Filhos podem ficar constrangidos com pais em suas redes sociais

Filhos podem ficar constrangidos com pais em suas redes sociais

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:24

Num passado não muito distante, uma mãe (ou mesmo pai) coruja tinha um jeito todo especial de fazer os filhos adolescentes e jovens passarem vergonha perante os amigos: mostrando fotos deles bebês em situações constrangedoras. Hoje, com o advento da vida virtual, há um pior: tornam-se “amigos” ou seguidores dos filhos em redes sociais. Não raro, são deixados recadinhos fofos, elogios “cuti-cuti” e até mesmo broncas.

Recadinhos corujas nos perfis e comentários são o de menos. O pior é quando criticam os outros amigos para todo mundo ver.

De acordo com um estudo da empresa de internet America On-Line (AOL) feito nos Estados Unidos e divulgado esta semana, cerca de um terço dos jovens internautas já recusa seus pais como seguidores em redes sociais com medo do constrangimento perante os amigos, além das confusões em casa. Outros simplesmente deixam de acessar as redes sociais por causa disso.

O fenômeno cresce tanto, que duas amigas lançaram o site Oh, crap! My Parents Joined Facebook (em tradução livre, algo como “Droga! Meus pais aderiram ao Facebook”), que divulga os recadinhos embaraçosos de pais e mães pegajosos ou intrusos deixados nos perfis dos filhos. Obviamente, as identidades são mantidas em segredo, com fotos e quaisquer identificações devidamente escondidos sob tarjas pretas. Não raramente, aparecem recados como “Aceite-me como amiga, por favor, já que sou sua mãe!” ou mesmo “Seu pai falou que você parece a (cantora e atriz) Cher nessa foto. Tire daí logo!”.

Uma das criadoras do site, Jeanne Leitenberg, alega que “alguns querem aderir à rede social porque se acham o pai ou a mãe ‘legal’ e precisam fazer parte do grupo do filho, mas não imaginam o quanto estão sendo intrometidos”.

A AOL mostra dados evidenciando que muitos jovens acabam deixando as redes sociais quando os pais entram nelas, perdendo o interesse. Além disso, alegam que há muita gente mais velha que eles. O estudo mostra que cerca de um terço dos pais que aderem ao Facebook está conectado com os filhos pelos perfis deles. Também diz que há mais mães que pais como “amigos” virtuais dos próprios filhos.

Erika Brooks Adickman, a outra jovem que idealizou o site, define bem o que vem acontecendo: “Mães que aderem ao Facebook dão a impressão de que querem reatar o cordão umbilical. Mas quando seu pedido de adesão ao perfil do filho não é aceito, sentem-se rejeitadas e ofendidas.”

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