Ele(a) não consegue viver sem a mamãe

Já viu aquele homem que, mesmo depois de casado não consegue passar um dia sem ver ou falar com a mãe? Ou aquela mulher que, apesar de já ter sua casa e seu trabalho não consegue tomar uma decisão sem antes consultar os pais?

Fonte: salvemeucasamento.com.brAtualizado: quarta-feira, 18 de junho de 2014 às 13:32
mãe e filho
mãe e filho

mãe e filhoExiste algo que os especialistas chamam de simbiose, ou seja, uma inter-relação tão íntima que acaba se tornando obrigatória. O ser em questão não é capaz de viver sem o outro. A mãe esquece que tem marido, colocando o filho na frente de tudo e de todos, inclusive de si mesma. Em consequência, o filho se torna tão dependente que não aprende a fazer nada por si, e para tudo se espelha na figura da mãe.

Já viu aquele homem que, mesmo depois de casado não consegue passar um dia sem ver ou falar com a mãe? Ou aquela mulher que, apesar de já ter sua casa e seu trabalho não consegue tomar uma decisão sem antes consultar os pais? Parece exagero? Então veja este relato:

“Quando a italiana Marianna se casou, nem imaginava que ela e o marido teriam companhia na lua-de-mel que iriam passar na França. Não era qualquer companhia, era a mãe do seu novo marido. A sogra simplesmente apareceu no aeroporto de Roma e embarcou com o casal. Ela protestou e pediu, furiosa, para o marido mandar a mãe embora, mas ele alegou que precisava da mãe por problemas de saúde. Marianna passou três semanas na França e, em seguida, pediu o divórcio porque seu companheiro mantinha um “laço excessivamente emocional” com a mãe.”

Estamos cercados de relacionamentos doentios como este. Há pouco tempo uma amiga terapeuta compartilhou comigo o caso de uma moça de 20 anos que só dormia depois de mamar no peito da mãe… Bizarro né? Estes são apenas alguns exemplos de simbiose em grau super elevado, mas em nosso cotidiano podemos encontrar muitos outros, igualmente prejudiciais.

Por um lado a mãe que não se esforça em estimular a independência do filho e por outro, o filho que não deseja perder a dependência da mãe. A simbiose é natural no início da vida, quando o bebê necessita dos cuidados maternos para sobreviver. Mas o natural e esperado, é que conforme a criança vá crescendo, a mãe se torne cada vez mais desnecessária.

Quando fazemos pela criança (ou adulto) algo que ela já sabe ou pode fazer sozinha, impedimos que se desenvolva de forma sadia e correta. A independência acontece aos poucos e deve começar cedo, em situações como o hábito de dormir sozinho ou segurar a mamadeira, por exemplo.O grande problema, é que muitas mães prorrogam este tempo achando que estão fazendo bem aos seus filhos (e a elas mesmas, claro), mas não sabem o grande problema em que estão se metendo!

Uma criança ou adolescente que cresce totalmente dependente da mãe, dificilmente terá a oportunidade de desfrutar de um relacionamento conjugal sadio, pois certamente terá a interferência da progenitora na sua relação matrimonial, na educação dos filhos, nos cuidados domésticos, na vida financeira… A triste realidade, é que muitas mães conscientemente minam os relacionamentos de seus filhos, ou pior, fazem de tudo para que nunca entrem em um. Isto provém de um forte desequilíbrio emocional, gerador do sentimento de posse ou medo de ser substituída (o que geralmente acontece quando a relação de afeto com marido é substituída pela relação mãe/filho).

Mães que agem desta forma estão sendo egoístas, imaturas e desequilibradas. Precisam urgentemente de ajuda!

Para um casamento sadio é necessário antes de tudo “deixar pai e mãe”, é a tal da independência. O amor continua? Claro! Vamos continuar desfrutando de momentos especiais com nossos pais, comendo a torta gostosa da mamãe e buscando conselhos em momentos oportunos. Mas há que se ter consciência que uma família equilibrada só pode ser constituída a partir da total independência dos cônjuges: independência emocional, financeira, profissional e nas questões do lar. Os pais que interferem nessas áreas estão impedindo que seus filhos cumpram com seus deveres conjugais, que cresçam e que aprendam a viver, causando assim imaturidade psicológica e falta de preparação para a vida.

Winnicot já dizia: boa mãe é a mãe que falta.

É necessário errar para aprender a aceitar. É preciso cair para aprender a se levantar. É preciso faltar para aprender a se virar. É preciso sair do ninho para aprender a voar… Se deseja harmonia e paz em seu casamento, não releve essa questão.


- Dani Marques

 

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