Ele ganha menos do que eu

Ele ganha menos do que eu

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:08

Com toda a revolução feminina, a conquista das mulheres a posições de liderança e cargos cada vez mais altos nas empresas de grande porte se tornou algo comum. Sendo assim, é algo cada vez mais corriqueiro ela ganhar mais que seu parceiro. Muitas vezes, para o desespero dos rapazes, podem ocupar até o cargo que ele ocupava ou almejava.

Essa questão, quando não tratada de maneira sincera por ambos os lados do casal, pode se transformar num grande problema dentro da relação amorosa.

Levando em conta que estamos num país latino, aquele tipo de macho territorial, provinciano, ciumento e patriarcal – num sistema econômico onde o seu capital representa o quanto pode consumir, fornecer e desfrutar de comodidade –, que ontem podia prover e se gabar de dar "do bom e do melhor" para sua mulher não tem mais esse mesmo status. Muitos deles ficam realmente frustrados, entram em depressão e sentem dificuldade em superar essa crise, lidando com sua nova posição no relacionamento.

Mas o homem deve encarar isso como uma barreira para a sequência do namoro ou casamento? Essa é uma questão que certamente deve deixar seus sentimentos confusos.

Para se encaixar na etiqueta coerente a uma mulher mais ativa e independente, o homem deve modernizar seus antigos valores. Sem dúvida, o dinheiro deve ser levado em consideração desde o início do relacionamento, mas definitivamente não pode ser algo que trave o progresso de uma relação saudável em outros aspectos.

Mas o que fazer para que eles se sintam menos pressionados?

Antes de tudo, a mulher que ganha mais deve ser compreensiva, isso sem ultrapassar os limites pessoais dela. Quer dizer, é importante que ela tenha consciência de que seu parceiro tem menos recursos e aceite suas recusas para a realização de alguns tipos de programa. Se ela achar que deve – isso deve ser muito bem esclarecido entre os dois –, ela pode muito bem se oferecer para rachar o valor ou mesmo para pagar programas que ela faça questão da presença do namorado ou marido.

Hoje em dia, não existe mais esse tabu de que o homem deve arcar com todas as despesas do casal. Isso já mudou faz tempo e os casais mais jovens estão muito acostumados a dividirem seus gastos. O homem não precisa se sentir inferior à mulher por conta de sua situação financeira inferior.

Para um casal de namorados, essa separação de bens é mais tranquila. Quem ganha mais, se ambos estiverem de acordo, pode pagar uma porcentagem maior de cada programa. Por exemplo, ela paga o cinema e ele, a pipoca. Um paga um jantar mais barato enquanto o outro paga o motel. Nada disso deve ser constrangedor, afinal você deve reconhecer o empenho e capacidade de sua parceira.

À medida que a coisa fica mais séria ainda e evolui para um casamento, é essencial que essas etapas anteriores de conversas e entendimentos relativos ao dinheiro não tenham sido queimadas. Dessa maneira, o noivo estará mais tranquilo com relação ao seu status e o de sua mulher. No casamento, a divisão permanece: um paga o mercado, enquanto o outro compra roupas para os filhos; um paga o aluguel e o outro coloca a gasolina no carro. Tudo perfeitamente bem definido e aceito pelos dois lados. A espontaneidade é o segredo na forma de tratar o parceiro sem que ninguém se sinta ofendido.

Sem constrangimento algum, o novo marido pode muito bem aprender com sua esposa – como acontece com algumas mulheres empreendedoras quando casadas com um marido mais experiente. Nada mais saudável do que a mulher incentivar o maridão a fazer um curso, desenvolver sua carreira, fazer uma terapia e amadurecer sua experiência financeira.

Se o cara for esperto, ele vai fazer a mulher se sentir uma "Deusa Maravilhosa". Mesmo sem ganhar mais, fará suas economias para surpreendê-la e será grato e leal, além de crescer muito!

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