Graças ao Paternidade Responsável, projeto que começou em São Paulo e se espalhou por vários cartórios do Brasil, milhares de crianças têm agora o sobrenome do pai na carteira de identidade. O objetivo do projeto, criado há pouco mais de um ano, é legalizar a paternidade de crianças e jovens e, assim, garantir seus direitos. A adoção pode ser voluntária ou por indicação da mãe. Nesse caso, o pai deve comparecer a uma audiência. Se necessário, são realizados exames de DNA. Por causa do mutirão que vem sendo realizado em vários cartórios, o processo, que levaria anos, agora pode ser resolvido em poucos minutos (em caso de adoção voluntária).
Registro completo No Brasil, a criança pode ser registrada com todos os sobrenomes do pai e da mãe. Mas eles também podem optar por dar ao filho apenas um de cada família, se quiserem. Sobrenomes que não estão no registro dos pais, mas pertencem à família, também podem ser incluídos. Mas serão considerados uma composição do nome, e não como sobrenome em si, diz o advogado de família Luiz Kignel. Isso porque os filhos não podem ter um sobrenome diferente do dos pais. Em relação à troca do nome, Kignel explica que o procedimento deve ser justificado sempre. Ninguém pode trocar de nome apenas porque não gosta dele. A pessoa deve provar que o nome causa constrangimento.
Nome fantasia Celebridades inventam moda até na hora de nomear os bebês
Nos EUA, batizar o filho com um nome inusitado é quase uma regra entre os famosos. A filha de Gwyneth Paltrow se chama Apple. Angelina Jolie e Brad Pitt inovaram: Maddox, Pax, Zahara, Shiloh e os gêmeos Knox Léon e Vivienne Marcheline. Por lá, existe até um blog ( www.celebritybabynamesblog.com ) sobre o assunto. A psicóloga Elaine Pedreira Rabinovich, da Universidade Católica do Salvador, que já orientou vários estudos sobre nomes, aprova a criatividade. Eles não são apegados a convenções, ousam mais e ditam moda. No Brasil, isso era comum nos anos 1970. Gilberto Gil chamou a filha de Preta. Caetano Veloso batizou o mais velho de Moreno. Hoje, a tendência são os nomes simples. Os apresentadores Angélica e Luciano Huck escolheram Joaquim e Benício. E os jornalistas William Bonner e Fátima Bernardes batizaram os trigêmeos de Laura, Beatriz e Vinícius.
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