Mães e pais brasileiros são os mais protetores

Mães e pais brasileiros são os mais protetores

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:16

Seu coração fica na boca quando você olha seu filho todo feliz a mil no balanço no parquinho. E quando ele toma um tombo de bicicleta, então. Saiba que há muitos pais e mães como você, que sentem um receio enorme de o filho ganhar um curativo no joelho. Uma pesquisa encomendada pela OMO, realizada com quatro países (Argentina, Brasil, França e Reino Unido), revelou que os pais brasileiros são mais receosos em dar liberdade aos filhos para novas experiências na hora da brincadeira.

O estudo foi feito com 800 crianças, de 8 a 13 anos, acompanhadas dos pais, e analisou os sentimentos de ambos sobre a oportunidade de vivenciar algo novo. Apesar de 61% dos pais brasileiros concordar sobre a importância dessa "aventura" para o desenvolvimento infantil, 82% alega que o impedimento se dá por conta da preocupação de que o filho se machuque.

De acordo com Quézia Bombonatto, psicopedagoga, terapeuta familiar e presidente da ABPp (Associação Brasileira de Psicopedagogia), faz parte da cultura dos pais brasileiros demorarem um pouco mais para "soltar" as crianças. Um dos fatores é a falta de segurança nas cidades. Por isso, afirma a especialista, não dá para limitar ainda mais os filhos quando eles têm oportunidade para conhecer. "Superproteção é algo perigoso e impede os filhos de crescer. É claro que a criança precisa ser protegida, mas não em excesso."

Quando os pesquisadores pediram às crianças que imaginassem qualquer coisa no mundo que podiam fazer, 22% das brasileiras afirmaram que gostariam de cuidar de animais em zoológico e 24% tinham desejo de experimentar atividades radicais, como mountain bike. A criança precisa ser estimulada a experimentar, testar seus próprios limites dentro do que ela pode. "Você não pode impedir o seu filho de aprender a andar de bicicleta só pelo medo de que ele caia", afirma. E ressalta: "não dá para achar que a criança vai se desenvolver se ela não tiver nenhuma experiência".

Por: Ana Paula Pontes

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