Estudo da Universidade de Toronto sugere que homens que viveram a separação dos pais na infância podem ter até três vezes mais risco de sof

Filhos de pais separados têm mais chance de sofrer AVC

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:10

Um novo estudo, que será publicado este mês no International Journal of Stroke, sugere que homens que viveram o divórcio dos pais na infância ou antes de completar 18 anos têm significativamente mais chances de sofrerem um derrame do que um homem que venha de uma família que não tenha vivido tal situação.

Segundo a pesquisa da Universidade de Toronto, no Canadá, as mulheres não apontaram características parecidas e aquelas que viveram a separação dos pais sofrem os mesmo riscos daquelas que não presenciaram. "A forte relação que encontramos entre o divórcio dos pais e o risco de derrame em homens é muito preocupante”, disse o coordenador do estudo, Dr. Esme Fuller-Thomson.
“É particularmente intrigante o fato de que excluímos do nosso estudo os indivíduos que foram expostos a qualquer tipo de violência doméstica ou pais que tinham algum tipo de vício. Nós antecipamos que a associação entre a experiência infantil do divórcio dos pais e o risco de derrame poderia estar também associado a outros fatores, como comportamentos menos saudáveis ou baixos níveis sócio-econômicos entre os homens que disseram ter pais separados”, explicou a co-autora da pesquisa, Dra. Angela Dalton.

“No entanto, nós controlamos as estatísticas com os fatores já considerados de alto risco, como idade, raça, renda e educação, comportamentos adultos (uso de cigarro e álcool, obesidade e sedentarismo), suporte social, saúde mental e plano de saúde. Mesmo depois destes ajustes nos membros da pesquisa, o divórcio dos pais ainda era associado como um risco três vezes maior nos homens”, afirmou Dalton.
Os pesquisadores ainda não podem afirmar com certeza que homens que viveram a separação dos pais têm realmente três vezes mais chances de ter um acidente vascular cerebral, mas uma possibilidade é que eles apresentam problemas no controle da cortisona, hormônio associado ao stress.

O Dr. Fuller-Thomson explicou que a elevada taxa de derrames poderia ser associada a um processo chamado incorporação biológica. “É possível que a exposição ao stress da separação dos pais possa ter implicações biológicas que altera o modo como estes meninos reagem a situações estressantes para o resto de suas vidas”, comentou.

Mas, como toda pesquisa científica, é essencial que os estudiosos repliquem o mesmo resultado em estudos futuros para que uma conclusão seja realmente efetiva. Dr. Fuller-Thomson observa que, eventualmente, esta conclusão pode alterar a política de prevenção de acidentes cerebrais. “Se este mesmo resultado for observado em outros estudos, talvez os profissionais da saúde incluam informações sobre a vida conjugal dos pais como um dos tópicos a serem observados na educação de prevenção dos derrames”, concluiu.

Internacionalmente, as doenças vasculares cerebrais são responsáveis por 10% das mortes, sendo o derrame a segunda maior causa.
 

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