Escolas irão distribuir preservativos a alunos sem o consentimento dos pais

Enquanto o conselho do Distrito Escolar de San Francisco aprovou por unanimidade a expansão do Programa de Disponibilidade de Preservativos às escolas, muitos pais têm manifestado oposição à decisão.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: sábado, 27 de fevereiro de 2016 às 12:20
Preservativos e panfletos informativos são colocados à disposição da população em centro de combate à AIDS, em Nova York / EUA. (Foto: Reuters)
Preservativos e panfletos informativos são colocados à disposição da população em centro de combate à AIDS, em Nova York / EUA. (Foto: Reuters)

Um distrito escolar da Califórnia, em breve irá permitir que preservativos sejam distribuídos em escolas, para alunos do ensino médio, apesar da oposição de muitos pais.

A Diretoria Unificada de Educação do Distrito Escolar de San Francisco (EUA) aprovou por unanimidade na última terça-feira (23), uma expansão do seu "Programa de Disponibilidade de Preservativos" que será acrescentado às escolas de ensino médio.

Em um comunicado divulgado na última terça-feira (23), o distrito escolar observou que os alunos do ensino médio poderão receber preservativos das mãos de um(a) enfermeiro(a) da escola, sem o consentimento dos pais.

"Alunos do ensino médio terão que se reunir com os enfermeiros do distrito escolar de San Francisco ou assistentes sociais escolares para sessões de avaliação, educação e intervenção", continuou o comunicado.

"Só depois que um(a) enfermeiro(a) ou assistente social julgar conveniente, os alunos receberão informações sobre o uso do preservativo, seus riscos e eficácia. Eles também serão informados que a abstinência é o único método 100% eficaz para evitar a gravidez e doenças sexualmente transmissíveis".

Enquanto o conselho aprovou por unanimidade a expansão do Programa de Disponibilidade de Preservativos, muitos pais têm manifestado oposição à decisão.

A emissora local 'ABC 7' expôs alguns comentários de pais que se posicionaram contra a decisão do distrito escolar. Um dos pais disse que "eles [os estudantes] não estão prontos para isso, então essa decisão não é apropriada".

"Nós temos que assinar um termo de consentimento para que eles para façam uma viagem de campo, mas não precisamos de saber se eles estão recebendo preservativos na escola?", questionou outro pai.

Já uma mãe destacou em depoimento ao 'SF News Feed' que até se julga "liberal" em suas opiniões, mas acredita que a decisão do distrito escolar "é ultrajante".

"Eu não acho que escolas de ensino médio devam entregar preservativos aos alunos, sem alguma opção dos pais manifestarem sua opinião", continuou Bystrom.

Para justificar o seu curso de ação, O Distrito Escolar publicou citações de apoio da Dra. Susan Philip, do Departamento de Saúde Pública de San Francisco.

"Eu sei muito bem que San Francisco tem taxas de infecções por DST's, como clamídia, gonorreia e sífilis, que estão entre as mais mais altas dos Estados Unidos", afirmou Philip.

"Além disso, adolescentes e adultos jovens estão em maior risco de infecções por clamídia e gonorreia, quando comparados com os adultos".

San Francisco não é o único distrito escolar da Califórnia com uma política de disponibilidade de preservativos, como essa. Los Angeles e Oakland já implementaram políticas semelhantes.

De acordo com dados do Departamento de Saúde Pública da Califórnia em 2011, foram notificados 4.828 casos de gonorreia e 42,504 casos de clamídia entre adolescentes de 15 a 19.

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