Porque quando se tira do poder pátrio, a orientação de gênero e diz-se aos pais: 'Não orientem suas crianças agora, porque elas vão decididir depois', isto não está correto. Nós devemos orientar, sim: 'Se você nasceu menino, é um menino e se nasceu menina, é uma menina'. Até mesmo porque nós sabemos que na pré-puberdade ainda existem algumas indefinições, a criança ainda está em formação e as influências são muitas. Quando há uma permissividade em que a escola orienta que é a criança que pode decidir por ela mesma, isto está errado.
Guiame: Em sua opinião, qual seria um modo de sábio e maduro das famílias se posicionarem e se defenderem desta violação de seus direitos?
Ednilton: Temos que usar os nossos representantes. Seja no Congresso, na Câmara Federal, nas Câmaras Estaduais, municipais. Nós temos representantes cristãos e não podemos ficar como uma minoria que não fala, que não se expressa diante do que está acontecendo. Onde o poder é da Família, o parlamento não pode se meter e sim defender os direitos desta.
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