Grife infantil de Luciano Huck exibe estampa com a frase "Vem Ni Mim que Eu Tô Facin" e recebe críticas

Na última terça-feira (3), a sessão infantil da grife de roupas lançada pelo apresentador e empresário Luciano Huck recebeu diversas críticas por exibir estampas com frases como "Vem Ni Mim que Eu Tô Facin" e "Me Beija, Sou Carioca".

As camisetas vestem tamanhos que vão do 2 ao 12 e renderam polêmica, levando a empresa a emitir uma nota oficial, na qual pede perdão pela "falha" cometida.

"Que que dá na cabeça do sujeito de criar uma camiseta infantil escrita 'vem ni mim que eu tô facin'?", comentou um internauta.

"Pô, Huck, pensa só um cadinho antes de estampar uma frase numa camiseta, cara!", postou outro rapaz no Twitter.

As camisetas foram lançadas pouco antes do carnaval, mas vieram a gerar tal polêmica nos últimos dias.

A assessoria de imprensa do Grupo Reserva (responsável pela administração da grife) publicou uma nota, na qual pede descuplas e explica que "a venda das camisetas foi um erro", pois as artes das estampas são aplicadas sobre as camisetas em um tipo de montagem nas fotos.

Histórico
Esta já não é a primeira vez que a marca se envolveu em alguma polêmica nas mídias sociais. Em maio (2014), esta mesma grife foi acusada de se aproveitar do caso de racismo, ocorrido com o jogador de futebol Daniel Alves, para lançar a estampa "Somos Todos Macacos" - slogan de uma campanha que viralizou na internet e foi iniciada pelo também jogador Neymar.

A grife Reserva também se envolveu em outra polêmica, na qual trazia em de suas camisetas, uma estampa em forma de aviso que dizia “Para entender melhor a simbologia da lavagem, acesse o site. Ou dê para sua mãe. Ela sabe como fazer isso bem”.

Ainda em seu comunicado oficial, o grupo reserva destacou que a nota não tinha o objetivo de "justificar o injustificável" e ressaltou que o erro consistiu em fazer a montagem das camisetas infantis com a estampa que deveria estar nas roupas da sessão de adultos.

"Percebemos esse lamentável erro, imediatamente retiramos a imagem do ar e decidimos escrever essa carta para explicar tecnicamente o problema conjuntamente com um pedido de desculpa pela falta de bom-senso e pelo descuido", disse a nota.

Contextualização
A infelicidade do "erro" cometido pela grife surge em um contexto no qual a sociedade vê suas crianças serem erotizadas cada vez mais cedo.

Pais e educadores têm lutado contra um apelo publicitário e midiático exercido sobre os pequenos diariamente.

Apesar de diversas leis que buscam regulamentar a proximidade entre o bombardeio de informações da mídia e o universo infantil, casos como este mostram a vulnerabilidade das crianças diante de tantos apelos.