Fertilidade democrática

Fertilidade democrática

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:08

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMC), a taxa de adultos inférteis atinge de 15 a 20% da população adulta. Esse drama agora é alvo de ações sociais em diversas regiões do Brasil.

Um exemplo é o Instituto Assistireh, criado em 2006 em Porto Alegre, o braço social do Fertilitat – Centro de Medicina Reprodutiva. Entre os serviços oferecidos estão desde técnicas de baixa complexidade, como inseminação artificial e indução da ovulação, até as mais sofisticadas, como é o caso da fertilização in vitro.

"Com a técnica de fertilização in vitro já realizamos 83 ciclos, que resultaram em 39 gestações, sendo que 9 ainda estão em andamento", comemora a diretora Dra. Mariangela Badalotti. "Já com a técnica de inseminação artificial foram realizados 125 ciclos, com 16 mulheres grávidas".

A renda que mantém o Instituto vem principalmente do centro Fertilitat e de seus parceiros, já que o valor pago pelos pacientes varia, mas não ultrapassa 50% do preço encontrado no mercado. No entanto, para participar do projeto, os casais precisam comprovar a renda, que no máximo pode ser de R$3,5 mil.

Segundo Mariângela, a principal dificuldade que o Assistireh enfrenta é o preconceito. "Ou as pessoas pensam que não existe infertilidade entre os casais de baixa renda, ou vêm a esterilidade como uma forma de anticoncepção natural", explica. "Mas são muitos os casais que, mesmo com um orçamento apertado, têm plenas condições de atender às necessidades básicas de seus filhos, e dar-lhes um lar amoroso."

Outra iniciativa acontece em São Paulo, mas voltada especificamente para os homens. Trata-se de um estudo desenvolvido pelo INPES (Instituto de Pesquisa e Saúde), a respeito da eficácia de um medicamento que aumenta a produção e eficácia dos espermatozóides, sem nenhuma contra-indicação.

Podem se candidatar homens que tenham entre 18 e 50 anos, em bom estado de saúde. Serão selecionadas 66 pessoas, que terão acompanhamento médico na clínica Genics, localizada na zona sul da cidade de São Paulo. O tratamento durará 15 semanas, sendo uma para triagem, doze para o tratamento, e outras duas para o pós-tratamento.

"Os casais participantes serão assistidos por uma equipe qualificada e receberão acompanhamento médico durante todo o estudo, incluindo exames, consultas, medicações", explica Dr. Aléssio Calil Mathias, pesquisador responsável pelo estudo e diretor da Genics Medicina Reprodutiva. "Os casais terão, assim, maiores chances de engravidar", conclui.

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