Missões é coisa pra adolescente?

Missões é coisa pra adolescente?

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:31

Por Myrian Rosário

Todas as vezes se usa o termo missionário, a imagem que nos vem à cabeça é de um adulto, sério, de cara fechada, que sabe muito de bíblia e está muito preocupado com as almas perdidas. Você conhece algum missionário adolescente? Eu sim, vários. E já vou avisando que eles não são nerds, complexados, bitolados nem nada dessas coisas ruins que podem estar vindo à sua mente.

Desenvolvido pela Missão Horizontes América Latina, o Projeto Revolution Teen tem como objetivo formar adolescentes missionários que irão trabalhar com a tradução da bíblia entre os povos em que a Palavra de Deus ainda não está disponível. Esses adolescentes chegam à base da missão, em Monte Verde, Minas Gerais, logo depois de concluir a 8ª série e passam um ano inteiro por lá, onde são preparados com estudos teológicos, missiológicos, aulas de Inglês e Espanhol.

A fase seguinte é passar por um treinamento transcultural na Bolívia, onde concluem o segundo grau em Espanhol. Os jovens missionários voltam para a base no Brasil para um tempo de reciclagem de mais um ano. Então, são enviados para Brasília para um curso de Lingüística, que dura 12 meses.Finalmente vão para a Ásia estudar Lingüística por mais dois ou três anos. O campo missionário só vem depois de tudo isso.

Mayron Rodrigues Cordeiro, 19 anos, é um desses adolescentes missionários. Ele está sendo treinado desde 2004, já foi para a Bolívia e está na fase de reciclagem. "Nasci num lar evangélico e cresci na igreja. Desde criança, sempre quis fazer alguma coisa a mais. A minha visão era ser pastor", conta ele. "Em 2003, quando terminei a 8ª série, já estava bem comprometido com a igreja: fazia evangelismo, saia com os jovens. Eu queria estudar Medicina e minha mãe me aconselhou a orar e buscar a vontade de Deus para a minha carreira. Enquanto eu orava, uma amiga da minhamãe, a Daniele, que é missionáia em Moçambique, comentou comigo sobre o Projeto Revolution Teen e, na hora, eu disse que aquilo não era para mim. Continuei orando, Deus falou comigo e comecei a entender que aquilo era para mim, sim".

A mãe de Mayron é professora de Teologia. Ele já escrevia para Missões, tinha envolvimento, mas não um compromisso. "Minha mãe me apoiou muito e o meu pai ficou com um pouco de receio, no início", lembra. Alto, bonitão e falante, Mayron confessa que dedicar-se ao trabalho missionário não é uma tarefa fácil. "A maior dificuldade é a batalha diária entre o mundo e a vontade de Deus. A todo momento sempre aparece alguma coisa para te desviar do propósito. Até mesmo na igreja existem coisas boas que podem nos levar a desviar o foco". Ele continua firma no propósito de fazer missões e já decidiu que vai para o Oriente Médio.

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